sábado, 30 de outubro de 2010

Editorial da Carta Maior em 30/10/2010

FALTAM 24 HS: O QUE ESTÁ EM JOGO?

O aborto ou os 70 bilhões de barris do pré-sal; uns seis trilhões de dólares; o maior impulso industrializante do país desde Vargas? Quais valores estão em jogo, esses, confirmados hoje nos 15 bilhões de barris, só no poço de Libra, ou os da água benta falsa de Serra? Se prevalecer o modelo tucano de exploração, o pré-sal vira remessa de lucros e exportação de óleo bruto nas mãos das petroleiras internacionais. Perde-se seu efeito multiplicador numa cadeia de suprimento industrial da ordem de 55 mil itens, desde plataformas e navios, a válvulas, aço e parafusos. Porém mais que isso, perder-se-ia a chance histórica deste país eliminar a miséria e abrir uma avenida de ampla convergência de oportunidades e direitos para as gerações do presente e do futuro. Qual é a discussão mais relevante? É essa, por isso não sai no Jornal.


A BALA DE PRATA PÚRPURA TRAZ A MÁCULA DA PEDOFILIA

 
Complacência com pedófilos na alta cúpula da Igreja sonega ao Vaticano autoridade moral sobre o voto cristão: 55% dos católicos brasileiros votam em Dilma e ignoram a aliança entre a extrema direita religiosa e política travestida em pacto anti-aborto, envelopado hoje com ares de súmula do Santo Ofício na primeira página da Folha. Foi preciso Lula lembrar que o Estado brasileiro é laico, enquanto o coro dos 'professores' tucanos acalenta a genuflexão das urnas a um Vaticano encralacrado no celibato pedófilo. Bento XVI ainda não subscreveu a Carta dos Direitos Humanos da ONU --porque não menciona Deus-- e retirou seu apoio à Unicef, que defende o planejamento familiar e o uso de preservativo contra a aids. A mesma ala da Igreja encastelada na Opus Dei, que agora apoia Serra, abençoou Salazar, em Portugal; Franco, na Espanha; Pinochet, no Chile; Videla, na Argentina e o Golpe de 64.

(Carta Maior; 30-10)

ADOREI ESTE JINGLE, VALE A PENA OUVIR: Imagens e Edição de Claudio Salles, com produção musical de Téo Lima. Participações Vocais de Salles e Rolo; e Backings de Patrícia Boechat, Rosana Sabença, Sônia Nesor, Leo Lima, Alvaro Maciel e Ricardo Moreno. Na parte instrumental, Claudio Salles (Violão e Guitarra), Téo Lima (Bateria e percusão), Luiz Nogueira (Percussão), Mestre Riko (Percussão), Pedro Moraez (Baixo). No vídeo participam, além dos músicos: Claudio Salles, Rolo, Andrea Carneiro, Juju, Antonio, Ricardo Moreno e Adam, Chico Buarque, Leonardo Boff e ela a primeira mulher presidente do Brasil - Dilma Roussef !! O VÍDEO E O CLIP SÃO UMA CONTRIBUIÇÃO VOLUNTÁRIA E GRATUITA DE TODOS OS ENVOLVIDOS. Vídeo gravado e editado na Rádio Pop Goiaba. Galera de Nict arrepiando.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Brasileiros a quem o país deve a validação do “Ficha Limpa” no STF

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Ministra Carmem Lúcia

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Ministra Ellen Gracie

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Ministro Ricardo Lewandowski

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Ministro Joaquim Barbosa

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Ministro Carlos Ayres Brito

Sem medo de ser / Sem medo de ser / Sem medo de ser feliz / Sem medo de ser / Sem medo de ser / Sem medo de ser feliz / Dilma lá / Brilha uma estrela / Dilma lá / Cresce a esperança / Sem medo de ser / Sem medo de ser / Sem medo de ser feliz / Dilma lá / Com sinceridade / Dilma lá / Com toda a certeza / Sem medo de ser / Sem medo de ser / Sem medo de ser feliz / Ole, ole, ole, olá / Dilma /Dilma /Ole, ole, ole, olá / Dilma / Dilma lá / Dilma lá / É a gente junto / Dilma lá / brilha uma estrela / Sem medo de ser / sem medo de ser / Sem medo de ser feliz / Ole, ole, ole, olá / Dilma / Dilma / Ole, ole, ole, olá / Dilma / Dilma lá! /

Os “caras”: Agnelo Queiróz e Luiz Inácio Lula da Silva.

 

MANIFESTO DOS 5000 Professores em defesa da educação pública

Nós, cinco mil professores universitários das principais universidades do país, consideramos um retrocesso as propostas e métodos políticos da candidatura Serra. Seu histórico como governante preocupa todos que acreditam que os rumos do sistema educacional e a defesa de princípios democráticos são vitais ao futuro do país.

Sob seu governo, a Universidade de São Paulo foi invadida por policiais armados com metralhadoras, atirando bombas de gás lacrimogêneo. Em um de seus primeiros atos como governador, assinou decretos que procuravam revogar a relativa autonomia financeira e administrativa das Universidades estaduais paulistas. Desde o início do governo PSDB em São Paulo, os salários dos professores da USP, Unicamp e Unesp vêm sendo sistematicamente achatados, mesmo com os recordes na arrecadação de impostos nos últimos anos. Numa inversão da situação vigente nas últimas décadas, eles se encontram hoje em patamares menores que a remuneração dos docentes das Universidades federais. Esse “choque de gestão” é ainda mais drástico no âmbito do ensino fundamental e médio, convergindo para uma política de sucateamento da Rede Pública. Desde 2005, no que diz respeito ao ensino médio, São Paulo perde sistematicamente colocações no ranking do Ideb; índice nacional de avaliação de ensino. Neste ciclo, onde se sente mais claramente as deficiências dos anos anteriores de aprendizado, São Paulo passou de quarto para sexto colocado. Os salários da Rede Pública no Estado mais rico da federação são menores que os de Tocantins, Roraima, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Espírito Santo, Acre, entre outros. Somada aos contratos precários e às condições aviltantes de trabalho, a baixa remuneração tende a expelir desse sistema educacional os professores qualificados e a desestimular quem decide se manter na Rede Pública. Diante das reivindicações por melhores condições de trabalho, Serra costuma afirmar que não passam de manifestação de interesses corporativos e sindicais, de “tró-ló-ló” de grupos políticos que querem desestabilizá-lo. Assim, além de evitar a discussão acerca do conteúdo das reivindicações, desqualifica movimentos organizados da sociedade civil, quando não os recebe com cassetetes. Serra escolheu como Secretário da Educação Paulo Renato, ministro nos oito anos do governo FHC. Neste período, nenhuma Escola Técnica Federal foi construída e as existentes arruinaram-se. As universidades públicas federais foram sucateadas ao ponto de faltar dinheiro até mesmo para pagar as contas de luz, como foi o caso na UFRJ. A impossibilidade de novas contratações gerou um déficit de 7.000 professores. Em contrapartida, sua gestão incentivou a proliferação sem critérios de universidades privadas. Já na Secretaria da Educação de São Paulo, Paulo Renato transferiu, via terceirização, para grandes empresas educacionais privadas a organização dos currículos escolares, o fornecimento de material didático e a formação continuada de professores. O Brasil não pode correr o risco de ter seu sistema educacional dirigido por interesses econômicos privados. No comando do governo federal, o PSDB inaugurou o cargo de “engavetador geral da república”. Em São Paulo, nos últimos anos, barrou mais de setenta pedidos de CPIs, abafando casos notórios de corrupção que estão sendo julgados em tribunais internacionais (como o caso Alston). Sua campanha promove uma deseducação política ao imitar práticas da extrema direita norte-americana em que uma orquestração de boatos dissemina a difamação, manipulando dogmas religiosos. A celebração bonapartista de sua pessoa, em detrimento das forças políticas, só encontra paralelo na campanha de 1989, de Fernando Collor.


