segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Nicky

Lá pelos anos de 1995 ou 1996, começou nossa amizade.

Eu me lembro que, dias antes de te comprar por algo em torno de 50 (não sei mais se cruzeiro cruzado ou coisa que o valha) nossa casa foi meio que assaltada. Algum “meliante” pulou o muro da frente e carregou uma rede que deixávamos pendurada na varanda. Pensei então em comprar um cachorro para tomar conta do terreno. Na escola onde eu trabalhava, o Paulo (um professor amigo meu) me disse que sua cadela Flora havia tido filhotes. Combinei de ficar com um. E assim, meu amigo, você veio para nossa casa.

Daquele dia distante até hoje, já se vão mais ou menos uns quinze anos. E nestes quinze anos, sempre contei com seu carinho e seu cuidado. Nossa casa nunca mais foi nem de longe assaltada. E sempre que abri a porta da cozinha, te encontrei a me esperar, me dando sempre provas de carinho e fidelidade.

Você foi o companheiro dedicado de minha Baby também, e com ela, foi papai de doze lindos filhotinhos. Nunca esquecerei tanta alegria.

Depois que Baby morreu, prematuramente, com apenas quatro anos, você casou de novo, com um dragão que nunca te mereceu, a Luna, e com ela está até hoje.

Mas hoje eu percebi a tua idade. Pela primeira vez nos anos de nossa convivência te vi trôpego, e percebi que não vai demorar muito e você vai me deixar para se encontrar com a “Linda Baby”, acredite, nunca me senti tão triste quanto me senti hoje ao te ver tão cansado.

Amanhã, você vai ao Olegário. Eu sei que não devo pedir isto, mas, por favor, esteja bem! Eu não estou preparada para me despedir de você. Não, ainda!!!