segunda-feira, 29 de março de 2010

Aula do Estágio que estou fazendo no Ginásio de Sobradinho

Figuras de linguagem

São recursos semânticos usados para realçar e dar maior expressividade às palavras, permitindo empregá-las num sentido diferente do convencional.

Exemplos de figuras de linguagem: Comparação, metáfora, antítese, metonímia, eufemismo, hipérbato, personificação ou prosopopéia, hipérbole e pleonasmo.

Comparação: Estabelece relação de semelhança entre duas palavras ou expressões, atribuindo características de um termo a outro por meio de um elemento comparativo explícito.

Exemplo:
1. “A tua mão é dura como casca de árvore. / Ríspida e grossa como um cacto” (Cassiano Ricardo)

2. “O poema é como um gole d’água bebido no escuro” (Mário Quintana)

3. “O que sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa” (Fernando Pessoa)

4. O carro dele é rápido como um avião.

5. A vida vem em ondas / Como um mar / Num indo e vindo infinito (Lulu Santos)

6. “Amou daquela vez como se fosse a última / Beijou sua mulher como se fosse a última (Chico Buarque de Holanda)

Observação: Quando a conjunção como ou outros elementos comparativos (tal qual, assim, tão... quanto, tanto... quanto etc.) estão expressos na frase, a figura de linguagem chama-se comparação.

Metáfora: Emprega uma palavra em sentido figurado, baseando-se em uma comparação subentendida entre dois termos.

Exemplo:

Débora é uma flor de pessoa.

Sílvia é uma bruxa.

“Deixa em paz meu coração / que ele é um pote até aqui de mágoa / e qualquer desatenção, faça não / pode ser a gota d’água” (Chico Buarque de Holanda)

"Supondo o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair pérolas, que é a razão.” (Machado de Assis)

Eu sou um poço de dor e amargura

Sou um cachorro sem sentimentos

Seus olhos são dois oceanos

“Meu pensamento é um rio subterrâneo” (Fernando Pessoa)

Cada fruto desta árvore é um pingo de ouro

Antítese: Evidencia oposição ou sentido contrário das idéias.

Exemplo:

“... você foi a mentira sincera / Brincadeira mais séria...” (Roberto Carlos)

"Amigos ou inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal, e fazem-nos bem. Outros nos almejam o bem, e nos trazem o mal." (Rui Barbosa)

“Onde queres prazer sou o que dói (...) / E onde queres tortura, mansidão (...) / E onde queres bandido sou herói. (Caetano Veloso)

“Já estou cheio de me sentir vazio, meu corpo é quente e estou sentindo frio.” (Renato Russo)

“Eu vi a cara da morte e ela estava viva.” (Cazuza)

“Do riso se fez o pranto.” (Vinicius de Moraes)

Você é meu doce veneno.

Metonímia: Substituição de uma palavra por outra com a qual tenha relação de semelhança de sentido.

Exemplo:

“O bonde passa cheio de pernas / Pernas brancas pretas amarelas / Para que tanta perna, Meu Deus, pergunta meu coração.” (Carlos Drummond de Andrade)

Lemos Machado de Assis por interesse. (As obras de...)

Ir ao barbeiro. (À barbearia...)

Bebemos uma garrafa de Porto. (De vinho...)

A mão empurrou o carrinho do bebê. (A mulher... / O homem...)

A igreja publicou seu novo livro. (A editora da...)

Ele comprou um Ford. (Um carro...)

Eufemismo: Substituição de uma palavra ou expressão para suavizar ou atenuar intencionalmente seu significado.

Você faltou com a verdade. (mentiu)

Ele entregou a alma a Deus (morreu)

“... Trata-se de um usurpador do bem alheio (ladrão)

“Era uma estrela divina que ao firmamento voou!” (morreu) (Álvares de Azevedo)

“Verdades que esqueceram de acontecer” (mentiras) (Mário Quintana)

Passar os cinco dedos (roubar)

Ele foi convidado a sair da escola (ser expulso)

Ele não foi feliz nos exames (foi reprovado)

Hipérbato: É uma inversão da ordem direta dos termos da oração (S + V + O)

Exemplo:

“Fica decretado que agora vale a verdade, / que agora vale a vida, / e que de mãos dadas / trabalharemos todos pela vida verdadeira.” (Thiago de Mello)

(Fica decretado que a verdade vale agora, / que a vida vale agora, / e que todos trabalharemos pela vida verdadeira, / de mãos dadas.)