Antonio Candido (USP) Fábio Comparato (USP) Alfredo Bosi (USP) Carlos Nelson Coutinho (UFRJ) Luiz Costa Lima (Uerj) Newton Bignotto (UFMG ) Flora Sussekind (Unirio) Eduardo Viveiros de Castro (UFRJ) Sergio Miceli (USP) Marilena Chaui (USP) Wander Miranda (UFMG) Laymert Garcia dos Santos (Unicamp) Ismail Xavier (USP) Ruy Fausto (USP) Renato Ortiz (Unicamp) Dermeval Saviani (Unicamp) Modesto Carone (USP) Moniz Bandeira (UnB) Joel Birman (UFRJ) Walnice Nogueira Galvão (USP) João José Reis (UFBA) Franklin Leopoldo e Silva (USP) Ronaldo Vainfas (UFF) Maria Victoria Benevides (USP) Maria Odila Dias (USP) Enio Candotti (UFRJ) Laura de Mello e Souza (USP) Jacyntho Brandão (UFMG) Emilia Viotti da Costa (USP) Theotonio dos Santos (UFF) João Adolfo Hansen (USP) Ildeu de Castro Moreira (UFRJ) Celso Favaretto (USP) Ivana Bentes (UFRJ ) José Arbex Jr. (PUC-SP) Rodrigo Duarte (UFMG) Gilberto Bercovici (USP) Francisco Rüdiger (UFRGS) Glauco Arbix (USP) Angela Leite Lopes (UFRJ) Otávio Velho (UFRJ) Vladimir Safatle (USP) Leda Paulani (USP) José Castilho de Marques Neto (Unesp) Peter Pal Pelbart (PUC- SP) Newton Lima Neto (UFSCar) Heloisa Fernandes (USP) Wolfgang LeoMaar (UFSCar) Juarez Guimarães (UFMG ) Sidney Chalhoub (Unicamp) Wilson Cano (Unicamp ) João Quartim de Moraes (Unicamp) Scarlett Marton (USP) Daniel Aarão Reis (UFF) José Sérgio F. de Carvalho (USP) Raquel Rolnik (USP) Tânia Rivera (UnB) Ladislau Dowbor (PUC-SP) Marcelo Perine (PUC-SP) Jose Vicente Tavares dos Santos (UFRGS) Léon Kossovitch (USP) Maria Ligia Prado,USP) Sergio Cardoso (USP) Ricardo Musse (USP) José Ricardo Ramalho (UFRJ) Emir Sader (Uerj ) Marcos Dantas (UFRJ) Evando Nascimento (UFJF) Luis Fernandes (UFRJ) Laura Tavares (UFRJ) Antonio Albino C. Rubim (UFBA) Sérgio de Carvalho (USP) Afrânio Catani (USP) Arley Moreno (Unicamp) Ângela Prysthon (UFPE) Paulo Faria (UFRGS) Armando Boito (Unicamp) Maria Lucia Cacciola (USP) Marcos Silva (USP) Cynthia Sarti (Unifesp ) Edson de Sousa (UFRGS) André Leclerc (UFC) Sebastião Velasco e Cruz (Unicamp) Liliana Segnini (Unicamp) Maria Lygia Quartim de Moraes (Unicamp) Irene Cardoso (USP) Celso Frederico (USP) Luís Augusto Fischer (UFRGS) Liv Sovik (UFRJ) César Minto (USP) Flavio Aguiar (USP ) Luiz Roncari (USP) Rosa Maria Dias (Uerj) Adalberto Cardoso (Uerj) Otavio Soares Dulci (UFMG) Vera da Silva Telles (USP) Ernani Chaves (UFPA) José Antônio Pasta (USP) José Carlos Bruni (USP) Giuseppe Cocco (UFRJ) José Camilo Pena (UFRJ) Denilson Lopes (UFRJ) Cilaine Alves Cunha (USP) Sandra Vasconcelos (USP) Bernardo Ricupero (USP) Federico Neiburg (UFRJ) Consuelo Lins (UFRJ) Luiz Renato Martins (USP) Henrique Carneiro (USP) Caio Navarro de Toledo (Unicamp) Walquíria Leão Rego (Unicamp ) Claudio H. M. Batalha (Unicamp) Lincoln Secco (USP) Mauro Zilbovicius (USP) Edilson Crema (USP) Heloisa Pontes (Unicamp) Vinicius B. de Figueiredo (UFPR) Analice Palombini (UFRGS) Nelson Schapochnik (USP) Richard Simanke (UFSCar) Alessandro Octaviani (USP) Antonio Carlos Mazzeo (Unesp) Valeria de Marco (USP) Adriano Codato (UFPR) Eugenio de França Ramos (Unesp) Paulo Henrique Martinez (Unesp) Paulo Nakatani (UFES) César Ricardo Siqueira Bolaño (UFS ) João Emanuel (UFRN) Christian Ingo Lenz Dunker (USP) Ana Fani Alessandri Carlos (USP) Frederico Mazzucchelli (Unicamp) Francisco Foot Hardman (Unicamp) Eduardo Rolim de Oliveira (UFRGS) Fernanda Arêas Peixoto (USP) Miriam Debieux (USP) Helder Garmes (USP) João Roberto Martins Filho (UFSCar) Emiliano José (UFBA) Luiz Recaman (USP) Ricardo Fabrini (USP) Anselmo Pessoa Neto (UFG) Nelson Cardoso Amaral (UFG) Marcos Siscar (Unicamp) Evelina Dagnino (Unicamp) Maria Helena P. T. Machado (USP) Lucilia de Almeida Neves (UnB) Elyeser Szturm (UnB) Alysson Mascaro (USP) Lúcio Flávio Rodrigues de Almeida (PUCSP) Reginaldo Moraes (Unicamp) Marcia Tosta Dias (Unifesp) Carlos Ranulfo (UFMG) Eliana Regina de Freitas Dutra (UFMG) Roberto Grun (UFSCar) Tânia Pellegrini (UFSCar) Mauricio Santana Dias (USP) Fábio Durão (Unicamp) Luiz Carlos Soares (UFF) . . .
Out 2010
Veja a lista completa dos que já assinaram em www.emdefesadaeducacao.wordpress.com

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Onde você estava em 1964? (Artigo postado pelo Senhor Emir Sader no site www.cartamaior.com.br, em 27 de outubro de 2010. Diante de texto tão lúcido, nada mais me resta fazer do que re-publicá-lo em meu blog. O que sempre considero uma honra! Parabéns aos homens que fazem diferença no jornalismo brasileiro!!!)

Onde você estava em 1964?

Há momentos na história de cada país que são definidores de quem é quem, da natureza de cada partido, de cada força social, de cada indivíduo. Há governos em relação aos quais se pode divergir pela esquerda ou pela direita, conforme o ponto de vista de cada um. Acontecia isso com governos como os do Getúlio, do JK, do Jango, criticado tanto pela direita – com enfoques liberais ou diretamente fascistas – e pela esquerda – por setores marxistas.
Mas há governos que, pela clareza de sua ação, não permitem essas nuances, que definem os rumos da história futura de um país. Foi assim com o nazismo na Alemanha, com o fascismo na Itália, com o franquismo na Espanha, com o salazarismo em Portugal, com a ocupação e o governo de Vichy na França, entre outros exemplos.
No caso do Brasil e de outros países latinoamericanos, esse momento foi o golpe militar e a instauração da ditadura militar em 1964. Diante da mobilização golpista dos anos prévios a 1964, da instauração da ditadura e da colocação em prática das suas políticas, não havia ambigüidade possível, nem a favor, nem contra. Tanto assim que praticamente todas as entidades empresariais, todos os partidos da direita, praticamente todos os órgãos da mídia – com exceção da Última Hora – pregavam o golpe, participando e promovendo o clima de desestabilização que levou à intervenção brutal das FAA, que rompeu com a democracia – em nome da defesa da democracia, como sempre -, apoiaram a instauração do regime de terror no Brasil.
Como se pode rever pelas reproduções das primeiras páginas dos jornais que circulam pela internet, todos – FSP, Estadão, O Globo, entre os que existiam naquela época e sobrevivem – se somaram à onda ditatorial, fizeram campanha com a Tradição, Família e Propriedade, com o Ibad, com a Embaixada dos EUA, com os setores mais direitistas do país. Apoiaram o golpe e as medidas repressivas brutais e aquelas que caracterizariam, no plano econômico e social à ditadura: intervenção em todos os sindicatos, arrocho salarial, prisão e condenação das lidreanças populares.
Instauraram a lua-de-mel que o grande empresariado nacional e estrangeiro queria: expansão da acumulação de capital centrada no consumo de luxo e na exportação, com arrocho salarial, propiciando os maiores lucros que tiveram os capitalistas no Brasil. A economia e a sociedade brasileira ganharam um rumo nitidamente conservador, elitistas, de exclusão social, de criminalização dos conflitos e das reivindicações democráticas, no marco da Doutrina de Segurança Nacional.
As famílias Frias, Mesquita, Marinho, entre outras, participaram ativamente, no momento mais determinante da história brasileira, do lado da ditadura e não na defesa da democracia. Acobertaram a repressão, seja publicando as versões mentirosas da ditadura sobre a prisão, a tortura, o assassinato dos opositores, como também – no caso da FSP -, emprestando carros da empresa para acobertar ações criminais os órgãos repressivos da ditadura. (O livro de Beatriz Kushnir, “Os cães de guarda”, da Editora Boitempo, relata com detalhes esse episódio e outros do papel da mídia em conivência e apoio à ditadura militar.)
No momento mais importante da história brasileira, a mídia monopolista esteve do lado da ditadura, contra a democracia. Querem agora usar processos feitos pela ditadura militar como se provassem algo contra os que lutaram contra ela e foram presos e torturados. É como se se usassem dados do nazismo sobre judeus, comunistas e ciganos vitimas dos campos de concentração. É como se se usassem dados do fascismo italiano a respeito dos membros da resistência italiana. É como se se usassem dados do fraquismo sobre o comportamento dos republicanos, como Garcia Lorca, presos e seviciados pelo regime. É como se se usasse os processos do governo de Vichy como testemunha contra os resistentes franceses.
Aqueles que participaram do golpe e da ditadura foram agraciados com a anistia feita pela ditadura, para limpar suas responsabilidades. Assim não houve processo contra o empréstimo de viaturas pela FSP à Operação Bandeirantes. O silêncio da família Frias diante da acusações públicas, apoiadas em provas irrefutáveis, é uma confissão de culpa.
Estamos próximos de termos uma presidente mulher, que participou da resistência à ditadura e que foi torturada pelos agentes do regime de terror instaurado no país, com o apoio da mídia monopolista. Parece-lhes insuportável moralmente e de fato o é. A figura de Dilma é para eles uma acusação permanente, pela dignidade que ela representa, pela sua trajetória, pelos valores que ela representa.
Onde estava cada um em 1964? Essa a questão chave para definir quem é quem na democracia brasileira.

