segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

No meio do ano Os Smurfs desembarcam outra vez entre nós. Diversão garantida para pequenos e grandinhos com alma de criança! Quanto a mim, continuo torcendo “horrores” para que o povinho azul consiga mais uma vez escapar do malvado feiticeiro Gargamel e seu gato cruel…

Tenho lido o blog do Washington Dourado, através do qual tenho me mantido informada do que anda acontecendo na educação do DF. Postei o texto abaixo como comentário a um texto do Washington Dourado que falava sobre as novidades na Secretaria de Educação. Estou esperando ansiosa que o Washington Dourado escreva alguma coisa sobre minhas dúvidas quanto ao prometido PLANO DE SAUDE dos professores…

Washington,

Conheci seu blog através do meu filho, que é professor de Geografia (ainda temporário, infelizmente) da Secretaria de Educação. Sou professora aposentada de Educação Artística, também da Secretaria de Educação. Comecei a trabalhar ainda na FEDF, nos idos de l985... Depois de aposentada, fiz faculdade de Letras na ESPAM de Sobradinho e pretendo ainda dar algumas aulas na SE como temporária, para economizar dinheiro para poder passar algum tempo viajando pela Europa. Outro sonho meu é fazer um mestrado na UnB, especificamente sobre Literatura Portuguesa, e mais especificamente ainda na Literatura Portuguesa de Fernando Pessoa... Mas uma coisa tem me atrapalhado: o fato de os professores da Secretaria de Educação não terem um Plano de Saúde, o que me obriga a pagar a quantia de R$850,00 por um Plano de Saúde da BB Sulamerica! Quando foi divulgado que os professores teriam seu Plano de Saúde eu fiquei felicíssima, logo imaginando que talvez eu conseguisse pagar uma quantia menos exorbitante, o que infelizmente ainda não aconteceu, dizem que pelos desmandos do governador Arruda... Votei então no Agnelo, um pouco por ter mania de votar no PT, outro tanto influenciada pela esperança de que ele cumprisse a promessa feita em campanha, quando de sua visita ao sindicato, de que uma das coisas que ele se comprometia a fazer seria “Implantar o plano de saúde dos servidores e tornar realidade o programa habitacional da categoria.” Sendo assim, Washington, cá estou eu, acreditando e esperando... Meu filho me diz que se tal plano de saúde sair será no final da gestão do Agnelo, quando ele estiver em campanha para se reeleger... E aí, Washington, afinal, quem tem razão? Eu ou meu filho?...

domingo, 26 de dezembro de 2010

Homenagem a todos os meus amigos e amigas!!!

 Frase: 5

Muito bom o artigo do Senhor Wladimir Safatle sobre EDUCAÇÃO, que encontrei no site www.cartacapital.com.br

Paradoxo nativo

Vladimir Safatle 22 de dezembro de 2010 às 16:15h

Fala-se muito no ensino para dar a falsa impressão à maioria dos brasileiros de que os problemas são profundamente complexos. Por Vladimir Safatle. Silvia Zamboni/Folhapress

O Brasil é um país peculiar. Talvez não haja uma nação no mundo onde se fale tanto em educação. Todos os dias vemos comentários na mídia, declarações de políticos apontando a educação como prioridade, empresários pregando mais atenção à formação, especialistas com planos mirabolantes. No entanto, os resultados são, fora algumas exceções que merecem nota, absolutamente desalentadores. Esse paradoxo aparente pode ser explicado de maneira relativamente simples: fala-se muito para dar a impressão de que os problemas educacionais brasileiros são profundamente complexos e compreensíveis apenas para uma minoria de especialistas que cobram consultorias a preço de ouro. Nossos problemas educacionais são, porém, básicos e pedem apenas uma combinação de políticas de longo prazo com investimentos maciços, ou seja, perseverança e dinheiro.

Um exemplo maior dessa estratégia toca a situação dos professores. Não é necessária muita investigação para entender que o sucesso do processo educacional tem, como condição necessária, a existência de um corpo de professores altamente qualificado e motivado. Para termos tal corpo, faz-se necessário que a profissão de professor seja atrativa aos olhos dos nossos jovens mais brilhantes. Eles devem se sentir motivados a abraçar a carreira, eles devem identificá-la como uma carreira capaz de garantir um sólido reconhecimento social. Caso isto não ocorra, eles simplesmente procurarão outra profissão.

Agora, procure responder à seguinte pergunta: por que um ótimo estudante de Física assumiria uma carreira em que os salários são algo próximo do ridículo, as condições de trabalho são precárias e a carga horária não dá espaço para pesquisa e reciclagem? Nesse sentido, vale a pena lembrar que, quando apareceu a proposta de um patamar nacional mínimo de salários para professores, seu valor não passava de 900 reais. Mesmo assim, vários governadores procuraram vetá-lo porque a lei insistia que os professores não deveriam ter toda sua carga horária dentro de sala de aula. Maneira de lembrar que professores são pagos também para preparar aulas e pesquisar. Isto, diziam alguns governadores, aumentaria em demasia o custo da educação.

Antes de discutirmos o ponto relacionado aos custos, vejam como se constrói um sofisma. Vez por outra, alguém aparece para falar que a equação altos salários/boa educação não se sustenta. Elas simplesmente confundem “condição necessária” com “condição suficiente”. Não há nenhuma equação biunívoca que garanta a qualidade da educação, mas há um conjunto de fatores que, quando presentes, fornece resultados robustos. Da mesma forma, outros gostam de falar que o que motiva professores não é necessariamente o salário, mas “a grandeza da profissão”, “o prazer de ensinar” e outras pérolas do gênero. Alguém deveria sugerir uma lei para limitar o cinismo desses arautos do altruísmo alheio.

Outro ponto importante diz respeito à ausência de um sistema unificado de controle da qualidade do ensino. Pelos processos de avaliação como o Enem, a Prova Brasil e outros, o governo procurou- minimizar esse ponto. Mas precisamos de um sistema nacional de avaliação contínua da qualidade das aulas e das condições escolares (como existência de bibliotecas dignas desse nome, laboratórios, espaços de estudos- etc.). Isso só poderia ser feito pela criação de uma inspetoria-geral.

Precisamos de um órgão, ligado ao Ministério da Educação, composto de inspetores responsáveis por avaliar aulas, programas, o uso de materiais didáticos, assim como unificar currículos mínimos e cobrá-los. Isso deveria ser aplicado tanto em escolas públicas quanto em escolas privadas (cuja qualidade está longe do valor surreal cobrado por suas mensalidades). Precisamos de um verdadeiro currículo mínimo nacional obrigatório capaz de organizar os conteúdos didáticos de todo o processo escolar. Qualquer professor sabe que, devido à ausência de tal currículo, nossos alunos são obrigados, muitas vezes, a enfrentar uma profunda desarticulação entre as matérias dadas em diversos anos, repetindo de maneira irracional conteúdos e subexplorando processos cumulativos.

Alguns costumam dizer que a imposição de um currículo mínimo nacional obrigatório seria um atentado contra a diversidade das perspectivas de ensino, a multiplicidade dos métodos de aprendizado e as diferenças regionais deste país continental. Talvez eles queiram, com isso, esconder o fato de que, por mais diversos que sejamos, os alunos devem aprender os mesmos conteúdos. As regras de geometria analítica são as mesmas em São Paulo e em Alagoas. Os horrores da ditadura devem ser ensinados independentemente do método de ensino ser montessoriano, construtivista ou tradicional. Muitas vezes, o discurso da multiplicidade e da diversidade é apenas uma cortina de fumaça contra a incapacidade de realmente ensinar. Podemos nunca chegar a um acordo completo a respeito do que devemos ensinar aos nossos alunos. Mas temos um acordo mínimo. Por mais que tenhamos visões múltiplas a respeito do conhecimento, não creio existir alguém sensato que diria que as leis da física newtoniana e as condições socioeconômicas que levaram à Segunda Guerra Mundial não são conteúdos relevantes para ser ministrados aos nossos alunos.

Por outro lado, a autonomia federativa em relação às escolas de ensino fundamental e médio não pode servir de argumento para o bloqueio do desenvolvimento de políticas nacionais unificadas. Tal autonomia serve, muitas vezes, para justificar as piores distorções. Lembremos, por exemplo, de certos discursos que apareceram tentando justificar o fato de o governo FHC ter vetado o ensino obrigatório de filosofia e sociologia. Não foram poucos aqueles que destilaram o pior preconceito regional, afirmando que tal lei não faria sentido nos rincões do País. Para quem acha que depois do Rio Tietê só há mato, não faz mesmo muito sentido ensinar filosofia nos rincões. Já para quem não é acometido dessa alucinação visual herbária, um currículo nacional mínimo continua sendo necessário.

Por sinal, esse exemplo também vale para criticarmos o que poderíamos chamar de “o mito coreano”. Trata-se desse mantra, impulsionado por uma certa mídia, de que o Brasil deveria fazer na educação o que fez a Coreia do Sul. Sugiro que conheçam melhor a realidade educacional da Coreia do Sul, com sua ignorância a respeito dos modelos de pesquisa em ciências humanas e desenvolvimento do pensamento crítico. Desde o início do século XX, há no Brasil aqueles que gostariam de resolver o problema da educação a partir do paradigma da “formação da mão de obra qualificada”. Sem negligenciar tal problema, valeria a pena lembrar que a formação educacional não se resume a isso. Queremos formar trabalhadores, mas também cidadãos conscientes, sujeitos com alta capacidade crítica, indivíduos criativos, e para tanto não creio que o mito coreano possa nos ajudar.

Há ainda um último ponto a ser lembrado. Andando na contramão dos países desenvolvidos, o Brasil conseguiu desperdiçar todas as chances de dar realidade aos projetos de escola em tempo integral. Não é difícil compreender que o aluno que fica mais tempo na escola pode aprender mais e de maneira mais articulada. A imersão no ambiente escolar permite o desenvolvimento de atividades complementares e reforço de atividades de base. Desde a corajosa política dos Cieps, levada a cabo por Darcy Ribeiro, nunca mais o Brasil procurou implementar um plano de larga escala para o desenvolvimento de escolas em tempo integral. Por mais que tentemos inventar soluções paliativas e manobras diversionistas, não haverá melhora efetiva de nosso ensino sem estes três pilares (valorização da carreira de professor, avaliação contínua da qualidade por meio de inspetorias e escola em tempo integral).

