terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Continuando as postagens sobre Dilma Rousseff, publico um artigo escrito pelo Emir Sader em 20 de fevereiro de 2010

20/02/2010

Lula, Dilma, PT

Com a jaqueta que lhe deu de presente Evo Morales e uma camisa vermelha que recebeu de Fernando Lugo, Lula propôs a candidatura de Dilma Rousseff à sua sucessão e teve o apoio unânime dos delegados ao IV Congresso do PT. No dia anterior ele tinha recordado - depois de fazer uma homenagem a seu vice José Alencar - como oito anos antes, em convenção do PT realizada no Anhembi, tinha havido um ensaio de vaia, quando o nome de Alencar foi mencionado como seu candidato a vice-presidente.
O que ocorreu entre um momento e outro? Mudou o PT? Mudou Lula? Mudaram as condições? Que partido é esse que, ao contrário da sua tradição anterior, aprovou sem dissensões, a candidatura de Dilma?
Aquele esboço de vaia visava o que seria uma aliança com o grande empresariado, que obstaculizaria a realização do programa da candidatura de Lula. O alvo estava errado, embora a suspeita tivesse fundamento. A aliança para a qual apontaria a Carta aos brasileiros – que permitiu Lula saltar do patamar histórico dos 30% do PT para os 50%, possibilitando sua vitória – não era com o empresariado nacional vinculado ao mercado interno – como era o caso de Alencar -, mas ao capital financeiro, que teria no duo Palocci-Meirelles, seus melhores representantes. (Tão errada era aquela avaliação, que Alencar notabilizou-se, durante os dois mandatos do governo Lula, pela batalha contra as altas taxas de juros, responsabilidade justamente daquele duo.)
Aquele assomo de vaia desembocaria na cisão que levou à formação do Psol, em base à avaliação de que o PT e o governo não estavam “em disputa” – como era a linguagem característica da luta ideológica daquele momento na esquerda -, mas estariam definitivamente perdidos, levados – segundo a linguagem moralista dos dissidentes – pela “capitulação” diante da burguesia e do capitalismo, governo de “gangues”, como diria Heloisa Helena na campanha de 2006. Outros setores críticos preferiram ficar no PT e dar a batalha interna.
O tempo se encarregou de decidir quem tinha razão. O Psol, depois de gozar da lua-de-mel da candidatura de Heloisa Helena – objetivamente aliada com a direita contra a candidatura do Lula -, está reduzido à intranscendência, praticamente desapareceu do campo político, luta desesperadamente agora para não perder os poucos parlamentares que sobreviveram até aqui.
Enquanto o governo e o PT, depois de passarem pela pior crise das suas histórias em 2005, apresentam – como o Congresso recém realizado demonstra - uma força e um vigor que revelam como quem ficou na batalha interna do partido tinha feito uma avaliação correta: havia uma luta interna a dar, havia uma “disputa”, a tal ponto, que o governo Lula mudou e mudou para melhor. (Como se pode ver, entre outros textos, na análise de Nelson Barbosa sobre as duas fases da política econômica do governo Lula, no livro “O Brasil, entre o passado e o futuro”, organizado por Emir Sader e por Marco Aurélio Garcia, editoras Boitempo e Perseu Abramo, recém publicado.)
A mudança fundamental se deu na substituição de Palocci – coordenador real do governo na sua primeira fase, “contingenciador” dos recursos para políticas sociais, com o primado do ajuste fiscal que ele impunha – não por algum discípulo seu, mas por Guido Mantega, que divergia dessas orientação, ao mesmo tempo que a coordenação do governo passou a ser exercida por Dilma Rousseff. O governo assumiu a centralidade do desenvolvimento econômico, estreitamente ligado às políticas redistributivas, deslocando o ajuste fiscal, que até ali tinha sido o foco central do governo. O Estado, por sua vez, retomou seu papel de indutor do crescimento econômico e promotor do conjunto de políticas econômicas que começam a mudar a fisionomia do país.
No seu conjunto, essa virada representou uma segunda fase do governo Lula, responsável pelo extraordinário apoio popular que conquistou, por sua consolidação política e sucesso impressionante na política externa.
Dilma Rousseff surgiu quase naturalmente como a candidata para dar continuidade e aprofundar os avanços do governo Lula, porque representa a melhor expressão dessa nova fisionomia do governo. O PT, por sua vez, recompôs suas forças, referenciando-se, cada vez de forma mais direta, ao governo federal, o que lhe permitiu superar sua crise e voltar a afirmar-se como principal partido brasileiro.
Lula e Dilma, nos seus discursos no Congresso, desconstruíram alguns dos principais supostos do ideário neoliberal: o de que a economia deveria primeiro crescer, para depois redistribuir; que elevação real dos salários leva inevitavelmente à inflação; que o Estado mínimo interessa aos que não necessitam do Estado; que o que chamam de “inchaço “ do Estado é a contratação de médicos, enfermeiros, professores e tantos outros servidos públicos, para fazer política social e não para burocratas sem função social. Reiteram como os bancos públicos e o mercado interno de consumo popular foram decisivos para que o Brasil saísse rápido da crise e para que os pobres não pagassem o preço mais duro dela.
O Congresso revelou como o PT se reafirma como um partido de esquerda, comprometido com um projeto popular e democrático, centrado no desenvolvimento econômico sustentável, na justiça social e na soberania política. Restam muitos desafios pela frente, o maior deles, a organização das imensas bases lulistas, - “subproletárias”, como alguns a chamam -, beneficiárias das políticas sociais do governo, que necessitam organizar-se politicamente, adquirir consciência social e tornar-se sujeitos do novo bloco no poder em processo de construção no Brasil.
O PT sai fortalecido, Lula se projeta como um grande estadista e Dilma se revela como a melhor candidata para dar continuidade e aprofundar o projeto do governo. O IV. Congresso do PT está tão distante daquela convenção de 2002, quanto a herança maldita que Lula recebeu está distante da herança bendita que deixa, na expectativa que Dilma possa dar continuidade na direção da ruptura definitiva do modelo herdado e na construção de um país justo, desenvolvido e soberano.