  "Passeiam à tarde, as belas na Avenida. " 1 (Carlos Drummond de Andrade)

1 As belas passeiam na Avenida à tarde.

“Aquela triste e leda madrugada” (Luís de Camões)

Dança, à noite, o casal de apaixonados no clube.

Aves, desisti de as ter!

Das minhas coisas cuido eu!

Personificação ou prosopopéia: È a atribuição de atitudes e outras características de seres animados a seres inanimados, irracionais ou abstratos.

“O Gato disse ao Pássaro que tinha uma asa partida>

“O Vento suspirou e o Sol também”

“A Cadeira começou a gritar com a Mesa”

“O Sol amanheceu triste e escondido”

“A Bomba atômica é triste, / Coisa mais triste não há / Quando cai, cai sem vontade” (Vinicius de Moraes)

“O fogo dançava com a chuva”

Hipérbole: É uma figura de linguagem que ocorre quando se escolhe usar uma palavra ou expressão exagerada, em geral para dar maior ênfase à frase.

“... Mas a poesia deste momento / inunda minha vida inteira.” (Carlos Drummond de Andrade)

“Rios te correrão dos olhos, se chorares!” (Olavo Bilac)

“Um quarteirão de perucas para Clodovil Pereira” (José Cândido Carvalho)

“Na chuva de cores / Da tarde que explode / A lagoa brilha” (Carlos Drummond de Andrade)

“Assim esperamos – disse a platéia, já agora morrendo de rir” (Caetano Veloso)

“Eu chorei rios de lágrimas.”

“Você me faz morrer de rir”

“Estou morrendo de fome”

Pleonasmo: É a repetição de um termo, para reforço ou realce de uma idéia.

“E quem sabes sonhavas meus sonhos por fim” (Cartola)

“Nós vivemos uma vida feliz”

“Morrerás morte vil na mão de um forte.” (Gonçalves Dias)

“Ó mar salgado, quanto do teu sal / São lágrimas de Portugal (Fernando Pessoa)

“O cadáver de um defunto morto que já faleceu” (Roberto Gómez Bolaños)

“E rir meu riso” (Vinicius de Moraes)

Observação: Existe também o pleonasmo vicioso, que é um vício de linguagem. Ocorre quando a repetição do termo é considerada desnecessária (subir para cima, descer para baixo, entrar para dentro, etc.)

Exemplos de pleonasmos viciosos:

Amanhecer o dia / Cursar um curso / Monopólio exclusivo / Opinião individual de cada um / Plebiscito popular / Encarar cara a cara / Viver a vida / Abismo sem fundo / Ganhar grátis / Retornar de novo / Goteira no teto / virar pro lado / países do mundo / Sorriso nos lábios / Multidão de pessoas / Acabamento final / Gritar alto

domingo, 21 de março de 2010

Editado por Anselmo Raposo em 21.3.10 (Retirado do blog dilma13.blogspot.com)

 

Resposta a campanhas de difamação que agridem candidatos à Presidência do Brasil, manipulando a verdade e ocultando partes importantes das lutas destas pessoas, no caso, de Dilma Rousseff.

Pessoal,

Hoje, tenho 58 anos. Como vocês podem verificar através de um simples cálculo matemático, durante a época da ditadura no Brasil eu tinha 17 anos. Eu presenciei o que foram os anos terríveis em que vigorou no Brasil uma repressão cruel, que começou com o golpe de 1964 e atingiu seu ápice com o nefasto AI – 5, promulgado em 13 de dezembro de 1968.

Não havia liberdade, não havia esperança, o Congresso foi fechado, políticos e artistas foram perseguidos, alguns foram presos e outros tiveram que fugir para escapar às masmorras da repressão.

Nesta época, minha mãe era viva e trabalhava no Ministério do Trabalho, no Rio de Janeiro. O Ministério do Trabalho ficava na Avenida Presidente Antônio Carlos, no Centro da cidade, e várias vezes ela chegou em nossa residência, depois de um dia de trabalho, passando mal por ter sido exposta a gás lacrimogênio jogado pela polícia para acabar com manifestações contra a ditadura ocorridas no percurso de sua volta para casa.

Foi uma época muito triste, ninguém tinha segurança de nada, você poderia ser denunciado simplesmente por falar mal da ditadura, todos tinham apenas que abaixar a cabeça e aceitar tudo, e sem reclamar , pois o poder estava todo com os militares.