Neste ponto, alguém poderia dizer que a implementação em larga escala de tais escolas seria impossível do ponto de vista financeiro. Aqui, podemos, enfim, discutir essa questão importante. O maior imposto que a classe média paga é a escola privada. Se uma família tiver dois filhos, ela pagará algo em torno de 2 mil e 3 mil reais por mês para a educação. Como essa família não tem escolha, já que ela não pode colocar seus filhos em escolas públicas, o melhor nome para esse gasto é “imposto”. A maior desoneração de impostos que um governo pode fazer no Brasil é dar à população a possibilidade de colocar seus filhos em uma boa escola pública. Sendo assim, para desonerar esse imposto, justifica-se a criação de algo como um “imposto vinculado aos gastos de educação” e que seria progressivo em relação à renda da população. Um imposto certamente muito menor do que as mensalidades que somos obrigados a pagar. Tal política certamente permitiria a criação de um forte sistema qualificado de escolas em tempo integral, fornecendo mais dinheiro para nossas políticas educacionais.

Isto é apenas um exemplo de como não devemos nos acomodar ao discurso fatalista de que não há como resolver nossos problemas elementares de educação. Esperamos daqueles que nos governa não a resignação e o pedido de paciência infinita diante dos problemas, mas a criatividade política que sabe encontrar saídas novas.

Talvez um bom exemplo do que somos capazes deve ser procurado no ensino universitário público. Durante a década de 90, o governo nos dizia ser impossível financiar um novo ciclo de expansão das universidades públicas, o que levou à política equivocada de estimular a proliferação de faculdades e universidades privadas de qualidade, muitas vezes, catastrófica. O Brasil sofreu e ainda sofre muito devido a tal equívoco. Mas vimos nos últimos anos como tal tendência poderia ser invertida. Graças a uma política acertada, o Brasil deve ter se tornado um dos únicos lugares do mundo onde, em vez de fecharmos universidades e departamentos (e lembraria que isso ocorre atualmente em países como o Reino Unido), construíram-se novos campi. Esse robusto ciclo de crescimento da universidade pública produzirá, no médio prazo, um impacto importante na qualidade de nosso ensino e pesquisa.

Defender e desenvolver novas universidades é algo que aparece como um imperativo. Talvez essa experiência sirva de exemplo. Ela nos mostra que, a partir do momento em que um governo coloca questões educacionais como prioridade real, soluções podem sempre ser encontradas.

Vladimir Safatle é professor de filosofia da USP

 

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Novidades: A Martin Claret lançou o “três em um” da Jane Austen: Razão e Sensibilidade, Orgulho e Preconceito e Persuasão! Vale a pena conferir!!! Vou rápida até a Livraria Cultura separar o meu…

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· clip_image002R$ 29,90

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· Razão E Sensibilidade, Orgulho e Preconceito e Persuasão

· Jane Austen

· O fascínio que os escritos de Jane Austen exercem torna-se maior no curso do tempo.

A obra desta aclamada escritora tem sido constantemente adaptada para o teatro, cinema e televisão.

Nos meios acadêmicos, tem gerado abundantes e fecundos estudos de sua dimensão estética, sociológica e histórica.

Em vários países, inclusive no Brasil, são-lhe dedicados ativos e entusiasmados fã-clubes.

Na web, há um número assombroso de páginas que remetem a Jane Austen.

Esta edição especial reúne Razão e Sensibilidade, Orgulho e Preconceito e Persuasão – três dos mais apreciados romances desta que é uma das mais lidas e amadas autoras inglesas em todo o mundo.

· Código do Produto:

9788572328050

· ISBN:

9788572328050

· Formato:

14 x 21

· Nº de Páginas:632

· http://www.martinclaret.com.br/home/jane_austen.pdf

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Notícia veiculada pelo site “WWW.TERRA.COM.BR”: Eclipse lunar total poderá ser visto na terça-feira – Uma boa opção para quem quiser assistir (e em sua cidade não der para ver) são os sites na internet que acompanharão tudo que acontecerá com nossa amiga Lua. Um exemplo é o blog fisicamoderna.blog.uol.com.br. Eu já vi um eclipse lunar ao vivo e a cores, é demais!!!

Um eclipse total da Lua será visível na terça-feira na América do Norte, Europa Ocidental e parte da Ásia a partir das 7h41 horário local (5h41 horário de Brasília).

Em 4 de janeiro será a vez de um eclipse parcial do Sol. Da América do Norte até a Islândia, o eclipse da Lua poderá ser observado durante mais de uma hora (das 7h41 às 8h53 horário local) na madrugada de 20 para 21 de dezembro.

"Está perfeitamente situado para América do Norte, Groenlândia e Islândia", afirma o astrônomo americano Fred Espanak.

Um eclipse lunar só é possível durante a Lua cheia. Quando o Sol, a Terra e a Lua estão bem alinhados, o satélite natural pode ficar momentaneamente privado de luz solar, caso esteja no cone de sombra da Terra.

A Lua começará a entrar na sombra da Terra às 6h33 horário local (4h33 horário de Brasília) de terça-feira. A sombra, de contornos claramente visíveis, avançará no disco lunar de 07h41 às 08h53 horário local, voltará a ser eclipse parcial às 10h01 horário local (8h01 horário de Brasília) e recuperará depois a plena luminosidade.

Na Europa Ocidental e ao leste do continente sul-americano, apenas as primeiras fases do eclipse serão visíveis antes do "crepúsculo" lunar. O Japão verá apenas as últimas etapas.

Os eclipses da Lua não representam risco para a vista, ao contrário dos eclipses solares. Para observar os eclipses solares é recomendado usar óculos especiais.

O primeiro eclipse solar parcial de 2011 acontecerá em 4 de janeiro. Em caso de bom tempo, será visível na Europa, especialmente na região norte da Suécia, no norte da África, Oriente Médio e Ásia Central.

Quatro eclipses solares parciais e dois eclipses lunares totais estão previstos para 2011, uma combinação rara que acontecerá apenas seis vezes no século XXI.

Notícia deliciosa encontrada no G1 – Mundo (em 20.12.10)

Cadela dá à luz 17 filhotes na Alemanha. Eles são

da raça Rhodesian Ridgeback.

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Tive uma “Linda – Baby” sempre lembrada

que teve uma ninhada de 12 pastorzinhos… Deu

muito trabalho, mas foram alguns dos melhores

dias da minha vida…

Regina Vinhaes Gracindo, professora da UnB – Nova Secretária de Educação do Governador Agnelo. Fato que desprestigia, e muito, os professores que trabalham nas escolas públicas do DF...

Pegou mal para os professores da casa (da Secretaria de Educação) a escolha da Senhora Regina Vinhaes Gracindo para a Secretaria de Educação.

Logo que a notícia foi confirmada procurei informações no “Google”, que me retornou os seguintes dados:

“Natural do Rio de Janeiro/RJ fez Pedagogia e Mestrado em Educação na UnB e Doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (1993). Foi professora de educação infantil, ensino fundamental e médio, diretora de escola e assessora pedagógica da SEE - DF. É professora da FE/UnB, onde já foi chefe de departamento, coordenadora do Curso de Especialização em Administração da Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação.”

Como se vê, a escolhida parece apresentar as condições necessárias para resolver os graves problemas que assolam a educação no DF.

Pelo menos parece que a cara senhora Regina concorda com um dado importantíssimo: os professores do GDF trabalham muito e recebem pouco, muito pouco mesmo para todo o trabalho e todo o estresse que os acomete na sua função de levar conhecimento às crianças e aos adolescentes de Brasília e entorno.

Quem por acaso estiver lendo esta minha postagem deve logo pensar que sou íntima da mencionada Regina para afirmar o que escrevo acima, o que não acontece. Nem ao menos sei como ela é, nunca a vi, nunca soube dela, nunca topei com ela em nenhuma manifestação do sindicato, em nenhum encontro na EAPE - Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação, ou em nenhuma escola pública do Distrito Federal (E olha que já dei aula no Gama, no Guará, em Sobradinho, em Sobradinho II, em Mestre D’armas, em Planaltina e em Brasília...)

A minha informação é embasada pelo próprio currículo da mencionada professora. Se não, vejamos: Esta senhora trabalhou para a Secretaria de Educação do Distrito Federal, e depois de fazer seus mestrados e doutorados, “picou mula” para a UnB... Amor pela nossa tão digna faculdade? ...ou quem sabe uma procura (mais do que válida) por um salário mais digno com condições de trabalho muito mais humanas? Afinal, trabalhar na periferia do Distrito Federal, em escolas dizimadas por algo muito próximo ao descaso de toda a nação por um produto sucateado chamado “educação” não é fácil... Convenhamos que muito mais fácil que lidar com a situação “in loco”, ao vivo e a cores, é teorizar nos anfiteatros da UnB, bem longe das infiltrações, das moscas, dos lanches de sopa de feijão, dos banheiros destruídos, dos adolescentes problemáticos, da violência gratuita, dos ainda obsoletos “quadros de giz”, e etc, etc, etc... (Não me alongarei em listar o que todo bom professor da rede pública encontra em seu dia a dia. Quem conhece, sabe!)

Então, esta senhora deverá ter especial consideração com os professores do Distrito Federal, pois ela conheceu o que esta valorosa classe enfrenta em seu labutar diário, e acrescente-se que depois de tudo isto, estes profissionais às vezes ainda perdem noites de sono imaginando como proporcionar uma vida digna (pois eles estudaram para isto!) para sua família com o salário (que ainda não foi igualado ao de outras funções similares, ou seja, de nível superior, no próprio DF) que recebem por tão penosa tarefa.

O governador Agnelo deve muito aos professores, uma dívida que agora só aumenta, pois ele poderia ter-se utilizado dos préstimos de várias “pratas da casa” para esta secretaria,

Não questiono a não aceitação do nome de um professor específico, embora declaradamente sempre torcesse pelo professor Lisboa. Questiono isto sim, porque colocar um professor da UnB para gerir um universo de professores com especificidades tão acentuadas se em nossa própria categoria temos nomes de peso para tal função.