 

Percy Jackson e os olimpianos – O Ladrão de Raios ou revisitando minha infância

Quando eu tinha mais ou menos nove anos, minha mãe se separou de meu pai, e toda a minha vida mudou, como sempre foi e sempre há de ser, mas o engraçado é que pouco me lembro deste período, as lembranças são esparsas, enevoadas, raras, mas me lembro muito bem de algo que se infiltrou na minha vida através da solidão das minhas tardes solitárias na Urca e depois no apartamento da Senador Vergueiro e depois na Marques de Abrantes: a leitura.

Descobri naquele momento a força que as páginas preenchidas de palavras tinham para mim, meu mundo então se transformou, deixou de ser cinza, passou a ser infinito, e muito, mas muito mesmo colorido.

Eu estudava no colégio da Imaculada Conceição, e claro que odiava estudar no colégio da Imaculada Conceição, eu não queria passar aqueles momentos naquelas salas tristes com aqueles professores estranhamente desprovidos de luz e vida, era muito chato, Meu Deus!, mas havia algo que me tentava inexplicavelmente, que me envolvia com uma força e uma alegria que me transportava para longe de todos os problemas que por acaso eu tivesse, e eu os tinha muitos, mas quando eu pegava um livro e sentava em alguma poltrona macia da minha sala ou mesmo deitada na minha cama, eles desapareciam e eu me libertava e viajava através de todas as histórias que porventura tivesse a sorte de alcançar para ler.

E eu lia, como eu lia! E assim eu devorei todos as coleções de livros juvenis que meu pai providenciava para mim, e li adaptações infantis dos mais variados temas, era “Os Três Mosqueteiros”, “Ivanhoé”, “O Conde de Montecristo”, “Vinte Mil Léguas Submarinas”, “Viagem ao redor do Mundo em 80 dias”, e por aí vai, até que cheguei aos livros de minha irmã, que era dois anos mais velha que eu e já lia romances como “... E o Vento Levou”, “A Moreninha”, “Senhora”...

Quando eu devorei tudo que havia lá em casa, passei a ser assídua nas bancas de jornal, e passei a consumir uma espécie de publicação que dificilmente hoje se encontra: as fotonovelas... Passei a ser “habitué” e mesmo expert em adquirir fotonovelas, e as lia usadas ou novas, e as trocava com quem se interessasse .