Ficha Limpa vale para este ano. Depois de empate, STF mantém decisão do TSE. (Matéria escrita por Mônica Harada, retirada do site do Correio Braziliense, em 27 de outubro de 2010)

Após sete horas de julgamento, seis dos 10 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram que a Lei da Ficha Limpa já deve ser aplicada nesta eleição.

Houve empate de 5 x 5 (Ricardo Lewandowski, Carmén Lúcia, Ellen Gracie, Ayres Britto e Joaquim Barbosa = ministros do Ficha Limpa para este ano!) no julgamento do recurso do deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA), eleito senador no primeiro turno das eleições, mas barrado pela Lei da Ficha Limpa. Os ministros, então, iniciaram nova votação para resolver o impasse. A maioria manteve a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que barrou o registro de candidatura de Jader Barbalho com base na Ficha Limpa e aprovou a validade da nova lei para este ano.

O impasse terminou com a sugestão e o voto do ministro Celso de Mello, que propôs manter a decisão do TSE, de acordo com o artigo 205 do regimento interno do STF – “Havendo votado todos os ministros, salvo os impedidos ou licenciados por período remanescente superior a três meses, prevalecerá o ato impugnado”.

O resultado foi proclamado pelo presidente Cezar Peluso, que disse respeitar a decisão da maioria, apesar de ser contrário à validade da Lei da Ficha Limpa.

Barrados pelo Supremo

A sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), que começou por volta das 14h40 desta quarta-feira (27/10), julgou o recurso apresentado por Jader Barbalho, candidato eleito para o Senado pelo Pará, que teve a candidatura barrada pelo TSE com base na Lei da Ficha Limpa.

Jader renunciou ao mandato de senador, em 2001 para escapar de possível cassação por quebra de decoro. Seus advogados contestaram a decisão do TSE no Supremo, questionando a validade da Ficha Limpa para este ano.

Com o posicionamento da instância suprema da Justiça, Jader Barbalho e os demais enquadrados pela lei, incluindo o ex-governador do DF Joaquim Roriz, tornam-se inelegíveis durante o período remanescente do mandato e nos oito anos seguintes ao término da legislatura.

Palmas para o Brasil! Palmas para o STF! Palmas para a aprovação do Ficha Limpa já para estas eleicções! Palmas para o povo brasileiro! Fora, candidatos Ficha Suja!!!

Ainda não tenho os detalhes, pesquisarei… pesquisarei…

Mas o principal é que o Ficha Limpa está valendo!!!

Viva o Brasil! Viva a derrota de candidatos Ficha Suja!!!

Creolina e água sanitária neles!!!!!!!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A notícia do UOL entristece quem ama a vida marinha: “Baleia de 15 metros encalha em uma praia de Búzios”. Vamos torcer para que ela consiga se salvar!

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Uma baleia da espécie jubarte medindo cerca de 15 metros  encalhou no início da tarde de hoje (25) na Praia de Geribá, em Búzios, na Região dos Lagos. Segundo a assessoria da prefeitura, homens do Corpo de Bombeiros estão aguardando a maré encher para que as ondas facilitem o trabalho de desencalhe do mamífero.

Segundo o professor de meio ambiente da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) David Zee, não é comum ver baleias encalhadas no Brasil. “Temos notícia de uma ou outra baleia encalhada. Eu acho que, algumas vezes, elas sofrem algum ataque, ficam doentes na viagem do Pólo Sul em direção às águas quentes do Norte, acabam debilitadas e encalham nas praias”.

A baleia ficou presa em um banco de areia enquanto se alimentava de um cardume de peixes pequenos, por volta das 14h30. Cerca de dez bombeiros foram deslocados para o local na tentativa de libertar a jubarte sem causar ferimentos ao animal. Dezenas de curiosos e voluntários ainda estão na praia acompanhando a operação de salvamento da baleia.

domingo, 24 de outubro de 2010

As capas antigas da VEJA

Acorda, pessoal!!!

Não é intriga da oposição!!!

São capas antigas da VEJA,

denunciando a corrupção...

Naquele tempo a publicação

Não fazia campanha pro Serra,

Denunciava a roubalheira

que afetava nossa nação...

Hoje, todos se espantam

com a mudança ocorrida,

quando interessa ao patrão,

são dois pesos e duas medidas...

sábado, 23 de outubro de 2010

Mais uma da Dona Weslian!!!!!!

rorizfraga[1]

Porque eu voto no Serra!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! (recado para os aposentados)

 

Não gosto de festejar antes da hora! Acho bobagem. Eleição ganha é quando as urnas são fechadas e os votos apurados. E desta vez, também não vou festejar antecipadamente. Mas fico feliz com a trajetória da mulher/Dilma. Fico feliz a cada pesquisa. É mais um resgate da situação da mulher, que passou tantos anos debaixo do tacão do homem e agora demonstra sua competência!!! (Matéria retirada da “Folha.com”)

 

Pesquisa Datafolha confirma que Dilma Rousseff (PT) estancou sua perda de votos iniciada no final de setembro. A petista voltou a subir e agora tem uma vantagem de 12 pontos sobre José Serra (PSDB) na disputa pela Presidência da República.

Quando se consideram os votos válidos (excluídos brancos, nulos e indecisos), a petista tem 56% contra 44% do tucano. Esses 12 pontos de vantagem estão abaixo do que foi registrado na véspera da eleição do último dia 3, quando o Datafolha fez uma simulação de eventual segundo turno --Dilma tinha 57% contra 43% de Serra.

A pesquisa foi encomendada pela Folha e pela Rede Globo e registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral com o número 36.536/2010. O Datafolha entrevistou ontem 4.037 pessoas em 243 cidades. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos.

Em relação à semana passada, as oscilações dos percentuais totais de votos válidos foram todas no limite da margem de erro. Dilma tinha 54% (com mais dois pontos, foi a 56%). Serra tinha 46% (e deslizou para 44%).

Nos votos totais, Dilma aparece com 50% (tinha 47% há uma semana). Serra tem 40% (contra 41% do levantamento anterior). Os que dizem votar em branco, nulo ou nenhum continuaram estáveis, com 4%. Os indecisos oscilaram de 8% para 6%.

VOTOS DE MARINA

Os votos da terceira colocada no primeiro turno, Marina Silva (PV), registraram um movimento favorável a Dilma nesta semana. A petista cresceu oito pontos nesse grupo, de 23% para 31%.

Ainda assim, Dilma continua bem atrás de Serra entre os "marineiros". O tucano sofreu uma queda de cinco pontos, de 51% para 46%.

Há poucos eleitores se dizendo disponíveis para os candidatos aumentarem seus percentuais. Segundo o Datafolha, 88% dos brasileiros declaram-se totalmente decididos sobre em quem votar no dia 31. Apenas 10% cogitam mudar de opinião.

O Datafolha registrou também um fenômeno comum nesta época em períodos eleitorais: aumentou a audiência dos comerciais dos candidatos na TV. Nesta semana, 63% afirmaram ter assistido pelo menos uma vez à propaganda --na semana passada, o percentual era de 52%.

O maior número de eleitores que assistem ao horário eleitoral está no Sul (71%). No Nordeste, o percentual é o menor do país, com 61%.

O debate Folha/RedeTV!, realizado domingo passado, foi visto inteiro ou em parte por 25% dos eleitores.

Segundo o Datafolha, entre os que viram ou ouviram falar do encontro, 24% disseram que Serra foi o vencedor, e 23% apontaram Dilma.

Quando se consideram só os que viram na íntegra, o tucano foi apontado como vencedor por 47% contra 37%.