A UnB merece meu respeito, mas se o Governador Agnelo escolhesse um professor da rede pública para reitor da UnB, imaginem a ***** que aconteceria...

domingo, 19 de dezembro de 2010

Li o livro e adorei a história. Se houver alguma fidelidade do roteiro cinematográfico ao que a escritora Sara Gruen escreveu, vale a pena assistir!

Fernando Pessoa e o Natal

Natal... Na província neva.
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.

Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade!
Meu pensamento é profundo,
‘Stou só e sonho saudade.

E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Feliz Natal!!!

Natal: 7

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A TODOS ..........

 

A todos os amigos  que me mandaram correntes

que

prometiam fortuna e dinheiro em 2010  

aviso que:

NÃO ESTÃO FUNCIONANDO!!!

Por isso, para 2011, mandem o dinheiro

diretamente!

Obrigado

(Em tempo: Recebi da Olga, concordei e resolvi

passar adiante…)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Piada machista sobre o Brasil da Dilma que anda rolando na Internet…

Afinal, agora o Brasil ou vai prá frente ou vai

prá trás!!!

É que a Dilma não sabe estacionar…

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

PROFESSOR CONTRATO TEMPORÁRIO DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO – EDITAL SAI LÁ PELO DIA 18 DE NOVEMBRO!!!

Afinal, quem espera o concurso da Secretaria de

Educação para

“PROFESSOR CONTRATO TEMPORÁRIO”

já pode comemorar. Dia 18 de novembro sai o 

edital, dia 04 de dezembro é a prova e dia 16 de

dezembro sai o resultado final (DATAS

PROVÁVEIS). Agora é só

estudar e passar bem colocado.

 

terça-feira, 2 de novembro de 2010

PS longe do DB…

Não gosto de falar do que/quem não conheço, mas a verdade é que pegou mal José Serra nem comentar, quanto mais agradecer, a ajuda de Aécio Neves em Minas Gerais.

É fato que o Brasil todo tem conhecimento de que houve uma disputa acirrada entre Serra e Aécio para ver quem seria o candidato do PSDB. É fato, também, que todo mundo sabe que ficou um clima estranho entre os dois depois da vitória do Serra na convenção que definiu quem concorreria à presidência…

Mas o Brasil todo viu o Aécio Neves engolir o sapo (quer dizer, o Serra…) e comparecer na campanha e gastar sola de sapato para tentar se adequar aos desígnios do partido.

E Serra, nem uma palavra agradável para Aécio no palanque da despedida!!! Pegou mal…

Parabéns ao povo de Brasília pela escolha de Agnelo Queirós para governador, a cidade está em festa!!! Viva Agnelo!!!

Parabéns: 6

Parabéns a todo o povo brasileiro pela excelente escolha. Viva Dilma!

Parabéns: 7

Texto publicado no site da Carta Maior em 01 de novembro de 2010: A força da mulher. O ano de 2002 marcou um fato inédito na história do Brasil: a eleição de um presidente operário. Agora, o povo brasileiro produz outro fato inédito: pela primeira vez elege uma mulher. Nunca se viu um ataque tão descabido, tão sórdido, tão abaixo da linha de cintura à figura da mulher como foi feito pela campanha do candidato adversário. Nossas ilusões nos levaram a pensar numa campanha de bom nível, face ao passado de Serra. Foi um grave engano. Nunca o nível baixou tanto, e contra uma mulher. O artigo é de Emiliano José.

Uma vitória do povo brasileiro. A vitória de um projeto político. A vitória de uma mulher. Talvez isso possa ser uma boa síntese das eleições deste domingo. O Brasil que a nova presidente encontra não é o mesmo de 2003, quando Lula assumiu. É muito melhor. No entanto, os desafios que Dilma Rousseff tem pela frente são enormes, sobretudo o de continuar a luta para diminuir a desigualdade social que ainda nos afronta, preocupação que ela manifestou sempre durante a campanha.
Tenho convicção de que a democracia está se consolidando no Brasil. Que o povo brasileiro amadurece cada vez mais. Que a cidadania cresceu. Que a consciência da nossa gente não se submete mais com tanta facilidade aos chamados meios de comunicação de massa, cujo núcleo central é escandalosamente partidarizado. Que os grotões desapareceram de nossa cena política. Que não há mais donos de votos no País, especialmente para as eleições majoritárias. Que não se subestime mais a capacidade do nosso povo.
Creio que definitivamente caiu por terra a noção da existência de formadores de opinião situados na chamada mídia hegemônica. Ou, dito de outra forma, a importância desses atores diminuiu muito. O povo reage é diante das políticas públicas, do resultado efetivo da atuação do governo face à sua vida. Por que razão o povo brasileiro iria deixar de votar numa candidata que representava a continuidade de políticas que o beneficiaram tanto nos últimos anos e trocá-la por outro, que representava tão nitidamente políticas que o prejudicaram enormemente, como o governo Fernando Henrique Cardoso?
Penso muito no desprezo que alguns daqueles que se acreditam formadores de opinião tem pelo povo brasileiro. Não se conformam com a popularidade do presidente Lula, tentam desqualificá-lo o tempo inteiro, confrontando-se com índices de aprovação superiores a 80%. E embarcaram de forma resoluta na tentativa de desqualificação da candidata Dilma Rousseff, inclusive na sordidez que envolviam os falsos dossiês sobre sua atuação política ou, ainda, sobre o odioso caso da posição diante do aborto.
O povo brasileiro elegeu Dilma com muita consciência de que apoiava um projeto político. Há aqueles que atribuem a eleição de Dilma apenas ao inegável carisma do presidente Lula, e não há dúvida de que isso contou. Parafraseando Caetano Veloso, que referiu-se a Roberto Carlos dizendo a gente sabe a quem chama de rei, o povo sabe a quem chama de líder.
Lula é o maior líder político e popular da história do Brasil. No entanto, não fosse o extraordinário governo feito nesses oito anos, com resultados nunca antes vistos, para melhor, nas condições de vida do povo brasileiro, e certamente não bastaria o carisma do presidente Lula.
O carisma se afirmou por conta, sobretudo, das políticas públicas que foram levadas a cabo pelo governo, fruto de um projeto político pensado pelo PT, desenvolvido com mais consistência entre o final dos anos 90 e início do novo milênio. Claro que esse projeto encontrou um ator singular, de uma capacidade rara, de uma intuição política fantástica, e que soube, portanto, dar consistência a tudo que havia sido pensado pelo PT.
O partido compreendeu a complexidade do Brasil. Superou quaisquer tentações isolacionistas, procurou alianças amplas e pensou uma revolução de longo prazo, uma revolução democrática, que enfrentasse a profunda desigualdade social que nos afronta há séculos, que situasse a Nação de forma soberana na arena mundial. Desde o seu nascimento, o partido havia superado a dicotomia entre socialismo e democracia. E no projeto concebido mais recentemente certamente reafirmou para si mesmo que o processo de mudanças no Brasil se daria no leito democrático, do qual nunca abriu mão.
E pôde experimentar nesses oito anos, ao lado dos partidos aliados que chamou para o projeto, o quanto é possível mudar o Brasil, as condições de vida do povo brasileiro, no exercício pleno da democracia. Tirar quase 30 milhões da pobreza absoluta e elevar mais de 30 milhões da pobreza à classe média é o maior triunfo desse projeto. Foi nele que o povo votou.
E foi a vitória de uma mulher. A vitória da mulher brasileira. O ano de 2002 marcou um fato inédito na história do Brasil: a eleição de um presidente operário. Agora, o povo brasileiro produz outro fato inédito: pela primeira vez elege uma mulher.
Nunca se viu um ataque tão descabido, tão sórdido, tão abaixo da linha de cintura à figura da mulher como foi feito pela campanha do candidato adversário. Nossas ilusões nos levaram a pensar numa campanha de bom nível, face ao passado de Serra. Foi um grave engano.

Nunca o nível baixou tanto, e contra uma mulher. E procurando buscar nos recantos obscuros da alma da sociedade brasileira os elementos que suscitassem o ódio, que alimentassem os preconceitos, que suscitassem a raiva contra a mulher, contra todas as mulheres, e especialmente contra aquelas que eventualmente tivessem que recorrer ao aborto.
E a chamaram despreparada, e a chamaram teleguiada, e quiseram-na sem vida política, e a denominaram terrorista, como se terroristas fossem todos os que resistiram à ditadura. E semearam mentiras, e fizeram milhões de telefonemas clandestinos com toda sorte de calúnias contra ela.
E ela ganhou. Ganhou a grande mulher que é Dilma, que soube superar uma doença, que não se abalou com a sordidez que se alevantou contra ela, e se torna assim a nossa primeira presidente mulher. As mulheres do Brasil estão em festa. E os homens também. Há um caldo de revolução cultural na eleição dessa mulher. Os homens viverão uma experiência nova: a mulher que sempre soube cuidar dos filhos e da casa, e que nunca deixou também de viver intensamente a vida pública, irá agora dirigir os homens e mulheres do Pais, cuidar com imenso carinho de todo o povo brasileiro, acelerando o processo de distribuição de renda iniciado com tanta firmeza pelo presidente Lula.

sábado, 30 de outubro de 2010

Editorial da Carta Maior em 30/10/2010

FALTAM 24 HS: O QUE ESTÁ EM JOGO?

O aborto ou os 70 bilhões de barris do pré-sal; uns seis trilhões de dólares; o maior impulso industrializante do país desde Vargas? Quais valores estão em jogo, esses, confirmados hoje nos 15 bilhões de barris, só no poço de Libra, ou os da água benta falsa de Serra? Se prevalecer o modelo tucano de exploração, o pré-sal vira remessa de lucros e exportação de óleo bruto nas mãos das petroleiras internacionais. Perde-se seu efeito multiplicador numa cadeia de suprimento industrial da ordem de 55 mil itens, desde plataformas e navios, a válvulas, aço e parafusos. Porém mais que isso, perder-se-ia a chance histórica deste país eliminar a miséria e abrir uma avenida de ampla convergência de oportunidades e direitos para as gerações do presente e do futuro. Qual é a discussão mais relevante? É essa, por isso não sai no Jornal.


