sexta-feira, 26 de agosto de 2011
A situação dos professores está caótica. É comum este profissional ser agredido verbal e fisicamente em seu trabalho diário de ensinar crianças e adolescentes. Eu passei por problemas deste tipo. Hoje mesmo, ao terminar minha sexta aula para uma oitava série, tive dois pincéis de quadro branco roubados. Não posso acusar ninguém, pois apenas identifiquei o fato depois de todos os alunos terem se ausentado da sala de aula. Mas isto não foi o pior que já me aconteceu. Já tive meu braço torcido por aluno, já fui alvo de cuspe, já fui alvo de bolinha de papel e etc, enfim, os abusos que sofremos, nós, professores, são inimagináveis! E a pergunta que não quer calar é: a quem cobrar uma solução para este problema? Às direções, que atualmente são reféns de processos de votações em que um desentendimento pode valer a perda da direção? Aos pais, que quase nunca estão em casa e não sabem o que acontece aos seus próprios filhos e filhas? E assim construímos a impunidade em nossas próprias escolas, ao permitirmos que crianças e adolescentes tenham lições tristes de colegas alunos cometendo atos ilícitos e não sendo penalizados. E amanhã, quando ele roubar, matar, estuprar ou atormentar maldosamente outro ser humano ou animal, como ficaremos? Assumiremos nossa responsabilidade na violência e impunidade que começa nos bancos escolares?!
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