Editoria de Arte/Folhapress

Migração de voto

 

Boas notícias do dia 22 de outubro de 2010: Agnelo abre 23 pontos de vantagem sobre Weslian no DF. (Material retirado do site “Folha.com”)

O petista Agnelo Queiroz, candidato a governador do Distrito Federal, mantém o crescimento nas intenções de voto e abre vantagem de 23 pontos sobre a candidata Weslian Roriz (PSC).

Segundo pesquisa Datafolha feita ontem e anteontem, Agnelo tem 54% das intenções de voto, contra 31% de Roriz. Na semana passada, o petista aparecia com 53%, e sua adversária, com 35%.

Datafolha

Brancos e nulos somam 8%, e 7% dos eleitores estão indecisos. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Se considerados os votos válidos (brancos, nulos e indecisos são excluídos), Agnelo tem 64% das intenções de voto, contra 36% de Roriz.

Entre os entrevistados, apenas 10% afirmam que ainda podem mudar de voto.

No primeiro turno, Agnelo recebeu 48,41% dos votos, e Roriz, 31,5%.

Desde a semana passada, Agnelo melhorou seu desempenho entre os mais jovens (de 59% para 64%), entre os menos escolarizados (de 37% para 41%), entre os mais escolarizados (de 65% para 69%) e entre os mais ricos (de 66% para 70%).

Entre os mais pobres, Agnelo caiu de 42% para 36%, mas Roriz também perdeu dois pontos nessa faixa (47% para 45%), em que aumentou o número de indecisos (de 7% para 12%).

O Datafolha também verificou se os eleitores têm conhecimento a respeito do número do seu candidato: 86% dos entrevistados deram respostas corretas (eram 83%), e 13%, erradas (eram 12%).

Entre os eleitores de Agnelo, 88% sabem o número do candidato, percentual que é de 92% entre os que pretendem votar em Weslian Roriz (na semana passada, os percentuais eram de 81% e 91%, respectivamente).

O instituto ainda questionou se os entrevistados sabem que o ex-governador Joaquim Roriz desistiu de disputar a eleição: 96% dizem ter tomado conhecimento, e 74% afirmam estar bem informados sobre o fato.

A pesquisa foi feita nos dias 20 e 21 com 1115 entrevistados. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento está registrado no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Distrito Federal com o número 37.880/2010.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pedro Tierra: Os Filhos da Paixão

No ato de artistas e intelectuais realizado ontem, no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, antes da fala da candidata Dilma Rousseff, foi lido o poema "Os filhos da paixão", de Pedro Tierra, sob silêncio absoluto. Um de seus trechos diz: “Queremos um país onde não se matem as crianças/ que escaparam do frio, da fome, da cola de sapateiro./ Onde os filhos da margem tenham direito à terra,/ ao trabalho, ao pão, ao canto, à dança,/ às histórias que povoam nossa imaginação, às raízes da nossa alegria”. Leia o poema na íntegra.

Redação

OS FILHOS DA PAIXÃO
Nascemos num campo de futebol.
Haverá berço melhor para dar à luz uma estrela?
Aprendemos que os donos do país só nos ouviam
quando cessava o rumor da última máquina...
quando cantava o arame cortado da última cerca.
Carregamos no peito, cada um, batalhas incontáveis.
Somos a perigosa memória das lutas.
Projetamos a perigosa imagem do sonho.
Nada causa mais horror à ordem
do que homens e mulheres que sonham.
Nós sonhamos. E organizamos o sonho.
Nascemos negros, nordestinos, nisseis, índios,
mulheres, mulatas, meninas de todas as cores,
filhos, netos de italianos, alemães, árabes, judeus,
portugueses, espanhóis, poloneses, tantos...
Nascemos assim, desiguais, como todos os sonhos humanos.
Fomos batizados na pia, na água dos rios, nos terreiros.
Fomos, ao nascer, condenados a amar a diferença.
A amar os diferentes.
Viemos da margem.
Somos a anti-sinfonia
que estorna da estreita pauta da melodia.
Não cabemos dentro da moldura...
Somos dilacerados como todos os filhos da paixão.
Briguentos. Desaforados. Unidos. Livres:
como meninos de rua.
Quando o inimigo não fustiga
inventamos nossas próprias guerras.
Desenvolvemos um talento prodigioso para elas.
Com nossas mãos, sonhos, desavenças compomos um rosto de peão,
uma voz rouca de peão,
o desassombro dos peões para oferecer ao país,
para disputar o país.
Por sua boca dissemos na fábrica, nas praças, nos estádios
que este país não tem mais donos.
Em 84 viramos multidão, inundamos as ruas,
somamos nosso grito ao grito de todos,
depois gritamos sozinhos
e choramos a derrota sob nossas bandeiras.
88. Como aprender a governar,
a desenhar em cada passo, em cada gesto,
a cada dia a vida nova que nossa boca anunciou?
89. Encarnamos a tempestade.
Assombrados pela vertigem dos ventos que desatamos.
Venceu a solidez da mentira, do preconceito.
Três anos depois, pintamos a cara como tantos
e fomos pra rua com nossos filhos
inventar o arco-íris e a indignação.
Desta vez a fortaleza ruiu diante dos nossos olhos.
E só havia ratos depois dos muros.
A fortaleza agora está vazia
ou povoada de fantasmas.
O caminho que conduz a ela passa por muitos lugares.
Caravanas: pelas estradas empoeiradas,
pela esperança empoeirada do povo,
pelos mandacarus e juazeiros,
pelos seringais, pelas águas da Amazônia,
pelos parreirais e pelos pampas, pelos cerrados e pelos babaçuais,
mas sobretudo pela invencível alegria
que o rosto castigado da gente demonstra à sua passagem.
A revolução que acalentamos na juventude faltou.
A vida não. A vida não falta.
E não há nada mais revolucionário que a vida.
Fixa suas próprias regras.
Marca a hora e se põe de nós, incontornável.
Os filhos da margem têm os olhos postos sobre nós.
Eles sabem, nós sabemos que a vida não nos concederá outra oportunidade.
Hoje, temos uma cara. Uma voz. Bandeiras.
Temos sonhos organizados.
Queremos um país onde não se matem crianças
que escaparam do frio, da fome, da cola de sapateiro.
Onde os filhos da margem tenham direito à terra,
ao trabalho, ao pão, ao canto, à dança,
às histórias que povoam nossa imaginação,
às raízes da nossa alegria.
Aprendemos que a construção do Brasil
não será obra apenas de nossas mãos.
Nosso retrato futuro resultará
da desencontrada multiplicação
dos sonhos que desatamos.
Pedro Tierra
1994

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Vale a pena ver este vídeo, para entender um pouco mais sobre a situação do Brasil neste segundo turno das eleições presidenciais.

Os riscos do obscurantismo - (Texto retirado do site “Carta Maior”, de autoria do Senhor Emir Sader)

 

image

O aspecto mais grave da atual campanha eleitoral é o apelo ao obscurantismo como arma política. Quando tinha se configurado – segundo as cada vez mais questionadas pesquisas – uma maioria em torno de um projeto geral para o país, a oposição tratou de – como disse muito bem uma analista – encontrar um atalho para falar ao povo de outra maneira, buscando deslocar a temática central, em que estaria sofrendo derrota clara.

Foi a tentativa de encarar o tema do aborto sob a ótica mais retrógrada. Justo um partido que se pretendia ilustrado, apelou para as forças mais retrógradas, para tentar explorar os sentimentos mais conservadores de setores significativos da população.

Um avanço da modernidade foi a separação republicana entre a esfera pública e a esfera privada, entre as opções que se referem à privacidade e à liberdade de cada um e aquelas que se referem aos direitos de todos. Ninguém é obrigado a ter uma religião determinada ou mesmo ser religioso, mas todas as formas de expressão religiosa são admitidas e protegidas.

O tema do aborto se prestou para a virada conservadora nos EUA e no mundo. Depois de longa luta, o movimento feminista conseguiu aprovar o direito ao aborto, em diferentes níveis e versões. Em um país como a Itália, por exemplo, se tinha conseguido aprovar, em referendos nacionais, tanto o divórcio, como o aborto, apesar da oposição do governo Democrata Cristão e do Vaticano. Era uma conquista positiva o direito da mulher de dispor do seu próprio corpo e da sua reprodução.

A virada conservadora tratou de inverter as coisas, reivindicando “a vida” contra o aborto, criminalizando os que pregavam o aborto e inclusive os que o praticavam. Tentava-se impor crenças de algumas religiões sobre os interesses gerais. É a lógica dos Estados fundamentalistas – islâmicos ou sionista -, em que não existe o principio republicano da igualdade diante da lei, substituída pelo privilegio da religião dominante. É uma lógica retrógrada, que faz da religião fator de desigualdade, abolindo o caráter laico e republicano do Estado moderno.