A BALA DE PRATA PÚRPURA TRAZ A MÁCULA DA PEDOFILIA

 
Complacência com pedófilos na alta cúpula da Igreja sonega ao Vaticano autoridade moral sobre o voto cristão: 55% dos católicos brasileiros votam em Dilma e ignoram a aliança entre a extrema direita religiosa e política travestida em pacto anti-aborto, envelopado hoje com ares de súmula do Santo Ofício na primeira página da Folha. Foi preciso Lula lembrar que o Estado brasileiro é laico, enquanto o coro dos 'professores' tucanos acalenta a genuflexão das urnas a um Vaticano encralacrado no celibato pedófilo. Bento XVI ainda não subscreveu a Carta dos Direitos Humanos da ONU --porque não menciona Deus-- e retirou seu apoio à Unicef, que defende o planejamento familiar e o uso de preservativo contra a aids. A mesma ala da Igreja encastelada na Opus Dei, que agora apoia Serra, abençoou Salazar, em Portugal; Franco, na Espanha; Pinochet, no Chile; Videla, na Argentina e o Golpe de 64.

(Carta Maior; 30-10)

ADOREI ESTE JINGLE, VALE A PENA OUVIR: Imagens e Edição de Claudio Salles, com produção musical de Téo Lima. Participações Vocais de Salles e Rolo; e Backings de Patrícia Boechat, Rosana Sabença, Sônia Nesor, Leo Lima, Alvaro Maciel e Ricardo Moreno. Na parte instrumental, Claudio Salles (Violão e Guitarra), Téo Lima (Bateria e percusão), Luiz Nogueira (Percussão), Mestre Riko (Percussão), Pedro Moraez (Baixo). No vídeo participam, além dos músicos: Claudio Salles, Rolo, Andrea Carneiro, Juju, Antonio, Ricardo Moreno e Adam, Chico Buarque, Leonardo Boff e ela a primeira mulher presidente do Brasil - Dilma Roussef !! O VÍDEO E O CLIP SÃO UMA CONTRIBUIÇÃO VOLUNTÁRIA E GRATUITA DE TODOS OS ENVOLVIDOS. Vídeo gravado e editado na Rádio Pop Goiaba. Galera de Nict arrepiando.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Brasileiros a quem o país deve a validação do “Ficha Limpa” no STF

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Ministra Carmem Lúcia

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Ministra Ellen Gracie

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Ministro Ricardo Lewandowski

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Ministro Joaquim Barbosa

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Ministro Carlos Ayres Brito

Sem medo de ser / Sem medo de ser / Sem medo de ser feliz / Sem medo de ser / Sem medo de ser / Sem medo de ser feliz / Dilma lá / Brilha uma estrela / Dilma lá / Cresce a esperança / Sem medo de ser / Sem medo de ser / Sem medo de ser feliz / Dilma lá / Com sinceridade / Dilma lá / Com toda a certeza / Sem medo de ser / Sem medo de ser / Sem medo de ser feliz / Ole, ole, ole, olá / Dilma /Dilma /Ole, ole, ole, olá / Dilma / Dilma lá / Dilma lá / É a gente junto / Dilma lá / brilha uma estrela / Sem medo de ser / sem medo de ser / Sem medo de ser feliz / Ole, ole, ole, olá / Dilma / Dilma / Ole, ole, ole, olá / Dilma / Dilma lá! /

Os “caras”: Agnelo Queiróz e Luiz Inácio Lula da Silva.

 

MANIFESTO DOS 5000 Professores em defesa da educação pública

Nós, cinco mil professores universitários das principais universidades do país, consideramos um retrocesso as propostas e métodos políticos da candidatura Serra. Seu histórico como governante preocupa todos que acreditam que os rumos do sistema educacional e a defesa de princípios democráticos são vitais ao futuro do país.

Sob seu governo, a Universidade de São Paulo foi invadida por policiais armados com metralhadoras, atirando bombas de gás lacrimogêneo. Em um de seus primeiros atos como governador, assinou decretos que procuravam revogar a relativa autonomia financeira e administrativa das Universidades estaduais paulistas. Desde o início do governo PSDB em São Paulo, os salários dos professores da USP, Unicamp e Unesp vêm sendo sistematicamente achatados, mesmo com os recordes na arrecadação de impostos nos últimos anos. Numa inversão da situação vigente nas últimas décadas, eles se encontram hoje em patamares menores que a remuneração dos docentes das Universidades federais. Esse “choque de gestão” é ainda mais drástico no âmbito do ensino fundamental e médio, convergindo para uma política de sucateamento da Rede Pública. Desde 2005, no que diz respeito ao ensino médio, São Paulo perde sistematicamente colocações no ranking do Ideb; índice nacional de avaliação de ensino. Neste ciclo, onde se sente mais claramente as deficiências dos anos anteriores de aprendizado, São Paulo passou de quarto para sexto colocado. Os salários da Rede Pública no Estado mais rico da federação são menores que os de Tocantins, Roraima, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Espírito Santo, Acre, entre outros. Somada aos contratos precários e às condições aviltantes de trabalho, a baixa remuneração tende a expelir desse sistema educacional os professores qualificados e a desestimular quem decide se manter na Rede Pública. Diante das reivindicações por melhores condições de trabalho, Serra costuma afirmar que não passam de manifestação de interesses corporativos e sindicais, de “tró-ló-ló” de grupos políticos que querem desestabilizá-lo. Assim, além de evitar a discussão acerca do conteúdo das reivindicações, desqualifica movimentos organizados da sociedade civil, quando não os recebe com cassetetes. Serra escolheu como Secretário da Educação Paulo Renato, ministro nos oito anos do governo FHC. Neste período, nenhuma Escola Técnica Federal foi construída e as existentes arruinaram-se. As universidades públicas federais foram sucateadas ao ponto de faltar dinheiro até mesmo para pagar as contas de luz, como foi o caso na UFRJ. A impossibilidade de novas contratações gerou um déficit de 7.000 professores. Em contrapartida, sua gestão incentivou a proliferação sem critérios de universidades privadas. Já na Secretaria da Educação de São Paulo, Paulo Renato transferiu, via terceirização, para grandes empresas educacionais privadas a organização dos currículos escolares, o fornecimento de material didático e a formação continuada de professores. O Brasil não pode correr o risco de ter seu sistema educacional dirigido por interesses econômicos privados. No comando do governo federal, o PSDB inaugurou o cargo de “engavetador geral da república”. Em São Paulo, nos últimos anos, barrou mais de setenta pedidos de CPIs, abafando casos notórios de corrupção que estão sendo julgados em tribunais internacionais (como o caso Alston). Sua campanha promove uma deseducação política ao imitar práticas da extrema direita norte-americana em que uma orquestração de boatos dissemina a difamação, manipulando dogmas religiosos. A celebração bonapartista de sua pessoa, em detrimento das forças políticas, só encontra paralelo na campanha de 1989, de Fernando Collor.


Antonio Candido (USP) Fábio Comparato (USP) Alfredo Bosi (USP) Carlos Nelson Coutinho (UFRJ) Luiz Costa Lima (Uerj) Newton Bignotto (UFMG ) Flora Sussekind (Unirio) Eduardo Viveiros de Castro (UFRJ) Sergio Miceli (USP) Marilena Chaui (USP) Wander Miranda (UFMG) Laymert Garcia dos Santos (Unicamp) Ismail Xavier (USP) Ruy Fausto (USP) Renato Ortiz (Unicamp) Dermeval Saviani (Unicamp) Modesto Carone (USP) Moniz Bandeira (UnB) Joel Birman (UFRJ) Walnice Nogueira Galvão (USP) João José Reis (UFBA) Franklin Leopoldo e Silva (USP) Ronaldo Vainfas (UFF) Maria Victoria Benevides (USP) Maria Odila Dias (USP) Enio Candotti (UFRJ) Laura de Mello e Souza (USP) Jacyntho Brandão (UFMG) Emilia Viotti da Costa (USP) Theotonio dos Santos (UFF) João Adolfo Hansen (USP) Ildeu de Castro Moreira (UFRJ) Celso Favaretto (USP) Ivana Bentes (UFRJ ) José Arbex Jr. (PUC-SP) Rodrigo Duarte (UFMG) Gilberto Bercovici (USP) Francisco Rüdiger (UFRGS) Glauco Arbix (USP) Angela Leite Lopes (UFRJ) Otávio Velho (UFRJ) Vladimir Safatle (USP) Leda Paulani (USP) José Castilho de Marques Neto (Unesp) Peter Pal Pelbart (PUC- SP) Newton Lima Neto (UFSCar) Heloisa Fernandes (USP) Wolfgang LeoMaar (UFSCar) Juarez Guimarães (UFMG ) Sidney Chalhoub (Unicamp) Wilson Cano (Unicamp ) João Quartim de Moraes (Unicamp) Scarlett Marton (USP) Daniel Aarão Reis (UFF) José Sérgio F. de Carvalho (USP) Raquel Rolnik (USP) Tânia Rivera (UnB) Ladislau Dowbor (PUC-SP) Marcelo Perine (PUC-SP) Jose Vicente Tavares dos Santos (UFRGS) Léon Kossovitch (USP) Maria Ligia Prado,USP) Sergio Cardoso (USP) Ricardo Musse (USP) José Ricardo Ramalho (UFRJ) Emir Sader (Uerj ) Marcos Dantas (UFRJ) Evando Nascimento (UFJF) Luis Fernandes (UFRJ) Laura Tavares (UFRJ) Antonio Albino C. Rubim (UFBA) Sérgio de Carvalho (USP) Afrânio Catani (USP) Arley Moreno (Unicamp) Ângela Prysthon (UFPE) Paulo Faria (UFRGS) Armando Boito (Unicamp) Maria Lucia Cacciola (USP) Marcos Silva (USP) Cynthia Sarti (Unifesp ) Edson de Sousa (UFRGS) André Leclerc (UFC) Sebastião Velasco e Cruz (Unicamp) Liliana Segnini (Unicamp) Maria Lygia Quartim de Moraes (Unicamp) Irene Cardoso (USP) Celso Frederico (USP) Luís Augusto Fischer (UFRGS) Liv Sovik (UFRJ) César Minto (USP) Flavio Aguiar (USP ) Luiz Roncari (USP) Rosa Maria Dias (Uerj) Adalberto Cardoso (Uerj) Otavio Soares Dulci (UFMG) Vera da Silva Telles (USP) Ernani Chaves (UFPA) José Antônio Pasta (USP) José Carlos Bruni (USP) Giuseppe Cocco (UFRJ) José Camilo Pena (UFRJ) Denilson Lopes (UFRJ) Cilaine Alves Cunha (USP) Sandra Vasconcelos (USP) Bernardo Ricupero (USP) Federico Neiburg (UFRJ) Consuelo Lins (UFRJ) Luiz Renato Martins (USP) Henrique Carneiro (USP) Caio Navarro de Toledo (Unicamp) Walquíria Leão Rego (Unicamp ) Claudio H. M. Batalha (Unicamp) Lincoln Secco (USP) Mauro Zilbovicius (USP) Edilson Crema (USP) Heloisa Pontes (Unicamp) Vinicius B. de Figueiredo (UFPR) Analice Palombini (UFRGS) Nelson Schapochnik (USP) Richard Simanke (UFSCar) Alessandro Octaviani (USP) Antonio Carlos Mazzeo (Unesp) Valeria de Marco (USP) Adriano Codato (UFPR) Eugenio de França Ramos (Unesp) Paulo Henrique Martinez (Unesp) Paulo Nakatani (UFES) César Ricardo Siqueira Bolaño (UFS ) João Emanuel (UFRN) Christian Ingo Lenz Dunker (USP) Ana Fani Alessandri Carlos (USP) Frederico Mazzucchelli (Unicamp) Francisco Foot Hardman (Unicamp) Eduardo Rolim de Oliveira (UFRGS) Fernanda Arêas Peixoto (USP) Miriam Debieux (USP) Helder Garmes (USP) João Roberto Martins Filho (UFSCar) Emiliano José (UFBA) Luiz Recaman (USP) Ricardo Fabrini (USP) Anselmo Pessoa Neto (UFG) Nelson Cardoso Amaral (UFG) Marcos Siscar (Unicamp) Evelina Dagnino (Unicamp) Maria Helena P. T. Machado (USP) Lucilia de Almeida Neves (UnB) Elyeser Szturm (UnB) Alysson Mascaro (USP) Lúcio Flávio Rodrigues de Almeida (PUCSP) Reginaldo Moraes (Unicamp) Marcia Tosta Dias (Unifesp) Carlos Ranulfo (UFMG) Eliana Regina de Freitas Dutra (UFMG) Roberto Grun (UFSCar) Tânia Pellegrini (UFSCar) Mauricio Santana Dias (USP) Fábio Durão (Unicamp) Luiz Carlos Soares (UFF) . . .
Out 2010
Veja a lista completa dos que já assinaram em www.emdefesadaeducacao.wordpress.com

