terça-feira, 25 de maio de 2010

Clink78 78 King's Cross Rd, London, England WC1X 9QG

Continuando a pesquisa sobre albergues, encontrei este em Londres:

Situado em um antigo tribunal, Clink oferece comodidades como beliches de alta tecnologia com luzes de leitura e armários personalizados, área de internet com WiFi, área de TV com telão de 60 polegadas, cozinha self-service, um bar e acesso por cartões em todos os quartos. Julgue por você mesmo!

Clink combina 200 anos de história com um interior absolutamente moderno, numa localização central a 10 minutos caminhando da estação de metrô King's Cross/St. Pancras. Clink é o único albergue no mundo instalado em um antigo tribunal. É ultramoderno e tem uma fantástica gama de facilidades em um ambiente incrível. Clink é divertido, limpo e seguro.
Nós oferecemos:
Café-da-manhã continental GRATUITO
Roupa de cama GRATUITA

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Escalada de sanções é atalho para ação militar contra Irã – por Breno Altman, na Carta Maior de 25 de maio de 2010 – Concordo inteiramente com a análise deste senhor, e – Deus nos Livre – acho que será apenas questão de tempo para nova guerra naquelas paragens ser deflagrada, resumindo, cada vez mais os verdadeiros terroristas do nosso tempo mostram sua cara: os Estados Unidos da América!!! Pobre e enganado mundo que ainda acredita em papai noel e coelhinho da páscoa… (Em tempo: o Sr. Breno Altman é diretor do site Opera Mundi – www.operamundi.com.br)

A reação dos Estados Unidos e seus aliados contra o acordo Brasil-Irã-Turquia não é surpresa. Tampouco o enfileiramento quase unânime da mídia ocidental à crítica contra o presidente Lula por sua política de negociação. O que está em jogo, afinal, é uma questão relevante para a geopolítica mundial.
O arcabouço que se estabeleceu após o colapso da União Soviética tem como espinha dorsal a verticalização da ordem internacional sob o comando da superpotência vitoriosa na Guerra Fria. Quase vinte anos depois, porém, a crise econômica e moral norte-americana está colocando em xeque essa liderança, também pressionada por crescentes contradições regionais. Mas seria tolice acreditar que a Casa Branca aceitaria a decadência de braços cruzados. Ou que esse processo fosse linear e indolor.
Nem mesmo as demais potências capitalistas parecem apostar, com seriedade, em um sistema multilateral. Atuam para ampliar espaços autônomos que facilitem seus propósitos econômicos e culturais, é certo, mas não manifestam qualquer aspiração em cancelar o mandato de xerife que é exercido pelos Estados Unidos. Temem que mudanças bruscas venham a gerar situações de perigo para seus próprios interesses imperialistas.
A Rússia e a China, por sua vez, continuam circunscritas a ambições regionais. A primeira em caráter defensivo, para preservar influência na zona ex-soviética. A segunda, por considerar que ainda não é forte o suficiente para se contrapor aos norte-americanos em escala planetária. Ambos os países, membros do clube da bomba e detentores do direito de veto no Conselho de Segurança da ONU, trocam beneplácitos às ações de Washington por salvaguardas a seus objetivos locais.
A questão iraniana deve ser analisada nesse contexto. Há confluência entre os governos ocidentais, além de relativa conivência russo-chinesa, com a estratégia norte-americana. O pretexto nuclear é um faz-de-conta, pois o que os Estados Unidos dão efetivos sinais de perseguir é carta branca para desestabilizar o governo Ahmadinejad.
A supressão da república islâmica, neutralizando o principal adversário militar à coligação israelense-americana no Oriente Médio, permitiria completar o controle sobre as reservas petrolíferas do Golfo Pérsico. Também asseguraria o fluxo marítimo no estreito de Ormuz, por onde transita importante fatia das exportações árabes de óleo para o Ocidente.
A intervenção de Brasil e Turquia, no entanto, impôs obstáculo à rota de confrontação. O inesperado compromisso em Teerã acabou por desmascarar a pretensa impossibilidade de uma saída diplomática. Não passava de propaganda para justificar a asfixia progressiva do Irã.
O gesto liderado pelo presidente Lula, de toda maneira, foi além de seus resultados práticos. Trata-se da primeira vez, desde o colapso soviético, que países não alinhados jogam cartada relevante no cenário internacional. Essa atitude, contraposta à verticalização imperial, mostra-se inaceitável para os Estados Unidos e seus sócios. O acordo Brasil-Irã, para os governos desses países, é exemplo a ser banido das práticas diplomáticas.
O comportamento das potências capitalistas também revela que o foco de sua política não está na eventual insegurança com o desenvolvimento do programa nuclear iraniano. Se assim fosse, a porta aberta pelo pacto criticado deveria servir de passagem para a busca de uma solução definitiva. Afinal, se o Irã veio para a mesa de negociação, o mínimo a se esperar era que esse gesto tivesse reciprocidade.
Não era com o que havia se comprometido o presidente Barak Obama logo no início de seu governo? Não foi nessa direção sua carta sigilosa ao presidente Lula, entregue às vésperas do acordo tripartite, como recentemente revelou a agência Reuters? Mas o peso do complexo bélico-industrial e do sionismo no sistema político norte-americano, além de sua influência nos meios de comunicação, sobrepõe-se ao próprio chefe de Estado.
O fato é que os círculos centrais de poder desejam eliminar a alternativa da negociação porque atrapalha a política da submissão. O problema não é a suposta bomba iraniana, mas a própria existência de um regime que confronta a hegemonia dos Estados Unidos. A expansão das grandes corporações e o acesso seguro às fontes de energia dependem, em ampla medida, da manutenção do unilateralismo.
Essa é a lógica da escalada de sanções, cujo desenlace previsível será uma ação militar contra o Irã. O roteiro se parece com o que antecedeu a invasão do Iraque. Naquela ocasião o motivo apresentado para punições era a existência de armas para destruição em massa – aliás, jamais encontradas. Não demorou muito para que o embargo econômico, autorizado pelo Conselho de Segurança, fosse assumido, pelos Estados Unidos, como autorização tácita a uma guerra ilegal de ocupação.
Antes, como agora, o objetivo inconfesso era estabelecer uma administração fantoche e cordial. As sanções são, nessa estratégia, apenas uma etapa de acumulação, através da qual o inimigo é enfraquecido e provocado. Ninguém em sã consciência pode, afinal, imaginar que uma civilização como a iraniana irá capitular sem oferecer a mais tenaz resistência. A atitude soberana da nação encurralada acabará sendo o derradeiro argumento para a agressão militar.
O acordo proposto por Brasil e Turquia ao Irã permite outro desfecho à crise. Mas não há razões para otimismo. Basta ver a incapacidade do presidente Obama em honrar sua palavra. Os Estados Unidos estão reincidindo no atalho que os levará a advogar por seus interesses na ponta dos mísseis. A dúvida parada no ar é se existem forças dispostas e capazes de impedir o dedo que aperta o gatilho.