Foi nessa onda conservadora que praticamente todos os cargos importantes da Justiça norteamericana foram mudados numa direção conservadora, em que o financiamento das escolas religiosas aumentou exponencialmente às custas das escolas privadas.

A ofensiva gigantesca do Vaticano contra a Teologia da Libertação liquidou uma corrente popular de grande aceitação no mundo católico, facilitando o avanço dos evangélicos e da corrente carismática dentro do catolicismo – ambas com viés fortemente conservador.

Os preconceitos religiosos sempre foram utilizados em campanhas eleitorais brasileiras, seja para tentar a eleição de candidatos laicos, seja para promover a eleição de bancadas de religiosos. Mas, pela primeira vez, pode ser um aspecto decisivo para definir a eleição presidencial, com conseqüências desastrosas para a democracia e o caráter republicano do Estado.

Uma candidatura como a de José Serra, que era dada como morta, de repente se vê guindada ao segundo turno, pelos votos de outra candidata – Marina da Silva -, e sem programa a propor, lança-se a tentar ganhar de qualquer maneira, apelando para o as calunias e a exploração conservadora dos sentimentos religiosos de uma parte da população.

O que está em jogo não são apenas duas candidaturas: é se o projeto de diminuição – pela primeira vez – das desigualdades e da injustiças no Brasil terá continuidade e aprofundamento ou se será brecado e um governo similar aos dos anos 90 voltará ao governo, com os riscos de obscurantismo, repressão, entreguismo e outros tantos retrocessos.

Charge: Latuff
Postado por Emir Sader às 05:25

Weslian Roriz e sua atitude desrespeitosa para com a população do Distrito Federal

 

E novamente o inimaginável aconteceu: Weslian Laranja Roriz novamente falta ao debate programado, desta vez, pela TV Record.

A população de Brasília tem realmente sido destratada por esta pretensa “alguma coisa entre candidata e laranja ou ainda possível laranjausente ” que se propôs a assumir o lugar do marido ficha-suja no papel de candidato ao GDF.

Mas afinal, acho que a ninguém deve espantar tal comportamento, afinal estamos falando da esposa do “Coronel – Pretenso Deus – Darth Vader – Tio Joca” Joaquim Roriz (sic, sic, sic, sic, e sic), e pelo menos nós, professores, nos lembramos muito bem como já fomos desrespeitados por este senhor em anos passados enquanto lutávamos para que nosso salário e nossas condições de trabalho não fossem de vez para o ralo por culpa da incompetência administrativa do mesmo...

Mas o fato permanece: novamente Brasília se viu impossibilitada de refletir sobre o programa de governo que esta (sic) candidata pretende implantar no Distrito Federal se (sic, sic, sic, sic, e sic) a mesma conseguir, para desgraça de toda a população deste lugar (SIC, SIC, SIC, SIC, e SICCCCCCCC), ser eleita governadora.

E novo nome surge para Weslian Roriz: além de candidata laranja, agora agrega a seu slogan o apelido “Sombra”, devendo ficar conhecida para a prosperidade como Weslian “Sombra Laranja Ausente Eternamente” Roriz…

Cuidado aí, GDF!!!!!!!!!

domingo, 17 de outubro de 2010

Marina Silva! ... ou como a sede pelo poder conseguiu que uma guerreira ficasse em cima do muro...

Foi bonito! Concordo que foi bonito o trajeto de Marina Silva! E ela poderia ter se tornado uma esperança política para todos os brasileiros, um sinônimo de garra, de coerência, de amor pelo povo deste país.

Mas Marina Silva entrou para o Senado, conviveu com as benesses da vida de um senador, experimentou a vida mansa de uma ministra, e hoje deve morar em algum prédio mais que luxuoso da cidade de Brasília. Marina Silva já não é Marina Silva, a companheira de Chico Mendes, com quem fundou a Central Única dos Trabalhadores, já não é aquela lutadora que trabalhou como empregada doméstica, já não é aquela analfabeta que se alfabetizou aos 16 anos, já não é aquela ativista do Partido Revolucionário Comunista, já não é aquela defensora do meio ambiente que veio do Norte para Brasília trazendo o sangue de Chico Mendes no coração.

Hoje, Marina Silva é uma mãe de família que quer defender o seu, pois “pouca farinha, o meu pirão primeiro”...

Marina Silva quer mais é pensar no futuro, e não no futuro do Brasil ou no futuro do povo brasileiro, Marina Silva quer pensar é em 2014, quando espera ressurgir como a esperança para este país para o qual agora vira as costas!

Marina Silva afirma que não vai apoiar nem Dilma nem Serra. Bem, até onde eu entendo as palavras como elas são, isto é ficar em cima do muro!

E isto é muito grave, pois o povo brasileiro precisa da continuidade das ações desenvolvidas pelo governo Lula, precisa ainda de muitas coisas urgentes: precisa de moralidade na vida política deste país, precisa de mais empregos, precisa de melhores hospitais, precisa de escolas em turno integral para que os jovens não fiquem soltos nas ruas à mercê de marginais, precisa de policiais mais treinados, precisa de uma política que priorize a reciclagem do lixo, precisa de uma política de juros mais viável, precisa de uma reforma tributária, precisa de um judiciário mais ágil, precisa de programas de atendimento aos idosos, precisa de mais agilidade na máquina do executivo, precisa de mais concursos, precisa de mais cursos de formação profissional, precisa...

Bem, se eu fosse listar o que o povo do Brasil ainda precisa, o povo no qual um dia existiu uma Marina Silva, o povo que escolheu Marina Silva como uma deputada, uma senadora e agora como a terceira colocada em uma eleição presidencial que vai definir os rumos deste país por mais quatro anos, se eu fosse listar tudo que este povo ainda precisa para continuar saindo da situação difícil que 20 anos de ditadura e governos claramente descompromissados com os pobres acarretaram e que o governo Lula tenta diariamente corrigir...

Mas Marina Silva não tem mais um compromisso com este povo, Marina Silva já não mais sente fome, Marina Silva já não mais se utiliza do SUS para ela e suas filhas e filhos, Marina Silva agora tem seguranças particulares que a isolam da realidade deste país, Marina Silva se coloca plantada em cima de um muro, longe das doenças, das dificuldades, da violência que assombram a parcela da população que continua na luta pela sobrevivência diária.

Então é fácil para a Senhora Deputada, Senadora, Ministra, Candidata a Presidência afirmar sua neutralidade! Neutralidade tem aqueles que estão com a vida ganha, que não precisam de um país coerente, digno, honesto. Neutralidade é para aqueles que querem que tudo se exploda, pois “seu pirão está garantido”!

E como o Brasil peca pela falta de memória política, como as escolhas da maioria dos brasileiros são escolhas de um povo que não sabe pensar além do nariz... da Globo, Dona Marina Silva sabe que daqui a algum tempo, ela poderá voltar e se lançar como candidata a qualquer coisa, pois poucos se lembrarão desta traição que ela comete agora ao não escolher ou Dilma ou Serra. E ela conta com isso para ser a futura Presidente do Brasil...

Horário de Verão

Começa às 0h do dia 17 de outubro o horário de verão. Então, amanhã teremos um dia de 23 horas, já que adiantaremos 1 hora no nosso tempo…

O horário de verão valerá para MT, MS, GO, DF, MG, ES, RJ, SP, SC, PR e RS.

Estaremos com os relógios adiantados até o dia 20 de fevereiro de 2011, quando, então, atrasaremos nossos relógios em uma hora e teremos então um dia com 25 horas.

Milagres da modernidade!!!