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Onde você estava em 1964? (Artigo postado pelo Senhor Emir Sader no site www.cartamaior.com.br, em 27 de outubro de 2010. Diante de texto tão lúcido, nada mais me resta fazer do que re-publicá-lo em meu blog. O que sempre considero uma honra! Parabéns aos homens que fazem diferença no jornalismo brasileiro!!!)

Onde você estava em 1964?

Há momentos na história de cada país que são definidores de quem é quem, da natureza de cada partido, de cada força social, de cada indivíduo. Há governos em relação aos quais se pode divergir pela esquerda ou pela direita, conforme o ponto de vista de cada um. Acontecia isso com governos como os do Getúlio, do JK, do Jango, criticado tanto pela direita – com enfoques liberais ou diretamente fascistas – e pela esquerda – por setores marxistas.
Mas há governos que, pela clareza de sua ação, não permitem essas nuances, que definem os rumos da história futura de um país. Foi assim com o nazismo na Alemanha, com o fascismo na Itália, com o franquismo na Espanha, com o salazarismo em Portugal, com a ocupação e o governo de Vichy na França, entre outros exemplos.
No caso do Brasil e de outros países latinoamericanos, esse momento foi o golpe militar e a instauração da ditadura militar em 1964. Diante da mobilização golpista dos anos prévios a 1964, da instauração da ditadura e da colocação em prática das suas políticas, não havia ambigüidade possível, nem a favor, nem contra. Tanto assim que praticamente todas as entidades empresariais, todos os partidos da direita, praticamente todos os órgãos da mídia – com exceção da Última Hora – pregavam o golpe, participando e promovendo o clima de desestabilização que levou à intervenção brutal das FAA, que rompeu com a democracia – em nome da defesa da democracia, como sempre -, apoiaram a instauração do regime de terror no Brasil.
Como se pode rever pelas reproduções das primeiras páginas dos jornais que circulam pela internet, todos – FSP, Estadão, O Globo, entre os que existiam naquela época e sobrevivem – se somaram à onda ditatorial, fizeram campanha com a Tradição, Família e Propriedade, com o Ibad, com a Embaixada dos EUA, com os setores mais direitistas do país. Apoiaram o golpe e as medidas repressivas brutais e aquelas que caracterizariam, no plano econômico e social à ditadura: intervenção em todos os sindicatos, arrocho salarial, prisão e condenação das lidreanças populares.
Instauraram a lua-de-mel que o grande empresariado nacional e estrangeiro queria: expansão da acumulação de capital centrada no consumo de luxo e na exportação, com arrocho salarial, propiciando os maiores lucros que tiveram os capitalistas no Brasil. A economia e a sociedade brasileira ganharam um rumo nitidamente conservador, elitistas, de exclusão social, de criminalização dos conflitos e das reivindicações democráticas, no marco da Doutrina de Segurança Nacional.
As famílias Frias, Mesquita, Marinho, entre outras, participaram ativamente, no momento mais determinante da história brasileira, do lado da ditadura e não na defesa da democracia. Acobertaram a repressão, seja publicando as versões mentirosas da ditadura sobre a prisão, a tortura, o assassinato dos opositores, como também – no caso da FSP -, emprestando carros da empresa para acobertar ações criminais os órgãos repressivos da ditadura. (O livro de Beatriz Kushnir, “Os cães de guarda”, da Editora Boitempo, relata com detalhes esse episódio e outros do papel da mídia em conivência e apoio à ditadura militar.)
No momento mais importante da história brasileira, a mídia monopolista esteve do lado da ditadura, contra a democracia. Querem agora usar processos feitos pela ditadura militar como se provassem algo contra os que lutaram contra ela e foram presos e torturados. É como se se usassem dados do nazismo sobre judeus, comunistas e ciganos vitimas dos campos de concentração. É como se se usassem dados do fascismo italiano a respeito dos membros da resistência italiana. É como se se usassem dados do fraquismo sobre o comportamento dos republicanos, como Garcia Lorca, presos e seviciados pelo regime. É como se se usasse os processos do governo de Vichy como testemunha contra os resistentes franceses.
Aqueles que participaram do golpe e da ditadura foram agraciados com a anistia feita pela ditadura, para limpar suas responsabilidades. Assim não houve processo contra o empréstimo de viaturas pela FSP à Operação Bandeirantes. O silêncio da família Frias diante da acusações públicas, apoiadas em provas irrefutáveis, é uma confissão de culpa.
Estamos próximos de termos uma presidente mulher, que participou da resistência à ditadura e que foi torturada pelos agentes do regime de terror instaurado no país, com o apoio da mídia monopolista. Parece-lhes insuportável moralmente e de fato o é. A figura de Dilma é para eles uma acusação permanente, pela dignidade que ela representa, pela sua trajetória, pelos valores que ela representa.
Onde estava cada um em 1964? Essa a questão chave para definir quem é quem na democracia brasileira.

Ficha Limpa vale para este ano. Depois de empate, STF mantém decisão do TSE. (Matéria escrita por Mônica Harada, retirada do site do Correio Braziliense, em 27 de outubro de 2010)

Após sete horas de julgamento, seis dos 10 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram que a Lei da Ficha Limpa já deve ser aplicada nesta eleição.

Houve empate de 5 x 5 (Ricardo Lewandowski, Carmén Lúcia, Ellen Gracie, Ayres Britto e Joaquim Barbosa = ministros do Ficha Limpa para este ano!) no julgamento do recurso do deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA), eleito senador no primeiro turno das eleições, mas barrado pela Lei da Ficha Limpa. Os ministros, então, iniciaram nova votação para resolver o impasse. A maioria manteve a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que barrou o registro de candidatura de Jader Barbalho com base na Ficha Limpa e aprovou a validade da nova lei para este ano.

O impasse terminou com a sugestão e o voto do ministro Celso de Mello, que propôs manter a decisão do TSE, de acordo com o artigo 205 do regimento interno do STF – “Havendo votado todos os ministros, salvo os impedidos ou licenciados por período remanescente superior a três meses, prevalecerá o ato impugnado”.

O resultado foi proclamado pelo presidente Cezar Peluso, que disse respeitar a decisão da maioria, apesar de ser contrário à validade da Lei da Ficha Limpa.

Barrados pelo Supremo

A sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), que começou por volta das 14h40 desta quarta-feira (27/10), julgou o recurso apresentado por Jader Barbalho, candidato eleito para o Senado pelo Pará, que teve a candidatura barrada pelo TSE com base na Lei da Ficha Limpa.

Jader renunciou ao mandato de senador, em 2001 para escapar de possível cassação por quebra de decoro. Seus advogados contestaram a decisão do TSE no Supremo, questionando a validade da Ficha Limpa para este ano.

Com o posicionamento da instância suprema da Justiça, Jader Barbalho e os demais enquadrados pela lei, incluindo o ex-governador do DF Joaquim Roriz, tornam-se inelegíveis durante o período remanescente do mandato e nos oito anos seguintes ao término da legislatura.

Palmas para o Brasil! Palmas para o STF! Palmas para a aprovação do Ficha Limpa já para estas eleicções! Palmas para o povo brasileiro! Fora, candidatos Ficha Suja!!!

Ainda não tenho os detalhes, pesquisarei… pesquisarei…

Mas o principal é que o Ficha Limpa está valendo!!!

Viva o Brasil! Viva a derrota de candidatos Ficha Suja!!!