Mas também li muito “Tesouro da Juventude” que eram uns livros encadernados de azul, repletos dos mais variados temas e assuntos, li a coleção inteira também...

Não posso deixar de comentar minha coleção do Monteiro Lobato, li todos os volumes, mas com especial atenção e gosto para “Os doze trabalhos de Hércules”, como eu adorava imaginar-me viajando com a tropinha do sítio do pica-pau amarelo, encontrando tantos personagens da Grécia antiga que ressuscitaram de seus sonos imortais pela pena de tão maravilhoso escritor.

E o tempo passou, meu gosto nada apurado me levava por sendas indescritíveis em matéria de literatura, eu não lia ordenadamente, eu lia tudo, do bom ao ruim passando pelo ótimo e descambando também pelo detestável, mas lia, e adorava ler, li toda a coleção da “Angélica, a Marquesa dos Anjos”, imagina...

Melhorei um pouco minhas leituras quando entrei para a faculdade, depois de aposentada de um trabalho de dez anos como agente administrativo e de mais de vinte anos como professora de Educação Artística e outros empregos que tais (secretária, e coisa e tal...), aí eu resgatei e estou resgatando até hoje boas leituras, num trabalho de formiguinha, sem saber às vezes como uma mente tão poluída por leituras tão disparatadas vai reagir a um refinamento a que não estou acostumada...

Mas tenho minhas recaídas, recentemente foi um caso sério com a série do Harry Potter, depois com a saga Crepúsculo e agora com o Percy Jackson e os Olimpianos...

“como se projeta um espanador” – Artigo retirado do blog http://apaneutheneon.blogspot.com/, do meu querido e sempre reverenciado Professor Piero, com a aquiescência dele – Bravo, Professsor! Muito bom!!!

Nunca acreditei nessa história, sempre comentada entre os docentes, das instituições privadas de ensino “superior” serem apenas máquinas de produzir dinheiro, sem nenhuma preocupação maior. Nunca acreditei nisso, pois consegui trabalhar, durante um tempo razoável, a formação de 4 turmas inteiras com compromisso de quem acredita. Aliás, essa é uma palavra estranha! Acreditar é um verbo que possui duas possíveis interpretações: uma demasiadamente esotérico-religiosa, de crer em algo ou alguém, em um sentido maior; outra que mais molda aqui, de dar crédito a, conferir credibilidade e estar em crédito com. Todo crédito se constrói no sentido da confiança depositada – mais um termo econômico – que entre docente e aluno se faz com apenas as diversas realizações conjuntas, no âmbito da sala, do corredor, da biblioteca.
Construir um projeto comum, em uma instituição privada, sempre foi visto como inexperiência, ou melhor, ingenuidade. Mantive-me ingênuo. E, claro, com grande parte da ingenuidade, mantive-me no erro de dar crédito – em todos os sentidos que essa palavra possa ter aqui – às instituições. A falência dessa crença – ou do crédito – fere tudo aquilo que se possa vislumbrar como projeção a um futuro. O discurso se desarticula, é desarticulado por poderes de execução, por “pessoas”-corporações que não vão nunca entender o real motivo de se estar ali, construindo um projeto. Falir é destituir-se completamente daquilo que foi almejado. É espanar para fora a poeira simplória e nada eloqüente que (de quem) não teve a chance de tornar-se o incômodo da terra, da teia de aranha, do encardido.
Há uma conjectura possível aqui: nada se faz pelo bem do outro. Não há instituição, que se pague, na qual se possa de fato ter uma ação filantrópica. O movimento da amizade ao homem – que está nessa palavra – não é um espaço conhecido por executivos de qualquer casta. Talvez a decisão dos governos em não se considerar instituições de ensino como entidades filantrópicas tenha sido uma das melhores formas de mostrar que eu estava errado, que a ingenuidade não pode oferecer crédito. Afinal, não elas nunca saberão quem é esse outro. O outro é e está muito distante das mantenedoras que apenas querem espanar para uma mística de mercado e, ali, conseguir números e desempenho, em outras palavras, máscaras e encenação.
Durante todo o tempo de meu ensino, estive atento a não fazer do esforço de cada aluno uma atividade vã ou obsoleta, e nisso não estive ingênuo. Mas agora, com a prisão das carteiras, o máximo da crença e do crédito se estará projetado no fabrico de peças ao pó, a e-mails desperdiçados, a falsos sorrisos de transição. Sob o véu de um maior profissionalismo, de uma melhor propaganda, se escondem a punhalada, o susto no escuro, a negação à formação, o escrutínio com o parasita. Não há mais hospitalidade, recebimento involuntário e ameno, há apenas mais e mais possibilidades de negócio, trama, embuste. Isso porque não há, não pode haver, naturalidade na troca indiscriminada de todo um corpo sem que o mesmo não parecesse um Frankenstein sem saúde, um dr. Jekyll sem a parte diurna. Há, por pena, conceitos de gestão.
Vendido, o objeto lançado à frente tem marca. O que se pode comprar. Aquilo que se adquire. Condução e sustentabilidade, palavras boas para um novo projeto, mas o que se produz? Créditos para a compra de um novo espanador.

