Faz tanto tempo que não vejo uma borboleta!
Antigamente estes belos insetos dançavam à nossa volta, com seu colorido incrível, tornando o ar mais mágico, mais leve, quase irreal na sua delicadeza.
Hoje em dia, no afã de tanto concreto e cimento, elas sumiram, já é raro o vôo delicado de suas asas multicoloridas…
Fico perplexa diante do fato de que poucos estão consciêntes de como nosso mundo está mudando. Não precisamos de depoimentos de grandes doutores em ciências naturais, basta procurarmos aqueles pequenos insetos que conviviam conosco em casas no campo, cheias de verde e sol, hoje é rara a presença de esperanças, louva-deus ou borboletas.
E as crianças, como elas tomarão conhecimento de tanta diversidade de vida que existia na terra há algum tempo atrás, será por figuras brilhantes e sem vida nos livros escolares, ou será dado a elas o prazer de correr atás destes insetos que encantavam tantas gerações com sua beleza?
Hoje vivemos em cubículos de concreto armado, cheio de utensílios que não sabemos bem para que servem, e em contrapartida perdemos tanta coisa que nos serviam para atestar a magnificiência da vida no planeta.
E o homem, a cada dia que passa, mais fica triste, mais fica solitário, mais fica neurotizado sem conseguir interagir com tanto plástico ao seu redor, e as coisas importantes da nossas vidas vão se perdendo sem que façamos nada para as preservar, as borboletas, a humanidade, a solidariedade, o amor, a amizade, a fidelidade, a simplicidade, o tempo, tudo se vai gastando no contacto com tanto despropósito e falta de sentido.
E em homenagem às borboletas que aqui já não estão, eu pintei estas palavras, acho que pelo menos posso resgatar o alegre colorido de tantas asas que já não existem mais…
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