Creolina e água sanitária neles!!!!!!!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A notícia do UOL entristece quem ama a vida marinha: “Baleia de 15 metros encalha em uma praia de Búzios”. Vamos torcer para que ela consiga se salvar!

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Uma baleia da espécie jubarte medindo cerca de 15 metros  encalhou no início da tarde de hoje (25) na Praia de Geribá, em Búzios, na Região dos Lagos. Segundo a assessoria da prefeitura, homens do Corpo de Bombeiros estão aguardando a maré encher para que as ondas facilitem o trabalho de desencalhe do mamífero.

Segundo o professor de meio ambiente da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) David Zee, não é comum ver baleias encalhadas no Brasil. “Temos notícia de uma ou outra baleia encalhada. Eu acho que, algumas vezes, elas sofrem algum ataque, ficam doentes na viagem do Pólo Sul em direção às águas quentes do Norte, acabam debilitadas e encalham nas praias”.

A baleia ficou presa em um banco de areia enquanto se alimentava de um cardume de peixes pequenos, por volta das 14h30. Cerca de dez bombeiros foram deslocados para o local na tentativa de libertar a jubarte sem causar ferimentos ao animal. Dezenas de curiosos e voluntários ainda estão na praia acompanhando a operação de salvamento da baleia.

domingo, 24 de outubro de 2010

As capas antigas da VEJA

Acorda, pessoal!!!

Não é intriga da oposição!!!

São capas antigas da VEJA,

denunciando a corrupção...

Naquele tempo a publicação

Não fazia campanha pro Serra,

Denunciava a roubalheira

que afetava nossa nação...

Hoje, todos se espantam

com a mudança ocorrida,

quando interessa ao patrão,

são dois pesos e duas medidas...

sábado, 23 de outubro de 2010

Mais uma da Dona Weslian!!!!!!

rorizfraga[1]

Porque eu voto no Serra!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! (recado para os aposentados)

 

Não gosto de festejar antes da hora! Acho bobagem. Eleição ganha é quando as urnas são fechadas e os votos apurados. E desta vez, também não vou festejar antecipadamente. Mas fico feliz com a trajetória da mulher/Dilma. Fico feliz a cada pesquisa. É mais um resgate da situação da mulher, que passou tantos anos debaixo do tacão do homem e agora demonstra sua competência!!! (Matéria retirada da “Folha.com”)

 

Pesquisa Datafolha confirma que Dilma Rousseff (PT) estancou sua perda de votos iniciada no final de setembro. A petista voltou a subir e agora tem uma vantagem de 12 pontos sobre José Serra (PSDB) na disputa pela Presidência da República.

Quando se consideram os votos válidos (excluídos brancos, nulos e indecisos), a petista tem 56% contra 44% do tucano. Esses 12 pontos de vantagem estão abaixo do que foi registrado na véspera da eleição do último dia 3, quando o Datafolha fez uma simulação de eventual segundo turno --Dilma tinha 57% contra 43% de Serra.

A pesquisa foi encomendada pela Folha e pela Rede Globo e registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral com o número 36.536/2010. O Datafolha entrevistou ontem 4.037 pessoas em 243 cidades. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos.

Em relação à semana passada, as oscilações dos percentuais totais de votos válidos foram todas no limite da margem de erro. Dilma tinha 54% (com mais dois pontos, foi a 56%). Serra tinha 46% (e deslizou para 44%).

Nos votos totais, Dilma aparece com 50% (tinha 47% há uma semana). Serra tem 40% (contra 41% do levantamento anterior). Os que dizem votar em branco, nulo ou nenhum continuaram estáveis, com 4%. Os indecisos oscilaram de 8% para 6%.

VOTOS DE MARINA

Os votos da terceira colocada no primeiro turno, Marina Silva (PV), registraram um movimento favorável a Dilma nesta semana. A petista cresceu oito pontos nesse grupo, de 23% para 31%.

Ainda assim, Dilma continua bem atrás de Serra entre os "marineiros". O tucano sofreu uma queda de cinco pontos, de 51% para 46%.

Há poucos eleitores se dizendo disponíveis para os candidatos aumentarem seus percentuais. Segundo o Datafolha, 88% dos brasileiros declaram-se totalmente decididos sobre em quem votar no dia 31. Apenas 10% cogitam mudar de opinião.

O Datafolha registrou também um fenômeno comum nesta época em períodos eleitorais: aumentou a audiência dos comerciais dos candidatos na TV. Nesta semana, 63% afirmaram ter assistido pelo menos uma vez à propaganda --na semana passada, o percentual era de 52%.

O maior número de eleitores que assistem ao horário eleitoral está no Sul (71%). No Nordeste, o percentual é o menor do país, com 61%.

O debate Folha/RedeTV!, realizado domingo passado, foi visto inteiro ou em parte por 25% dos eleitores.

Segundo o Datafolha, entre os que viram ou ouviram falar do encontro, 24% disseram que Serra foi o vencedor, e 23% apontaram Dilma.

Quando se consideram só os que viram na íntegra, o tucano foi apontado como vencedor por 47% contra 37%.

Editoria de Arte/Folhapress

Migração de voto

 

Boas notícias do dia 22 de outubro de 2010: Agnelo abre 23 pontos de vantagem sobre Weslian no DF. (Material retirado do site “Folha.com”)

O petista Agnelo Queiroz, candidato a governador do Distrito Federal, mantém o crescimento nas intenções de voto e abre vantagem de 23 pontos sobre a candidata Weslian Roriz (PSC).

Segundo pesquisa Datafolha feita ontem e anteontem, Agnelo tem 54% das intenções de voto, contra 31% de Roriz. Na semana passada, o petista aparecia com 53%, e sua adversária, com 35%.

Datafolha

Brancos e nulos somam 8%, e 7% dos eleitores estão indecisos. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Se considerados os votos válidos (brancos, nulos e indecisos são excluídos), Agnelo tem 64% das intenções de voto, contra 36% de Roriz.

Entre os entrevistados, apenas 10% afirmam que ainda podem mudar de voto.

No primeiro turno, Agnelo recebeu 48,41% dos votos, e Roriz, 31,5%.

Desde a semana passada, Agnelo melhorou seu desempenho entre os mais jovens (de 59% para 64%), entre os menos escolarizados (de 37% para 41%), entre os mais escolarizados (de 65% para 69%) e entre os mais ricos (de 66% para 70%).

Entre os mais pobres, Agnelo caiu de 42% para 36%, mas Roriz também perdeu dois pontos nessa faixa (47% para 45%), em que aumentou o número de indecisos (de 7% para 12%).

O Datafolha também verificou se os eleitores têm conhecimento a respeito do número do seu candidato: 86% dos entrevistados deram respostas corretas (eram 83%), e 13%, erradas (eram 12%).

Entre os eleitores de Agnelo, 88% sabem o número do candidato, percentual que é de 92% entre os que pretendem votar em Weslian Roriz (na semana passada, os percentuais eram de 81% e 91%, respectivamente).

O instituto ainda questionou se os entrevistados sabem que o ex-governador Joaquim Roriz desistiu de disputar a eleição: 96% dizem ter tomado conhecimento, e 74% afirmam estar bem informados sobre o fato.

A pesquisa foi feita nos dias 20 e 21 com 1115 entrevistados. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento está registrado no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Distrito Federal com o número 37.880/2010.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pedro Tierra: Os Filhos da Paixão

No ato de artistas e intelectuais realizado ontem, no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, antes da fala da candidata Dilma Rousseff, foi lido o poema "Os filhos da paixão", de Pedro Tierra, sob silêncio absoluto. Um de seus trechos diz: “Queremos um país onde não se matem as crianças/ que escaparam do frio, da fome, da cola de sapateiro./ Onde os filhos da margem tenham direito à terra,/ ao trabalho, ao pão, ao canto, à dança,/ às histórias que povoam nossa imaginação, às raízes da nossa alegria”. Leia o poema na íntegra.

Redação

OS FILHOS DA PAIXÃO
Nascemos num campo de futebol.
Haverá berço melhor para dar à luz uma estrela?
Aprendemos que os donos do país só nos ouviam
quando cessava o rumor da última máquina...
quando cantava o arame cortado da última cerca.
Carregamos no peito, cada um, batalhas incontáveis.
Somos a perigosa memória das lutas.
Projetamos a perigosa imagem do sonho.
Nada causa mais horror à ordem
do que homens e mulheres que sonham.
Nós sonhamos. E organizamos o sonho.
Nascemos negros, nordestinos, nisseis, índios,
mulheres, mulatas, meninas de todas as cores,
filhos, netos de italianos, alemães, árabes, judeus,
portugueses, espanhóis, poloneses, tantos...
Nascemos assim, desiguais, como todos os sonhos humanos.
Fomos batizados na pia, na água dos rios, nos terreiros.
Fomos, ao nascer, condenados a amar a diferença.
A amar os diferentes.
Viemos da margem.
Somos a anti-sinfonia
que estorna da estreita pauta da melodia.
Não cabemos dentro da moldura...
Somos dilacerados como todos os filhos da paixão.
Briguentos. Desaforados. Unidos. Livres:
como meninos de rua.
Quando o inimigo não fustiga
inventamos nossas próprias guerras.
Desenvolvemos um talento prodigioso para elas.
Com nossas mãos, sonhos, desavenças compomos um rosto de peão,
uma voz rouca de peão,
o desassombro dos peões para oferecer ao país,
para disputar o país.
Por sua boca dissemos na fábrica, nas praças, nos estádios
que este país não tem mais donos.
Em 84 viramos multidão, inundamos as ruas,
somamos nosso grito ao grito de todos,
depois gritamos sozinhos
e choramos a derrota sob nossas bandeiras.
88. Como aprender a governar,
a desenhar em cada passo, em cada gesto,
a cada dia a vida nova que nossa boca anunciou?
89. Encarnamos a tempestade.
Assombrados pela vertigem dos ventos que desatamos.
Venceu a solidez da mentira, do preconceito.
Três anos depois, pintamos a cara como tantos
e fomos pra rua com nossos filhos
inventar o arco-íris e a indignação.
Desta vez a fortaleza ruiu diante dos nossos olhos.
E só havia ratos depois dos muros.
A fortaleza agora está vazia
ou povoada de fantasmas.
O caminho que conduz a ela passa por muitos lugares.
Caravanas: pelas estradas empoeiradas,
pela esperança empoeirada do povo,
pelos mandacarus e juazeiros,
pelos seringais, pelas águas da Amazônia,
pelos parreirais e pelos pampas, pelos cerrados e pelos babaçuais,
mas sobretudo pela invencível alegria
que o rosto castigado da gente demonstra à sua passagem.
A revolução que acalentamos na juventude faltou.
A vida não. A vida não falta.
E não há nada mais revolucionário que a vida.
Fixa suas próprias regras.
Marca a hora e se põe de nós, incontornável.
Os filhos da margem têm os olhos postos sobre nós.
Eles sabem, nós sabemos que a vida não nos concederá outra oportunidade.
Hoje, temos uma cara. Uma voz. Bandeiras.
Temos sonhos organizados.
Queremos um país onde não se matem crianças
que escaparam do frio, da fome, da cola de sapateiro.
Onde os filhos da margem tenham direito à terra,
ao trabalho, ao pão, ao canto, à dança,
às histórias que povoam nossa imaginação,
às raízes da nossa alegria.
Aprendemos que a construção do Brasil
não será obra apenas de nossas mãos.
Nosso retrato futuro resultará
da desencontrada multiplicação
dos sonhos que desatamos.
Pedro Tierra
1994

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Vale a pena ver este vídeo, para entender um pouco mais sobre a situação do Brasil neste segundo turno das eleições presidenciais.