Apelo…

Pessoal,
Tenho estado muito preocupada com o rumo que o candidato José Serra e seus defensores vêm imprimindo à campanha à presidência da República. Assisti ao primeiro debate em que ele e Dilma se encontraram pela primeira vez no segundo turno, e não gostei dos posicionamentos que este candidato apresentou e também não gostei do rumo que as discussões tomaram.
Ficou uma coisa você-é-a-favor-do-aborto-você-é-a-favor-do-aborto-você-é-a-favor-do-aborto-você-é-a-favor-do-aborto-e-blá-blá-blá que me lembrou muito a atitude de certo segmento da sociedade que se concentra em um ponto negativo que porventura exista como forma de impedir que a discussão de temas mais pertinentes e interessantes se aprofundem, então é só você-é-a-favor-do-aborto-você-é-a-favor-do-aborto-você-é-a-favor-do-aborto-você-é-a-favor-do-aborto-e-blá-blá-blá e nada da conversa ou debate ou discussão ou seja lá o que aquilo pretenda ser evoluir para esclarecimentos mais pertinentes e interessantes.
Outro ponto que me tem desgostado muito é a pressão que fazem contra a candidata Dilma pela sua participação contra a ditadura! De repente parece que tudo que o Brasil sofreu, o golpe militar, o Congresso cassado, deputados eleitos pelo voto popular impedidos de representar seus eleitores, estudantes que desapareceram, a tortura que muitos sofreram, a morte de tantos brasileiros, de repente me parece que tudo isto não existiu, e que a Dilma foi simplesmente uma porra-louca que resolveu lutar contra quimeras e moinhos de vento! Gente! Acorda! A ditadura foi terrível, não se esqueçam de Chico Buarque e Caetano Veloso partindo para o exílio, do filho da Zuzu Angel assassinado, dos estudantes apanhando nas passeatas, das bombas de gás lacrimogêneo, das reuniões de mais de três estudantes serem consideradas subversivas, dos anos que passamos sem poder escolher nossos governantes, da escolha arbitrária dos governadores e dos presidentes do nosso país por mais de 20 anos, do sumiço de tantos brasileiros nos porões da ditadura, do Wladimir Herzog, e de tantos outros que sofreram na pele as arbitrariedades que aconteceram neste país. E respeitem quem lutou contra tudo isto, respeitem quem foi preso, quem apanhou, quem com seu ânimo e sofrimento conseguiu reverter esta situação, quem participou de tantas passeatas, e quem conseguiu fazer com que, em 2010, estejamos podendo escolher democraticamente nossos governantes e nosso destino!
Também não gosto da insinuação sub-reptícia de que uma mulher não pode ser a governante de um país. Afinal, a quem tantos homens devem agradecer a vida de sucesso e prestígio que tem agora? Se não fôssemos nós, com nossa força, nosso discernimento, nossa coragem, com nosso coração delicado e que ao mesmo tempo é uma fortaleza onde em tantos momentos nossos filhos se abrigam das tempestades do mundo, vocês acham que seriam hoje pessoas? Vocês nem existiriam, pois sem nós o bem mais básico não lhes teria sido dado, que é o bem da vida, vocês dependeram de nós no momento mais frágil de suas existências, e nós os guiamos e os orientamos e os alimentamos e cuidamos de vocês! E agora tem gente que duvida de nossa capacidade?! Ora, faça-me o favor!!!
Por tudo isto, escrevo agora este meu desabafo. Não quero que todos concordem comigo, não quero que todos votem na Dilma, como eu o farei no dia 31 de outubro. O que eu quero, aliás, o que eu exijo, é que o nível desta campanha se eleve. Que parem de me mandar emails acusando Dilma de homossexual, terrorista, assassina de criancinhas, ou o que mais quiserem inventar por ai! Por favor, discutam comigo O PROGRAMA DE GOVERNO DA DILMA E DO JOSÉ SERRA. TENTEM AGIR COMO ADULTOS E OBSERVEM AS PROPOSTAS DOS CANDIDATOS!!! Parem de tanta baixaria! E não se esqueçam, como diz o ditado popular: QUEM TEM TELHADO DE VIDRO, NÃO JOGA PEDRA...
Ângela
Em tempo: Segue abaixo texto retirado do blog do Josias na folha.com (
http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/)
Serra e sua mulher devem à ‘platéia’ uma explicação
Deve-se considerar a opção religiosa e a intimidade de alguém no momento da escolha de um chefe de Estado? Pensando melhor, adie-se a pergunta.
Comece-se de outro modo: o debate beato que tomou conta da cena eleitoral injetou em 2010 um quê de inquisição.
Serra viu na dubiedade de Dilma uma avenida de oportunidades. Chamou-a de “duas caras”.
Ontem incrédula, hoje cristã. Antes pró-descriminalização do aborto, agora contra.
Súbito, Monica Serra, a mulher do candidato tucano, mirou abaixo da linha da cintura.
Há um mês, num evento de campanha realizado na Baixada Fluminense, Monica disse que Dilma é a favor de “matar criancinhas”.
Veiculada pela ‘Agência Estado’, a frase de Monica não foi desmentida. Dilma esfregou a declaração na face de Serra.
Deu-se no debate de domingo passado. Serra poderia ter ecoado a mulher. Poderia também tê-la desdito. Preferiu o silêncio.
Mal comparando, o lero-lero da morte de “criancinhas” evocou 1989, o ano em que Collor trouxe para o centro da arena eleitoral Lurian.
Logo se descobriria que Collor escondia, ele próprio, um segredo. Patrocinou a acusação de que Lula propusera o aborto a uma antiga namorada...
...E recusava-se a reconhecer filho gerado fora do casamento. Collor negava-lhe o sobrenome da família.
Pois bem. Surge agora a informação de que a psicóloga Monica Serra também teria ceifado a vida de uma “criancinha”.
Em notícia levada às págins da Folha, a repórter Mônica Bergamo conta o seguinte:
1. A mulher de Serra ministrava, em 1992, um curso de dança na Unicamp. Ex-alunas de Mônica dizem ter ouvido dela a revelação de que fez um aborto.
2. Quando? Na época em que vivia com Serra no Chile. No dia seguinte ao debate de Dilma com Serra, uma das ex-alunas de Mônica foi ao Facebook.
3. Chama-se Sheila Canevacci Ribeiro. É bailarina. Tem 37 anos. Ficou abespinhada com o silêncio de Serra. Levou sua “indignação” ao sítio de relacionamento.
4. Escreveu que Serra, por “escorregadio”, desrespeitou "tantas mulheres, começando pela sua própria mulher. Sim, Monica Serra já fez um aborto".
5. Prosseguiu: "Com todo respeito que devo a essa minha professora, gostaria de revelar publicamente que muitas de nossas aulas foram regadas a discussões sobre o seu aborto traumático".
6. Perguntou: "Devemos prender Monica Serra caso seu marido fosse [sic] eleito presidente?" A mensagem correu a web. A repórter da Folha foi ouvir Sheila. E ela confirmou “cem por cento” o teor de seu texto.
7. No primeiro turno, Sheila votou em Plínio de Arruda Sampaio. No segundo, votaria em Dilma. Mas estará no Líbano, onde fará uma performance.
8. Sheila é filha da socióloga Majô Ribeiro, ex-aluna de mestrado, na USP, de Eva Blay, suplente de Fernando Henrique Cardoso no Senado em 1993.
9. Militante feminista, Majô foi pesquisadora do Núcleo de Estudos da Mulher e Relações Sociais de Gênero da USP, fundado por Ruth Cardoso (1930-2008).
10. Ouvida, Majô se disse "preocupada" com a revelação da filha. Mas disse tê-la criado para "ser uma mulher livre". Acha que Sheila "agiu como cidadã".
11. A reportagem traz também declarações de uma colega de classe de Sheila nas aulas de dança da ex-professora Monica Serra.
12. Sob o compromisso do anonimato, a colega contou: Nas aulas da mulher de Serra, as alunas costumavam sentar-se em círculos.
13. Sob atmosfera de intimidade, Monica explicava como os traumas da vida alteram os movimentos do corpo e se refletem na vida cotidiana.

14. Era nesses momentos, segundo ela, que profressora e alunas compartilhavam suas experiências de vida. Nessas aulas, Monica teria falado sobre o aborto.
15. Segundo a ex-aluna, Monica disse que fez o aborto por causa da ditadura. Por quê? O futuro dela e do marido Serra era muito incerto. Grávida, sentiu-se em situação vulnerável.

16. Ouça-se agora mais um pouco de Sheila: "Ela não confessou. Ela contou. Não sou uma pessoa denunciando coisas. Mas [ela é] uma pessoa pública, que fala em público que é contra o aborto, é errado. Ela tem uma responsabilidade ética".
Retorne-se à pergunta inicial: Deve o eleitor considerar a opção religiosa e as vicissitudes íntimas de alguém no momento da escolha de um presidente da República?
Em condições normais, a resposta seria um sonoro “não”. Busca-se um presidente, não um santo. Porém...
Porém, ao servirem-se do discurso carola para desqualificar Dilma, Serra e Monica tornaram-se devedores de uma boa e consistente explicação.
Procurada por dois dias, a mulher de Serra não respondeu à reportagem. A assessoria de Monica alegou que ela viajara para o Chile e estaria ilocalizável. “Não há como responder”, informou-se, por e-mail. Pena.

sábado, 16 de outubro de 2010

Velório do psiquiatra José Angelo Gaiarsa acontece no cemitério São Paulo – Artigo de James Cimino – Texto retirado da “Folha.com”.

Morreu neste sábado (16) aos 90 anos o médico psiquiatra José Angelo Gaiarsa. Segundo sua neta Laura, Gaiarsa morreu por volta das 5h enquanto dormia. A família ainda não sabe a causa da morte.

O velório está ocorrendo desde as 14h no cemitério São Paulo. O corpo será enterrado no cemitério da Assunção, em Santo André, onde o psiquiatra nasceu, neste domingo (17) às 8h. Gaiarsa era divorciado e deixa três filhos e oito netos.