Dilma Rousseff - Do Blog do Zé em 20.02.2010

“Teus ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança”. O bonito trecho da poesia de nosso conterrâneo Carlos Drummond de Andrade foi a senha hoje para a ministra Dilma Rousseff assumir, perante milhares de petistas, sua candidatura à presidência da República pelo PT e aliados. Foi, também, uma auto-definição com a qual ela transmitiu o estado de espírito com que se lança na disputa eleitoral.

Serena, mas com vigor e entusiasmo, Dilma assegurou sentir-se absolutamente preparada para enfrentar o desafio de governar o país com humildade, responsabilidade e confiança. Ela confessou-se consciente dos desafios que tem pela frente, de entrar na campanha eleitoral, vencer em outubro e prosseguir na implantação do projeto político empreendido em oito anos de governo do PT, de desenvolvimento pleno do Brasil. “Estamos construindo um novo país”, acentuou, a partir do caminho traçado pelo presidente Lula para a superação das desigualdades, conduzindo o processo de mudanças sociais em clima de paz.

Ao lembrar seu passado de resistência e luta, Dilma disse não admitir que lições de liberdade nos sejam dadas por quem com esta não tem compromisso. O povo brasileiro precisa ter uma democracia econômica e social. “Quando falta democracia, tudo fica ameaçado”, considerou.

Metade do céu, metade da terra

Dilma afirmou que para muitos as mulheres são metade do céu, “mas nós queremos ser metade da terra também, e por isso não há limites para nós mulheres”. Ela relacionou avanços conquistados no governo Lula e encareceu a necessidade de que essa marcha tenha continuidade, pautada por esse projeto de desenvolvimento nacional que mudou os rumos do Brasil reconhecido e respeitado mundialmente como um país soberano, livre e mais justo. Não teríamos chegado aqui, enfatizou, “se não tivéssemos construido novos caminhos e derrubado os velhos e carcomidos dogmas que funcionavam como empecilho”.

No terceiro governo democrático e popular, “nós poderemos avançar ainda muito mais, ir além nas conquistas” e no aprofundamento dos compromissos sociais do atual governo voltados para todos - principalmente no crescimento, emprego e distribuição de renda - e não apenas para as elites.

Dilma reassumiu a prioridade que pretende imprimir à educação - da creche à pós-graduação - meio e bem essenciais para a emancipação política e cultural do nosso povo e também para o desenvolvimento econômico do país. “Priorizar o cuidado com as nossas crianças e investir na educação em todos os graus e níveis é combater na raiz a desigualdade social”, concluiu.

Dilma Rousseff – Candidata do PT à Presidência.

A uma doce amiga…

Tenho receio que este email “cheire a fofoca”, mas acredite, não é fofoca, é apenas uma vontade de desabafar, pois nosso primeiro dia de aula foi um desastre total, e confesso que nem sei o que fazer.

Hoje tivemos aula com a Professora Sunes, e confesso que estou decepcionada e triste com o papelão a que ela se prestou, eu a considerava mais integra, mas acho que terei que rever minha opinião totalmente.

