quarta-feira, 19 de maio de 2010

Cuidado!!! Não compre gato por lebre”!!! Rede Globo continua com sua política de manipulação e distorção da verdade!!!

Pessoal,

A rede globo tem adotado uma postura tendenciosa ao comentar os últimos acontecimentos em torno do acordo conseguido pelo Brasil com o Irã.

É preocupante, pois sabemos que somos invadidos pelas notícias da "Plin-Plin" a todo o momento, seja em nossas residências, seja na rua, seja em lojas, seja em bares que tenham uma televisão, seja em consultórios médicos, enfim, uma verdadeira praga.

O pior de tudo é que o povão, aquele que “gruda” no “Faustão” aos domingos e se acha muito bem informado por acompanhar as manchetes do “Fantástico” são os mais suscetíveis de serem manipulados por esta emissora que só tem prejudicado o povo brasileiro, veiculando programas de péssimo nível (BBBs e outros que tais) e deformando notícias, ato este que só demonstram um interesse: desacreditar os esforços de pessoas de bem que lutam para tornar o Brasil um país dos... brasileiros!!! Pecado sem perdão, pois deveríamos ser e continuar sendo por toda a eternidade a cozinha dos Estados Unidos e de outras grandes potências!

Resolvi então remeter algumas considerações sobre o que realmente vem acontecendo com a crise do Irã, e para isso remeto um artigo muito bom do Luis Nassif, espero que ajude a esclarecer alguns tópicos sobre esta situação, com base em verdades, e não manipulações.

Ângela

Luis Nassif
Introdutor do jornalismo de serviços e do jornalismo eletrônico no país. Vencedor do Prêmio de Melhor Jornalista de Economia da Imprensa Escrita do site Comunique-se em 2003, 2005 e 2008, em eleição direta da categoria. Prêmio iBest de Melhor Blog de Política, em eleição popular e da Academia iBest.

A polêmica em torno do acordo do Irã
Coluna Econômica – 19/05/2010
Quem acompanha a crise do Irã apenas pelas manchetes, vai se embaralhar. China, França, a própria ONU elogia; mas em seguida vêm a informação de que os Estados Unidos insisitirão nas sanções contra o Irã. Afinal, sucesso ou fracasso?
A ofensiva do Itamaraty, no episódio do Irã, é um divisor de água na ordem mundial do pós-guerra.
O Conselho de Segurança foi um dos órgãos criados no nascimento da ONU (Organização das Nações Unidas), em 1945. Os organismos iniciais da ONU foram a Assembléia Geral, o Conselho Econômico e Social (ECOSOC), o Conselho de Tutela (que existiu apenas enquanto houvesse colônias ou países tutelados) o Tribunal Internacional de Justiça e o Secretariado.
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O Conselho de Segurança nasceu com o objetivo de garantir a paz e com poderes quase ilimitados. Poderia impor sanções aos países, criar forças de paz, autorizar invasões, estabelecer embargos econômicos.
Originalmente, foi constituído pelos países vencedores da Segunda Guerra. Na sua composição há cinco membros permanentes – Estados Unidos, Inglaterra, França, Rússia e China (que foi aceita depois) – e dez rotativos, com mandatos de dois anos e sem direito a reeleição.
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O Conselho começou a perder a legitimidade a partir de dois eventos históricos. O primeiro, o fim da ex-URSS e a profunda crise que se abateu sobre a Rússia, acabando com o polarização bilateral nas discussões internacionais. O segundo, a ofensiva do governo Bush contra o multilateralismo, que chegou ao auge na invasão do Iraque, quando os EUA e a Inglaterra atropelaram a própria decisão do Conselho e decidiram invadir o país.
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De lá para cá, o fracasso da invasão do Iraque e o fim do governo Bush, levaram os EUA a tentar reconstituir o espírito original do Conselho de Segurança, mas com algumas mudanças. A principal delas seria fazer do Brasil um candidato ao Conselho, substituindo a Rússia, especialmente após a enorme projeção adquirida pelo país ao longo da última década.
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A estratégia do Itamaraty, no entanto, foi outra. Confirmando a tendência de liderar grupos de nações emergentes – já manifestada na rodada de Doha -, o Brasil decidiu reforçar a chamada diplomacia “soft”, da negociação.
Em outubro, o Conselho de Segurança fizera uma série de imposições ao Irã, para aprovar seu programa de enriquecimento de urânio. Foram desconsideradas. Quando se preparava para anunciar as sanções, o Itamaraty avançou nas negociações e, junto com a Turquia, conseguiu um acordo com o Irã.
O acordo recebeu palavras de apoio da França, China, da Agência Internacional de Energia Atômica e do próprio Secretário-Geral da ONU. Os EUA iniciaram a contra-ofensiva reiterando o anúncio das sanções.
São essas disputas que explicam críticas e elogios ao acordo.
Provavelmente prevalecerá a velha ordem, que ainda detém o poder na ONU. Mas o passo dado mostra que no jogo de poder internacional já entraram novos atores – como Brasil, Índia e Turquia – e uma nova possibilidade de fazer política, pela persuasão
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