Nascido em 19 de agosto de 1920, Gaiarsa sempre será lembrado como um iconoclasta, conforme disse seu filho Flávio à Folha.

Zeca, como era conhecido pelos amigos, falava muito contra a estrutura familiar clássica, segundo ele a maior geradora de neuroses nos indivíduos, e apoiava abertamente, em redes de rádio e TV, a liberdade feminina já na década de 1960.

Foi um o primeiro psquiatra a introduzir a psicologia analítica de Carl Gustav Jung e os estudos sobre sexualidade de Wilhelm Reich.

Inspirado por esses estudiosos, Gaiarsa ia à TV pregar contra a virgindade e a favor do comportamento sexual livre.

"Ele despertava o ódio da sociedade ao dizer que a família não era a melhor estrutura social. Dizia que no seio da família é onde as pessoas mais se deformam. Eu tinha 9 anos e me lembro de as pessoas que ironicamente defendiam a moral e os costumes da época telefonarem para nossa casa falando palavrões", conta o Flávio Gaiarsa, 61, que seguiu a carreira do pai.

Segundo ele, muitas mulheres da época se sentiram livres para sair de casa dos pais e viverem sozinhas após ouvir os ensinamentos do psiquiatra.

"Elas viam um homem mais velho e que falava desses assuntos de maneira clara na TV e se emancipavam. Eu e meus irmãos achávamos o máximo que nosso pai fizesse aquela bagunça. Morreu aos 90 anos sem perder o gosto e a capacidade de aprendizado."

VIDA

Clinicou por mais de 50 anos, publicou 30 livros e por dez anos teve um quadro de televisão em que esclarecia dúvidas dos telespectadores.

Vindo de Santo André, de uma família de seis irmãos e irmãs, entrou na Faculdade de Medicina da USP em primeiro lugar, posição que manteve por toda a graduação.

Casou-se com Maria Luiza Martins Gaiarsa, cirurgiã e colega de turma, com quem teve quatro filhos homens: Flávio, Marcos (já morto), Paulo e Dácio. Separou-se em uma época em que o rompimento das relações matrimoniais era controverso.

Foi introdutor de Carl Gustave Jung e William Reich no Brasil, psicanalistas ideólogos da revolução sexual.

Seu primeiro livro, "A Juventude Diante do Sexo", veio a partir de um artigo de capa para a revista "Realidade" sobre o comportamento sexual da juventude que passava por profundas modificações.

Seu último livro publicado foi o "Meio século de Psicoterapia". Atualmente, estava revisando para reedição a obra "Respiração, Angústia e Renascimento".

Seu último prêmio foi do International Academy of Child Brain Development,do Institute for the Achievent of Human Potential, decorrente de um trabalho recém concluído sobre o desenvolvimento físico, cerebral e emocional das crianças.

O velório está ocorrendo desde as 14h no cemitério São Paulo. O corpo será enterrado no cemitério da Assunção, em Santo André, onde o psiquiatra nasceu, neste domingo (17) às 8h. Gaiarsa era divorciado e deixa três filhos e oito netos.

Nascido em 19 de agosto de 1920, Gaiarsa sempre será lembrado como um iconoclasta, conforme disse seu filho Flávio à Folha.

Zeca, como era conhecido pelos amigos, falava muito contra a estrutura familiar clássica, segundo ele a maior geradora de neuroses nos indivíduos, e apoiava abertamente, em redes de rádio e TV, a liberdade feminina já na década de 1960.

Foi um o primeiro psquiatra a introduzir a psicologia analítica de Carl Gustav Jung e os estudos sobre sexualidade de Wilhelm Reich.

Inspirado por esses estudiosos, Gaiarsa ia à TV pregar contra a virgindade e a favor do comportamento sexual livre.

"Ele despertava o ódio da sociedade ao dizer que a família não era a melhor estrutura social. Dizia que no seio da família é onde as pessoas mais se deformam. Eu tinha 9 anos e me lembro de as pessoas que ironicamente defendiam a moral e os costumes da época telefonarem para nossa casa falando palavrões", conta o Flávio Gaiarsa, 61, que seguiu a carreira do pai.

Segundo ele, muitas mulheres da época se sentiram livres para sair de casa dos pais e viverem sozinhas após ouvir os ensinamentos do psiquiatra.

"Elas viam um homem mais velho e que falava desses assuntos de maneira clara na TV e se emancipavam. Eu e meus irmãos achávamos o máximo que nosso pai fizesse aquela bagunça. Morreu aos 90 anos sem perder o gosto e a capacidade de aprendizado."

VIDA

Clinicou por mais de 50 anos, publicou 30 livros e por dez anos teve um quadro de televisão em que esclarecia dúvidas dos telespectadores.

Vindo de Santo André, de uma família de seis irmãos e irmãs, entrou na Faculdade de Medicina da USP em primeiro lugar, posição que manteve por toda a graduação.

Casou-se com Maria Luiza Martins Gaiarsa, cirurgiã e colega de turma, com quem teve quatro filhos homens: Flávio, Marcos (já morto), Paulo e Dácio. Separou-se em uma época em que o rompimento das relações matrimoniais era controverso.

Foi introdutor de Carl Gustave Jung e William Reich no Brasil, psicanalistas ideólogos da revolução sexual.

Seu primeiro livro, "A Juventude Diante do Sexo", veio a partir de um artigo de capa para a revista "Realidade" sobre o comportamento sexual da juventude que passava por profundas modificações.

Seu último livro publicado foi o "Meio século de Psicoterapia". Atualmente, estava revisando para reedição a obra "Respiração, Angústia e Renascimento".

Seu último prêmio foi do International Academy of Child Brain Development,do Institute for the Achievent of Human Potential, decorrente de um trabalho recém concluído sobre o desenvolvimento físico, cerebral e emocional das crianças.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Pesquisa mostra que Agnelo lidera até em áreas tipicamente rorizistas(Retirei este artigo do site do Correio Braziliense, em 15/10/2010)

 

Ricardo Taffner

Publicação: 15/10/2010 08:00

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A análise das intenções de voto para governador do Distrito Federal por região administrativa mostra que a disputa nas cidades segue a tendência geral da capital da República. Agnelo Queiroz (PT) é o candidato mais lembrado em 17 das 19 áreas pesquisadas pelo Instituto CB Data entre 11 e 13 de outubro. O petista chega a liderar em locais normalmente dominados pela família Roriz, como Samambaia, onde aparece à frente de Weslian (PSC) por um ponto percentual (veja arte). A ex-primeira-dama só consegue superar o adversário em duas cidades: Paranoá e Sobradinho. Para o levantamento, foram ouvidos 1,1 mil eleitores.
O resultado da pesquisa do CB Data, encomendada pelo Correio, mostra a evolução do quadro eleitoral neste segundo turno. O resultado das urnas de 3 de outubro colocou Agnelo em primeiro lugar em 18 das 21 zonas eleitorais, com Weslian na frente nas outras três. Agora, os sobreviventes na disputa tentam herdar, principalmente, os 199 mil votos deixados por Toninho do PSol e espalhados nas cidades. Na sondagem realizada nesta semana, o ex-ministro do Esporte aparece com 52% da preferência do eleitor contra 34% da representante do PSC. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Segundo o cientista político e coordenador da pesquisa, Adriano Cerqueira, o estudo indica que os votos dados a Toninho no primeiro turno estão migrando, em grande parte, para Agnelo. Nas zonas eleitorais da Asa Sul e da Asa Norte - nas quais o socialista recebeu aproximadamente 19% dos votos, contra cerca de 40% do petista e de 12% de Weslian -, a fotografia atual da região é de 65% para Agnelo e de 23% para a ex-primeira-dama. Entretanto, 8% dos moradores do centro de Brasília afirmaram que pretendem seguir a iniciativa do candidato derrotado em votar nulo no próximo dia 31. "É um indicativo muito grande de que, para muitos eleitores de Toninho, Agnelo é uma opção melhor do que Weslian", avalia Cerqueira.
O cientista político explica que a margem de erro na estratificação por região administrativa pode ser maior do que os três pontos percentuais. Mesmo assim, o resultado ilustra bem o comportamento dos moradores de cada área. Os setores visitados de cada cidade foram selecionados de acordo com o número de habitantes indicado pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Geografia (IBGE). "Só foi entrevistada uma pessoa por domicílio sorteado, respeitando os percentuais de sexo e idade informados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do DF", afirma Cerqueira.
Vantagens
A maior distância identificada entre os dois postulantes ocorre no Guará, onde Agnelo abre vantagem de 53 pontos em relação à concorrente. Os habitantes da cidade votam, tradicionalmente, nos candidatos de esquerda. No primeiro turno, a superioridade no local foi de 20 pontos percentuais a favor do ex-ministro do Esporte. Agnelo repete desempenho semelhante, com diferença maior ou igual a 40 pontos, em outras três regiões: Brasília (62% a 23%), Brazlândia (67% a 26%) e Planaltina (62% a 22%).
Das duas cidades onde Weslian se sai melhor, em uma ela conquista diferença significativa. No Paranoá, a candidata tem 59% das intenções de voto contra 10% de Agnelo. Na outra, em Sobradinho, a mulher de Roriz supera em 14 pontos percentuais o petista. Entretanto, em grande parte dos redutos rorizistas, Weslian não consegue sequer encostar no adversário. Em localidades criadas pelo ex-governador Joaquim Roriz, como Riacho Fundo, Santa Maria e Recanto das Emas, o petista tem uma vantagem de mais de 15 pontos.
Segundo Cerqueira, a pulverização da preferência sobre o representante do PT demonstra que a segmentação do voto brasiliense entre classes sociais foi reduzida. "O segundo turno obriga o eleitor a se posicionar entre duas opções e Agnelo conseguiu se firmar em praticamente todos os segmentos, independentemente de idade, sexo, escolaridade ou renda", diz o cientista político. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) sob o número 36196/2010 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com a inscrição 35639/2010.
Urnas
Weslian Roriz (PSC) ganhou em três zonas eleitorais no primeiro turno. Na 13ª, da Região Administrativa de Samambaia, a candidata recebeu 50,51% dos votos e na 20ª (Samambaia e Recanto das Emas), 51,73%.
Em ambas, Agnelo Queiroz (PT) manteve-se na casa dos 35%.
A 2ª Zona Eleitoral engloba os eleitores do Paranoá, do Itapoã, do Lago Norte, do Varjão, do Taquari e da Granja do Torno. Nela, a ex-primeira-dama teve 45,31% da preferência contra 36,07% do petista.