Mas os jovens não aceitaram este caos, jovens valorosos, corajosos, que em muitos casos pagaram com a vida por denunciar este estado de coisas. Dilma foi umas delas, inegavelmente ela deixou sua família rica e se voltou para a luta por liberdade neste nosso Brasil. E como ela, muitos optaram pela luta armada, e eles foram soberbos, e ao esforço deles devemos agradecer por vivermos hoje em um mundo em que podemos falar, discordar, denunciar, sem que percamos nossas vidas ou sem que nossas famílias paguem o preço por nós.

E hoje presencio uma campanha de difamação contra os que lutaram contra a ditadura neste país, e vejo várias “Dilmas” serem achincalhadas por pessoas que nunca se expuseram a nada, apenas pensando em seus próprios umbigos e em como aumentar suas rendas.

Isto me dói! Eu gostaria de ver vocês presenciando o que eu presenciei, gostaria de ver vocês presenciando jornais serem censurados e proibidos de circular, peças teatrais sendo proibidas de serem encenadas (inclusive os atores e atrizes sofrendo agressões físicas), gostaria de ver a reação de vocês diante da censura a artistas como Chico Buarque de Holanda (que teve que inventar um pseudônimo, “Julinho da Adelaide” para conseguir colocar suas músicas em disco), Caetano Veloso e Gilberto Gil (que tiveram que deixar o país para não acabarem nos cárceres do DOI/CODI), Jards Macalé, Geraldo Vandré, João Goulart,  Fernando Henrique Cardoso, Brizola  e tantos outros a quem a ditadura imputava faltas gravíssimas, mas que apenas lutavam por... liberdade!

Eu gostaria de ver a reação de vocês ao fechamento do Congresso Nacional, meu Deus, existe algo pior que isto, presenciar seus deputados e senadores, (entre eles Mário Covas, o grande Mário Covas, hoje já morto), eleitos legalmente pelo povo, de repente sem poderem mais intervir na vida política do país, como se nosso voto não fosse nada, não valesse nada, não significasse nada?!

Vários jovens não concordaram com tudo isto e o muito mais que aconteceu naquele tempo, e estes jovens optaram por lutar, mas lutar significava se expor, e muitos morreram, ou tiveram suas vidas definidas pela brutalidade daqueles tempos.

Hoje se questiona se a conduta deles foi correta, mas ninguém fala do que o povo estava sofrendo, parece que, para alguns, o Brasil vivia em um clima de “tudo cor de rosa”, hoje se fala mal dos que lutaram, mas esquecem de dizer que, se a atitude deles foi errada, também era errado os fatos que os obrigaram a ir tão longe, e nenhuma voz se levanta para agradecer, e dizer: “Graças às suas atitudes, algumas talvez até erradas, hoje eu posso discordar, me manifestar, gritar, denunciar, sem que eu suma nos porões da ditadura ou termine enterrada em tantos cemitérios clandestinos nos quais tantos jovens brasileiros até hoje repousam sem que suas famílias saibam dos seus destinos!”

Pessoal, eu conclamo a todos que receberem estes slides, que não embarquem em tal campanha difamatória, que, se discordam de algo, procurem provas, não aceitem imagens bonitas mas que talvez tragam sub-repticiamente apenas mentiras de covardes, de mentirosos e mentirosas covardes que assistiram em suas casas confortáveis enquanto o Brasil pegava fogo, sob anos tão pesados que hoje são conhecidos como “anos de chumbo”...

domingo, 14 de março de 2010

Quem estiver com saudades do sempre lindérrimo “Mathew Macfadyen”, é só assistir ao filme Robin Hood, no qual ele faz o papel de sherife de Nothingan (neste vídeo, ele aparece aos 1 minuto e vinte e quatro segundos).

The Tudors – a história da Inglaterra durante o reinado de Henrique VIII

Interessou-me a série “The Tudors”, principalmente porque há algum tempo lí um comentário muito bom sobre ela. Quando cheguei na Locvídeo, porém, só encontrei a terceira temporada. Inicialmente não fiquei inclinada a locar estes DVDs (três), mas depois de ler a sinopse, resolvi levar, ainda mais porque lá não havia a minissérie “Grande Sertão – Veredas”, com o Toni Ramos e a Bruna Lombardi. (Pelo jeito vou ter que comprar, se quiser rever…)

Mas não me arrependi, a série é muito bem feita, as imagens são belíssimas, e os atores são muito bonitos (se bem que o rei Henrique VIII verdadeiro não era nada daquilo que seu interprete é, pelas pesquisas que fiz sobre ele na Internet verifiquei que ele era bem… gorducho!!!

Mas o que é a vida sem um pouco de ilusão? Vá lá que sabemos que nas telas tudo é muuuuuiiiiiito mais perfeito, resolvi desculpar esta falta de precisão com o nobre rei e confesso que gostei dos resultados.