Os riscos do obscurantismo - (Texto retirado do site “Carta Maior”, de autoria do Senhor Emir Sader)

 

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O aspecto mais grave da atual campanha eleitoral é o apelo ao obscurantismo como arma política. Quando tinha se configurado – segundo as cada vez mais questionadas pesquisas – uma maioria em torno de um projeto geral para o país, a oposição tratou de – como disse muito bem uma analista – encontrar um atalho para falar ao povo de outra maneira, buscando deslocar a temática central, em que estaria sofrendo derrota clara.

Foi a tentativa de encarar o tema do aborto sob a ótica mais retrógrada. Justo um partido que se pretendia ilustrado, apelou para as forças mais retrógradas, para tentar explorar os sentimentos mais conservadores de setores significativos da população.

Um avanço da modernidade foi a separação republicana entre a esfera pública e a esfera privada, entre as opções que se referem à privacidade e à liberdade de cada um e aquelas que se referem aos direitos de todos. Ninguém é obrigado a ter uma religião determinada ou mesmo ser religioso, mas todas as formas de expressão religiosa são admitidas e protegidas.

O tema do aborto se prestou para a virada conservadora nos EUA e no mundo. Depois de longa luta, o movimento feminista conseguiu aprovar o direito ao aborto, em diferentes níveis e versões. Em um país como a Itália, por exemplo, se tinha conseguido aprovar, em referendos nacionais, tanto o divórcio, como o aborto, apesar da oposição do governo Democrata Cristão e do Vaticano. Era uma conquista positiva o direito da mulher de dispor do seu próprio corpo e da sua reprodução.

A virada conservadora tratou de inverter as coisas, reivindicando “a vida” contra o aborto, criminalizando os que pregavam o aborto e inclusive os que o praticavam. Tentava-se impor crenças de algumas religiões sobre os interesses gerais. É a lógica dos Estados fundamentalistas – islâmicos ou sionista -, em que não existe o principio republicano da igualdade diante da lei, substituída pelo privilegio da religião dominante. É uma lógica retrógrada, que faz da religião fator de desigualdade, abolindo o caráter laico e republicano do Estado moderno.

Foi nessa onda conservadora que praticamente todos os cargos importantes da Justiça norteamericana foram mudados numa direção conservadora, em que o financiamento das escolas religiosas aumentou exponencialmente às custas das escolas privadas.

A ofensiva gigantesca do Vaticano contra a Teologia da Libertação liquidou uma corrente popular de grande aceitação no mundo católico, facilitando o avanço dos evangélicos e da corrente carismática dentro do catolicismo – ambas com viés fortemente conservador.

Os preconceitos religiosos sempre foram utilizados em campanhas eleitorais brasileiras, seja para tentar a eleição de candidatos laicos, seja para promover a eleição de bancadas de religiosos. Mas, pela primeira vez, pode ser um aspecto decisivo para definir a eleição presidencial, com conseqüências desastrosas para a democracia e o caráter republicano do Estado.

Uma candidatura como a de José Serra, que era dada como morta, de repente se vê guindada ao segundo turno, pelos votos de outra candidata – Marina da Silva -, e sem programa a propor, lança-se a tentar ganhar de qualquer maneira, apelando para o as calunias e a exploração conservadora dos sentimentos religiosos de uma parte da população.

O que está em jogo não são apenas duas candidaturas: é se o projeto de diminuição – pela primeira vez – das desigualdades e da injustiças no Brasil terá continuidade e aprofundamento ou se será brecado e um governo similar aos dos anos 90 voltará ao governo, com os riscos de obscurantismo, repressão, entreguismo e outros tantos retrocessos.

Charge: Latuff
Postado por Emir Sader às 05:25

Weslian Roriz e sua atitude desrespeitosa para com a população do Distrito Federal

 

E novamente o inimaginável aconteceu: Weslian Laranja Roriz novamente falta ao debate programado, desta vez, pela TV Record.

A população de Brasília tem realmente sido destratada por esta pretensa “alguma coisa entre candidata e laranja ou ainda possível laranjausente ” que se propôs a assumir o lugar do marido ficha-suja no papel de candidato ao GDF.

Mas afinal, acho que a ninguém deve espantar tal comportamento, afinal estamos falando da esposa do “Coronel – Pretenso Deus – Darth Vader – Tio Joca” Joaquim Roriz (sic, sic, sic, sic, e sic), e pelo menos nós, professores, nos lembramos muito bem como já fomos desrespeitados por este senhor em anos passados enquanto lutávamos para que nosso salário e nossas condições de trabalho não fossem de vez para o ralo por culpa da incompetência administrativa do mesmo...

Mas o fato permanece: novamente Brasília se viu impossibilitada de refletir sobre o programa de governo que esta (sic) candidata pretende implantar no Distrito Federal se (sic, sic, sic, sic, e sic) a mesma conseguir, para desgraça de toda a população deste lugar (SIC, SIC, SIC, SIC, e SICCCCCCCC), ser eleita governadora.

E novo nome surge para Weslian Roriz: além de candidata laranja, agora agrega a seu slogan o apelido “Sombra”, devendo ficar conhecida para a prosperidade como Weslian “Sombra Laranja Ausente Eternamente” Roriz…

Cuidado aí, GDF!!!!!!!!!

domingo, 17 de outubro de 2010

Marina Silva! ... ou como a sede pelo poder conseguiu que uma guerreira ficasse em cima do muro...

Foi bonito! Concordo que foi bonito o trajeto de Marina Silva! E ela poderia ter se tornado uma esperança política para todos os brasileiros, um sinônimo de garra, de coerência, de amor pelo povo deste país.

Mas Marina Silva entrou para o Senado, conviveu com as benesses da vida de um senador, experimentou a vida mansa de uma ministra, e hoje deve morar em algum prédio mais que luxuoso da cidade de Brasília. Marina Silva já não é Marina Silva, a companheira de Chico Mendes, com quem fundou a Central Única dos Trabalhadores, já não é aquela lutadora que trabalhou como empregada doméstica, já não é aquela analfabeta que se alfabetizou aos 16 anos, já não é aquela ativista do Partido Revolucionário Comunista, já não é aquela defensora do meio ambiente que veio do Norte para Brasília trazendo o sangue de Chico Mendes no coração.

Hoje, Marina Silva é uma mãe de família que quer defender o seu, pois “pouca farinha, o meu pirão primeiro”...

Marina Silva quer mais é pensar no futuro, e não no futuro do Brasil ou no futuro do povo brasileiro, Marina Silva quer pensar é em 2014, quando espera ressurgir como a esperança para este país para o qual agora vira as costas!

Marina Silva afirma que não vai apoiar nem Dilma nem Serra. Bem, até onde eu entendo as palavras como elas são, isto é ficar em cima do muro!

E isto é muito grave, pois o povo brasileiro precisa da continuidade das ações desenvolvidas pelo governo Lula, precisa ainda de muitas coisas urgentes: precisa de moralidade na vida política deste país, precisa de mais empregos, precisa de melhores hospitais, precisa de escolas em turno integral para que os jovens não fiquem soltos nas ruas à mercê de marginais, precisa de policiais mais treinados, precisa de uma política que priorize a reciclagem do lixo, precisa de uma política de juros mais viável, precisa de uma reforma tributária, precisa de um judiciário mais ágil, precisa de programas de atendimento aos idosos, precisa de mais agilidade na máquina do executivo, precisa de mais concursos, precisa de mais cursos de formação profissional, precisa...

Bem, se eu fosse listar o que o povo do Brasil ainda precisa, o povo no qual um dia existiu uma Marina Silva, o povo que escolheu Marina Silva como uma deputada, uma senadora e agora como a terceira colocada em uma eleição presidencial que vai definir os rumos deste país por mais quatro anos, se eu fosse listar tudo que este povo ainda precisa para continuar saindo da situação difícil que 20 anos de ditadura e governos claramente descompromissados com os pobres acarretaram e que o governo Lula tenta diariamente corrigir...

Mas Marina Silva não tem mais um compromisso com este povo, Marina Silva já não mais sente fome, Marina Silva já não mais se utiliza do SUS para ela e suas filhas e filhos, Marina Silva agora tem seguranças particulares que a isolam da realidade deste país, Marina Silva se coloca plantada em cima de um muro, longe das doenças, das dificuldades, da violência que assombram a parcela da população que continua na luta pela sobrevivência diária.

Então é fácil para a Senhora Deputada, Senadora, Ministra, Candidata a Presidência afirmar sua neutralidade! Neutralidade tem aqueles que estão com a vida ganha, que não precisam de um país coerente, digno, honesto. Neutralidade é para aqueles que querem que tudo se exploda, pois “seu pirão está garantido”!

