domingo, 9 de janeiro de 2011

Encontrei esta matéria (publicada no Jornal de Brasília) reproduzida no blog do Washington Dourado. Nela, o Secretário de Administração Pública comenta a nova postura que será adotada pelo Governo do DF em relação a seus funcionários. Fiquei muito feliz, pois este senhor afirma que “A implantação do Plano de Saúde dos servidores é prioridade absoluta”. Agora é esperar (e cobrar) que isto realmente aconteça! Viva Agnelo!!!

Secretário de Administração

Pública afirma que

servidor é prioridade

Isaac Marra

isaac.junior@jornaldebrasilia.com.br

Com a experiência adquirida em entidades sindicais de representatividade nacional e local, o professor Denilson Bento da Costa, o novo secretário de Administração Pública, espera colocar em prática uma nova forma de tratamento ao servidor público distrital. Ex-diretor do Sindicato dos Professores do Distrito Federal, Denilson também foi secretário-geral da Confederação Nacional de Trabalhadores da Educação e é membro licenciado do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, além de representante da CNTE na Mesa Nacional de Negociação Permanente do Governo Federal. Com todo este histórico, Denilson usa seu conhecimento para abordar, didaticamente, diga-se de passagem, os problemas, e as soluções, dos servidores públicos do GDF. Mesmo há pouco tempo no cargo, Denilson dá uma aula de conhecimento sobre o funcionalismo público distrital, principal prioridade de sua pasta. Também ensina como enfrentar os desafios que se apresentam e traça um perfil do que o funcionário público pode esperar de sua gestão e do governador Agnelo Queiroz. A implantação do  Plano de Saúde dos servidores é prioridade absoluta, diz Denilson na entrevista a seguir. 

Quais os principais problemas identificados ao assumir a Secretaria de Administração Pública do GDF? 

Pelo pouco tempo que temos de governo já identificamos muitos problemas, desde problemas físicos (estrutura de muitos lugares em péssimas condições de uso, necessitando de reformas urgentes) bem como na estrutura dos órgãos da máquina pública; um grande número de funcionários comissionados e sem nenhum vínculo com o GDF, o que na prática significa que temos que inverter o quadro, ou seja, termos mais servidores com vínculo. Também estamos analisando todos os contratos com a nossa administração e também todas as licitações que estavam em andamento até a nossa chegada. 

Vocês vão manter o recadastramento dos servidores do Executivo local?  Com os mesmos prazos?

O Censo Previdenciário foi prorrogado conforme decreto 32.604, de 15 de dezembro de 2010, e acontecerá no período de 1º a 25 de fevereiro de 2011. No decorrer deste mês de janeiro serão instaladas mais sete unidades de atendimento em locais a serem definidos. 

Por acordo, uma série de projetos que beneficiavam servidores com novos planos de carreira e reestruturação deixaram de ser votados no final do ano passado pela Câmara Legislativa. Vocês vão retomá-los? Já existe alguma pressão?

O governo está fazendo uma avaliação detalhada de todos os projetos de lei de autoria do Poder Executivo que aguardam votação na Câmara Legislativa. A prioridade é desenvolver ações que promovam a valorização dos servidores públicos distritais com políticas de desenvolvimento do servidor na carreira, modernização de carreiras, ampliação do canal de comunicação com os servidores públicos por meio da negociação coletiva e a implementação de diretrizes voltadas para a atenção à saúde e previdência do servidor.

Quais as carreiras são consideradas prioritárias pelo novo governo?

A prioridade é o servidor público do Governo do Distrito Federal e nossa intenção é adotar uma política de valorização abrangente, que confira o devido tratamento aos agentes públicos, resgate sua autoestima e melhore a prestação de serviços à sociedade.

O recente episódio da demissão dos comissionados mostrou que o GDF depende muito de servidores não concursados e que não há quadro efetivo para atender a todas as demandas. Como esta questão pode ser solucionada?

É importante que se tenha uma política de recomposição contínua do quadro de pessoal dos órgãos distritais. O aprimoramento do serviço público passa pela sustentação dada pelas pessoas e o governo buscará acompanhar as mudanças naturais que decorrem da evolução da Administração Pública visando necessariamente a melhoria da qualidade do serviço público e a valorização do servidor. 

Um dos símbolos de Brasília é o Conjunto Nacional, e esta foto o retrata no dia 31 de dezembro de 2010.

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Foto tirada no dia 31 de dezembro, quando fomos, eu e Jamil, assistir a queima de fogos na Esplanada dos Ministérios. Queima de fogos, aliás, que foi cancelada pelo governo do GDF… Pena que a Tâmara escolheu, ao invés de ir conosco, ir ao culto na igreja do Jamil pai.

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Flamboyants no Guará, em Brasília. (Foto de Flávio Cruvinel Brandão)

De Fernando Pessoa: POEMA EM LINHA RETA. Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo, Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo. Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida... Quem me dera ouvir de alguém a voz humana Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia! Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam. Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ó príncipes, meus irmãos, Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra? Poderão as mulheres não os terem amado, Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca! E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? Eu, que venho sido vil, literalmente vil, Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

Fernando Pessoa: Eu amo tudo o que foi…

Eu amo tudo o que foi


Tudo o que já não é


A dor que já não me dói


A antiga e errônea fé


O ontem que a dor deixou


O que deixou alegria


Só porque foi, e voou


E hoje é já outro dia.