Mapa do Agnelo e da Weslian na votação para o GDF. Pelo menos nas pesquisas, o Agnelo vai ganhando. Graças a Deus!!!

Pois é! Quando tudo parecia perdido, uma notícia veiculada pelo site do SINDICATO DOS PROFESSORES DO DF me deu novo alento: Em visita ao SINPRO/DF, o candidato Agnelo Queirós se comprometeu a implantar o PLANO DE SAÚDE DOS SERVIDORES DO GDF. Parece que, afinal, eu terei acesso a um plano de saúde bom com um preço honesto!!!

Agnelo visita a sede do Sinpro

Publicada em 14/10/2010 por Imprensa

O candidato ao governo do DF, Agnelo Queiroz, visitou a sede do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) durante a manhã desta quinta-feira (14) e por cerca de trinta minutos participou da reunião da Diretoria do Sindicato, que acontecia no momento. A presença do candidato ocorreu com a intenção de entregar, oficialmente, à Diretoria, uma carta compromisso contendo itens que são reivindicações históricas da categoria em suas lutas constantes. Veja abaixo os compromissos feitos por Agnelo com os professores:
* Garantir a revisão anual da remuneração dos docentes tendo como parâmetro o índice de correção do Fundo Constitucional do Distrito Federal, buscando que o magistério tenha remuneração equiparada às carreiras de nível superior da Administração Pública local;
* Equiparar o Auxílio-Alimentação com o valor pago na área federal (de R$ 199 para R$ 304), sem a contrapartida, e dobrar o valor do Auxílio-Creche: de R$ 95 para R$ 190
* Implantar o plano de saúde dos servidores e tornar realidade o programa habitacional da categoria;
* Garantir o pagamento das pendências financeiras, encaminhar projeto à Câmara Legislativa estabelecendo um cronograma de pagamento para os precatórios, renegociar as dívidas das educadoras e educadores com o BRB;
* Promover cursos de capacitação e o acesso da categoria à pós-graduação, mestrado e doutorado;
* Garantir a participação de professores(as) e orientadores(as) educacionais na discussão e elaboração dos projetos pedagógicos da rede;
* Reconhecer a legalidade e a legitimidade do plano de carreira do magistério, garantindo nele a carreira única;
* Instituir uma Mesa permanente de Negociação, com a participação de representantes do Sindicato;
* Nomear os concursados e realizar novos concursos públicos dentro do número de vagas, enquanto isso garantir o pagamento do piso salarial da carreira para os profissionais contratados temporariamente;
* Instituir a gestão democrática no ensino público e reduzir o número de alunos em sala de aula;
* Garantir a isonomia de tratamento entre ativos e aposentados e o gozo da Licença-prêmio para toda a categoria.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Frases da Sra. Weslian Roriz… (E o PIOR é que esta senhora pode vir a se tornar governadora do DF…)

FRASES DITA PELA CANDIDATA WESLIAN RORIZ EM DEBATE NA TELEVISÃO QUANDO DA CAMPANHA PARA O PRIMEIRO TURNO PARA O GOVERNO DO DF…

Frase 1:

“Olha, Dr. Agnello, nós vamos intensificar o combate. Não seria, não seria o combate de tudo aquilo que o senhor perguntou pra mim? Eu gostaria de dar uma resposta pro senhor muito franca, que eu gostaria que o senhor repetisse pra mim qual foi mesmo a pergunta que o senhor fez.”

Comento: Genial!! Acho que ela está usando o remédio de labirintinte da Vanusa.

Frase 2:

"Brasilia precisa ser policiada em todos os recantos"

Comento: E eu que pensava que só tinha o Recanto das Emas. E tem mais é?

Frase 3:

"Naquela Segurança que eles podem sair a qualquer hora do dia ou da noite sem nenhum atropelamento de gente que vem pra atacar"

Comento: Se a "gente" que vem pra atacar não é atropelada, logo "eles" não podem sair a qualquer hora do dia ou da noite naquela segurança.

Alternativa Falsa.

Obs: O Cespe já pediu permissão a Dona Weslian para usar esta questão no próximo vestibular.

Frase 4:

"A honestidade na minha casa, na minha família era a coisa primeira que tinha".

Comento: A honestidade sempre esteve em primeiro lugar na família Roriz. Alguém duvida disso?

Frase 5:

"Então eu não concordo com corrupção...Eu quero defender toda aquela corrupção."

Comento: Temos que admitir que pelo menos ela foi sincera.

domingo, 10 de outubro de 2010

Postado em 10 de outubro por Emir Sader: Dois Brasis.

O Brasil é um só, mas disputado por dois projetos antagônicos.
Um é o da paralisia econômica, do gigantesco endividamento interno, das dívidas e da submissão ao FMI. O Brasil que foi quebrado três vezes durante o governo FHC-Serra – em 1995, 1997 e 1998 – e quase levaram o país à falência, deixando uma recessão prolongada que só foi superada no governo Lula. O Brasil da carga tributária que subiu de 27 a 35%, dos apagões e do sucateamento da infraestrutura. Aquele Brasil da privataria, que torrou nossas empresas públicas por 100 bilhões de dólares e ainda assim dobrou o endividamento público. O Brasil que mudou o nome da Petrobras para Petrobax, como caminho para privatizá-la e que tem os olhos postos no Pré-Sal, para oferecê-lo às grandes empresas privadas internacionais. É o Brazil do FHC e do Serra, da velha mídia, vinculada aos grandes interesses privados, que tinham se acostumado a dispor do Estado brasileiro a seu bel prazer.
Um Brasil que incrementou a desigualdade, desmontou o Estado, perseguiu os servidores públicos, se submeteu subservientemente aos EUA na política externa. Fez com que a maioria dos trabalhadores brasileiros ficassem submetido à total precariedade, sem carteira nem contrato de trabalho. Um Brasil do colapso das universidades públicas e da proibição da criação de escolas técnicas.
O outro Brasil é o que começou a despontar a partir das ruínas herdadas do governo FHC-Serra. Um Brasil que montou um modelo econômico de desenvolvimento com distribuição de renda. Um Brasil que remontou o Estado e sua capacidade de induzir a expansão econômica e garantir os direitos sociais. Um Brasil que tornou funcionais e virtuosos o crescimento e a distribuição de renda.
Um Brasil do bem, que elevou a auto-estima dos brasileiros, quando os governantes anteriores – Collor, FHC – só jogavam o país e os brasileiros para baixo. Tirou milhões de brasileiros da miséria, propiciando o acesso a bens básicos a grande parte dos brasileiros, excluídos pelas políticas de mercado.
Serra é da Corrente do Mal, que só destrói, que criou três crises durante o governo FHC, que quase destruiu o Brasil e agora quer quer brecar o caminho pelo qual o Brasil avança.
Lula e Dilma são os responsáveis principais por essa estratégia. A derrota da direita e a eleição da Dilma gera as melhores condições para que avancemos no caminho da construção de um Brasil justo, solidário e soberano.

 

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Céu de Brasília no dia 07 de outubro: pouca chuva!!!

Imagem de satélite

Encontrei esta imagem no site do Correio Braziliense. Infelizmente, ainda há pouca chuva nos céus brasilienses…