E como o Brasil peca pela falta de memória política, como as escolhas da maioria dos brasileiros são escolhas de um povo que não sabe pensar além do nariz... da Globo, Dona Marina Silva sabe que daqui a algum tempo, ela poderá voltar e se lançar como candidata a qualquer coisa, pois poucos se lembrarão desta traição que ela comete agora ao não escolher ou Dilma ou Serra. E ela conta com isso para ser a futura Presidente do Brasil...

Horário de Verão

Começa às 0h do dia 17 de outubro o horário de verão. Então, amanhã teremos um dia de 23 horas, já que adiantaremos 1 hora no nosso tempo…

O horário de verão valerá para MT, MS, GO, DF, MG, ES, RJ, SP, SC, PR e RS.

Estaremos com os relógios adiantados até o dia 20 de fevereiro de 2011, quando, então, atrasaremos nossos relógios em uma hora e teremos então um dia com 25 horas.

Milagres da modernidade!!!

Apelo…

Pessoal,
Tenho estado muito preocupada com o rumo que o candidato José Serra e seus defensores vêm imprimindo à campanha à presidência da República. Assisti ao primeiro debate em que ele e Dilma se encontraram pela primeira vez no segundo turno, e não gostei dos posicionamentos que este candidato apresentou e também não gostei do rumo que as discussões tomaram.
Ficou uma coisa você-é-a-favor-do-aborto-você-é-a-favor-do-aborto-você-é-a-favor-do-aborto-você-é-a-favor-do-aborto-e-blá-blá-blá que me lembrou muito a atitude de certo segmento da sociedade que se concentra em um ponto negativo que porventura exista como forma de impedir que a discussão de temas mais pertinentes e interessantes se aprofundem, então é só você-é-a-favor-do-aborto-você-é-a-favor-do-aborto-você-é-a-favor-do-aborto-você-é-a-favor-do-aborto-e-blá-blá-blá e nada da conversa ou debate ou discussão ou seja lá o que aquilo pretenda ser evoluir para esclarecimentos mais pertinentes e interessantes.
Outro ponto que me tem desgostado muito é a pressão que fazem contra a candidata Dilma pela sua participação contra a ditadura! De repente parece que tudo que o Brasil sofreu, o golpe militar, o Congresso cassado, deputados eleitos pelo voto popular impedidos de representar seus eleitores, estudantes que desapareceram, a tortura que muitos sofreram, a morte de tantos brasileiros, de repente me parece que tudo isto não existiu, e que a Dilma foi simplesmente uma porra-louca que resolveu lutar contra quimeras e moinhos de vento! Gente! Acorda! A ditadura foi terrível, não se esqueçam de Chico Buarque e Caetano Veloso partindo para o exílio, do filho da Zuzu Angel assassinado, dos estudantes apanhando nas passeatas, das bombas de gás lacrimogêneo, das reuniões de mais de três estudantes serem consideradas subversivas, dos anos que passamos sem poder escolher nossos governantes, da escolha arbitrária dos governadores e dos presidentes do nosso país por mais de 20 anos, do sumiço de tantos brasileiros nos porões da ditadura, do Wladimir Herzog, e de tantos outros que sofreram na pele as arbitrariedades que aconteceram neste país. E respeitem quem lutou contra tudo isto, respeitem quem foi preso, quem apanhou, quem com seu ânimo e sofrimento conseguiu reverter esta situação, quem participou de tantas passeatas, e quem conseguiu fazer com que, em 2010, estejamos podendo escolher democraticamente nossos governantes e nosso destino!
Também não gosto da insinuação sub-reptícia de que uma mulher não pode ser a governante de um país. Afinal, a quem tantos homens devem agradecer a vida de sucesso e prestígio que tem agora? Se não fôssemos nós, com nossa força, nosso discernimento, nossa coragem, com nosso coração delicado e que ao mesmo tempo é uma fortaleza onde em tantos momentos nossos filhos se abrigam das tempestades do mundo, vocês acham que seriam hoje pessoas? Vocês nem existiriam, pois sem nós o bem mais básico não lhes teria sido dado, que é o bem da vida, vocês dependeram de nós no momento mais frágil de suas existências, e nós os guiamos e os orientamos e os alimentamos e cuidamos de vocês! E agora tem gente que duvida de nossa capacidade?! Ora, faça-me o favor!!!
Por tudo isto, escrevo agora este meu desabafo. Não quero que todos concordem comigo, não quero que todos votem na Dilma, como eu o farei no dia 31 de outubro. O que eu quero, aliás, o que eu exijo, é que o nível desta campanha se eleve. Que parem de me mandar emails acusando Dilma de homossexual, terrorista, assassina de criancinhas, ou o que mais quiserem inventar por ai! Por favor, discutam comigo O PROGRAMA DE GOVERNO DA DILMA E DO JOSÉ SERRA. TENTEM AGIR COMO ADULTOS E OBSERVEM AS PROPOSTAS DOS CANDIDATOS!!! Parem de tanta baixaria! E não se esqueçam, como diz o ditado popular: QUEM TEM TELHADO DE VIDRO, NÃO JOGA PEDRA...
Ângela
Em tempo: Segue abaixo texto retirado do blog do Josias na folha.com (
http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/)
Serra e sua mulher devem à ‘platéia’ uma explicação
Deve-se considerar a opção religiosa e a intimidade de alguém no momento da escolha de um chefe de Estado? Pensando melhor, adie-se a pergunta.
Comece-se de outro modo: o debate beato que tomou conta da cena eleitoral injetou em 2010 um quê de inquisição.
Serra viu na dubiedade de Dilma uma avenida de oportunidades. Chamou-a de “duas caras”.
Ontem incrédula, hoje cristã. Antes pró-descriminalização do aborto, agora contra.
Súbito, Monica Serra, a mulher do candidato tucano, mirou abaixo da linha da cintura.
Há um mês, num evento de campanha realizado na Baixada Fluminense, Monica disse que Dilma é a favor de “matar criancinhas”.
Veiculada pela ‘Agência Estado’, a frase de Monica não foi desmentida. Dilma esfregou a declaração na face de Serra.
Deu-se no debate de domingo passado. Serra poderia ter ecoado a mulher. Poderia também tê-la desdito. Preferiu o silêncio.
Mal comparando, o lero-lero da morte de “criancinhas” evocou 1989, o ano em que Collor trouxe para o centro da arena eleitoral Lurian.
Logo se descobriria que Collor escondia, ele próprio, um segredo. Patrocinou a acusação de que Lula propusera o aborto a uma antiga namorada...
...E recusava-se a reconhecer filho gerado fora do casamento. Collor negava-lhe o sobrenome da família.
Pois bem. Surge agora a informação de que a psicóloga Monica Serra também teria ceifado a vida de uma “criancinha”.
Em notícia levada às págins da Folha, a repórter Mônica Bergamo conta o seguinte:
1. A mulher de Serra ministrava, em 1992, um curso de dança na Unicamp. Ex-alunas de Mônica dizem ter ouvido dela a revelação de que fez um aborto.
2. Quando? Na época em que vivia com Serra no Chile. No dia seguinte ao debate de Dilma com Serra, uma das ex-alunas de Mônica foi ao Facebook.
3. Chama-se Sheila Canevacci Ribeiro. É bailarina. Tem 37 anos. Ficou abespinhada com o silêncio de Serra. Levou sua “indignação” ao sítio de relacionamento.
4. Escreveu que Serra, por “escorregadio”, desrespeitou "tantas mulheres, começando pela sua própria mulher. Sim, Monica Serra já fez um aborto".
5. Prosseguiu: "Com todo respeito que devo a essa minha professora, gostaria de revelar publicamente que muitas de nossas aulas foram regadas a discussões sobre o seu aborto traumático".
6. Perguntou: "Devemos prender Monica Serra caso seu marido fosse [sic] eleito presidente?" A mensagem correu a web. A repórter da Folha foi ouvir Sheila. E ela confirmou “cem por cento” o teor de seu texto.
7. No primeiro turno, Sheila votou em Plínio de Arruda Sampaio. No segundo, votaria em Dilma. Mas estará no Líbano, onde fará uma performance.
8. Sheila é filha da socióloga Majô Ribeiro, ex-aluna de mestrado, na USP, de Eva Blay, suplente de Fernando Henrique Cardoso no Senado em 1993.
9. Militante feminista, Majô foi pesquisadora do Núcleo de Estudos da Mulher e Relações Sociais de Gênero da USP, fundado por Ruth Cardoso (1930-2008).
10. Ouvida, Majô se disse "preocupada" com a revelação da filha. Mas disse tê-la criado para "ser uma mulher livre". Acha que Sheila "agiu como cidadã".
11. A reportagem traz também declarações de uma colega de classe de Sheila nas aulas de dança da ex-professora Monica Serra.
12. Sob o compromisso do anonimato, a colega contou: Nas aulas da mulher de Serra, as alunas costumavam sentar-se em círculos.
13. Sob atmosfera de intimidade, Monica explicava como os traumas da vida alteram os movimentos do corpo e se refletem na vida cotidiana.

14. Era nesses momentos, segundo ela, que profressora e alunas compartilhavam suas experiências de vida. Nessas aulas, Monica teria falado sobre o aborto.
15. Segundo a ex-aluna, Monica disse que fez o aborto por causa da ditadura. Por quê? O futuro dela e do marido Serra era muito incerto. Grávida, sentiu-se em situação vulnerável.

16. Ouça-se agora mais um pouco de Sheila: "Ela não confessou. Ela contou. Não sou uma pessoa denunciando coisas. Mas [ela é] uma pessoa pública, que fala em público que é contra o aborto, é errado. Ela tem uma responsabilidade ética".
Retorne-se à pergunta inicial: Deve o eleitor considerar a opção religiosa e as vicissitudes íntimas de alguém no momento da escolha de um presidente da República?
Em condições normais, a resposta seria um sonoro “não”. Busca-se um presidente, não um santo. Porém...
Porém, ao servirem-se do discurso carola para desqualificar Dilma, Serra e Monica tornaram-se devedores de uma boa e consistente explicação.
Procurada por dois dias, a mulher de Serra não respondeu à reportagem. A assessoria de Monica alegou que ela viajara para o Chile e estaria ilocalizável. “Não há como responder”, informou-se, por e-mail. Pena.