Logo que a aula começou (com bastante atraso, é bom dizer) começamos a ouvir algumas explicações sobre a troca de professores, e como ela estava espantada com a atitude de alguns mestres que apesar de terem afirmado que permaneceriam na ESPAM, quando chegou perto das aulas a surpreenderam com a decisão de se afastar e até hoje não haviam lhe dado uma explicação razoável. Neste ponto eu fiquei indignada, seria tão mais decente ela apenas dizer que diante da situação de uma impossibilidade de negociação a ESPAM teria que prescindir de alguns profissionais, seria tão mais maduro e tão mais profissional!

Neste ponto eu pedi licença e externei minha admiração pelo que ela estava dizendo e coloquei que os professores dos quais ela estava falando eram pessoas que durante todo o tempo em que estivemos juntos sempre tiveram uma atitude ética e extremamente madura e profissional e que eu não acreditava que tivesse havido uma mudança tão brusca em suas personalidades, bem, ela então voltou um pouco atrás e afirmou que concordava e que inclusive ela os conhecia e os tinha contratado... bem, então foi aquela “rasgação de seda”, cinismo puro!

Dos professores ela pulou para a problemática da mudança dos mantenedores da ESPAM, e foi aquela chatice: que nem ela sabia ainda da extensão das mudanças, e blá, blá, blá, e blá, blá, blá, e blá, blá, blá...

Aí ela resolveu falar da mudança na grade horária do 6º semestre de Letras, e acredite, ela nos informou que não teríamos “Culturas Brasileiras”, mas que não seríamos prejudicados, pode?!

Pasme ******************, o grupo Projeção (porque ela não fez nada, tudo veio pronto do PROJEÇÃO) simplesmente resolveu extinguir esta matéria com a desculpa de que a veríamos em Literatura Brasileira IV, e ela afirmou novamente que “não seríamos prejudicados”...

O pior foi a atitude da sala, ao invés de reclamar de tal aberração, ficaram chateados porque teríamos um dia sem aula na quinta-feira e não na sexta-feira...

Neste ponto eu novamente não agüentei e manifestei minha indignação diante de tal atitude e AFIRMEI QUE SABIA QUE SERÍAMOS PREJUDICADOS, SIM SENHOR!!! Bem, a Sunes não gostou nem um bocadinho...

Mas aí eu dei um ponto para ela quando externei a minha preocupação com a troca dos professores-orientadores, fiz mal, pois dei margem para mais um teatrinho dela quando ela afirmou que eu estava me adiantando, que ela ainda não havia tocado neste ponto, e etc e tal e coisa...

Neste ponto eu já estava seriamente preocupada com a minha sanidade mental, comecei a questionar-me sobre se estava ficando louca ou débil mental por estar participando de tão esdrúxula conversa, e então optei por fechar a boca, estava me cansando com tanta cretinice, arrumei minhas coisas, e estava quase indo embora quando Hélvio começou a sinalizar que eu esperasse e Helena começou a me cutucar para me impedir de sair. Em atenção aos meus colegas, resolvi esperar pelo fim daquela palhaçada.

Ouvimos ainda várias bobagens, sempre entremeadas da frase da noite: “vocês não serão prejudicados”, ou “eu não sei como vai ficar esta situação, depende do PROJEÇÃO”.

Ah! Esqueci de dizer que quando perguntamos se seríamos ressarcidos por não termos uma matéria, fomos alertados para que esperássemos, pois ela iria conversar sobre o assunto com “o pessoal do PROJEÇÃO”.

Ela ainda nos informou que agora qualquer consulta demoraria em ser respondida, pois antigamente ela tinha a mantenedora sempre lá na ESPAM, mas que agora... com o "pessoal do PROJEÇÃO" longe... (Tive vontade de perguntar a ela se ela tinha conhecimento de uma invenção moderna chamada telefone...)

Resumindo, ******************, que triste papel que nossa coordenadora se prestou a fazer, foi decepcionante e até meio constrangedor...

Mas novidades virão, a faculdade está em pé de guerra, acredite, não sei como isto vai acabar...

Neste momento só reforço meus sentimentos por não a termos lá para que um pouco de lucidez e responsabilidade se fizesse presente naquele caos...

Ângela