Agora, por causa da minissérie, sei a origem da religião anglicana, com algumas imprecisões, é claro, mas o comecinho, sou capaz de avaliar.

E caramba, que rei danado aquele, totalmente tirano, se a coisa não funcionasse como ele queria, era só mandar… decapitar!!!

Achei muita graça também dos casos amorosos deste mesmo rei, ele casava, anulava a união, descasava, e outros que tais de uma maneira incrível, coitada das senhoras rainhas: não gostou, separou, reclamou, morreu…

Mas vale a pena assistir, é diversão garantida!!!

Em tempo: O ator (gatézimo) que faz o rei é o Jonathan Rhys Meyers, que aliás está excelente no papel.

Nada é impossível com a motivação certa. Publicado em “olhares” por obvious em 13 mar 2010.

Imaginem se todos acreditassem na frase acima! Confesso que em certas horas me sinto abatida para enfrentar alguns problemas que me acontecem. Vou repensar esta situação…

nada é impossível com a motivação certa

sábado, 13 de março de 2010

Texto retirado do “Blog DO Emir”, no dia 12 de março de 2010, em que o jornalista Emir Sader tece algumas considerações sobre “verdades” (sic) veiculadas pela imprensa (vendida) brasileira, ou o porque do povo brasileiro ser tão alienado das verdadeiras verdades que acontecem no mundo…

Os fariseus e a dignidade

O que sabem os leitores dos diários brasileiros sobre Cuba? O que sabem os telespectadores brasileiros sobre Cuba? O que sabem os ouvintes de rádio brasileiros sobre Cuba? O que saberia o povo brasileiro sobre Cuba, se dependesse da mídia brasileira?
O que mais os jornalistas da imprensa mercantil adoram é concordar com seus patrões. Podem exorbitar na linguagem, para badalar os que pagam seu salários. Sabem que atacar ao PT é o que mais agrada a seus patrões, porque é quem mais os perturba e os afeta. Vale até dar espaco para qualquer mercenário publicar calúnias contra o Lula, para, depois jogá-lo de volta na lata do lixo.
No circo dessa imprensa recentemente realizado em São Paulo, os relatos dizem que os donos das empresas – Frias, Marinhos – tinham intervenções mais discretas, – ninguem duvida das suas posiçõoes de ultra-direita -, mas seus empregados se exibiam competindo sobre quem fazia a declaração mais extremista, mais retumbante, sabendo que seriam recolhidas pela mídia, mas sobretudo buscando sorrisinho no rosto dos patrões e, quem sabe, uns zerinhos a mais no contracheque no fim do mês.
Quem foi informado pela imprensa que há quase 50 anos Cuba já terminou com o analfabetismo, que mais recentemente, com a participação direta dos seus educadores, o analfabetismo foi erradicado na Venezuela, na Bolívia e no Equador? Que empresa jornalística noiticiou? Quais mandaram repórteres para saber como países pobres ou menos desenvolvidos conseguiram o que mais desenvolvidos como os EUA ou mesmo o Brasil, a Argentina, o México, náo conseguiram?
Mandaram repórteres saber como funciona naquela ilha do Caribe, pouco desenvolvida economicamente, o sistema educacional e de saúde universal e gratuito para todos? Se perguntaram sobre a comparação feita por Michael Moore no seu filme "Sicko" sobre os sistemas de saúde – em particular o brutalmente mercantilizado dos EUA e o público e gratuito de Cuba?
Essas empresas privadas da mídia fizeram reportagens sobre a Escola Latinoamericana de Medicina que, em Cuba, já formou mais de cinco gerações de médicos de todos os países da América Latina e inclusive dos EUA, gratuitamente, na melhor medicina social do mundo? Foi despertada a curiosidade de algum jornalista, econômico, educativo ou não, sobre o fato de que Cuba, passando por grandes dificuldades econômicas – como suas empresas não deixam de noticiar – não fechou nenhuma vaga nem nas suas escolas tradicionais, nem na Escola Latinoamericana de Medicina, nem fechou nenhum leito em hospitais?
Se dependesse dessas empresas, se trataria de um regime “decrépito”, governado por dois irmãos há mais de 50 anos, um verdadeiro “goulag tropical”, uma ilha transformada em prisão.
Alguém tentou explicar como é possivel conviver esse tipo de sociedade igualitária com a base naval de Guantánamo? Se noticiam regularmente as barbaridades que ocorrem lá, onde presos sob simples suspeita, são interrogados e torturados – conforme tantas testemunhas que a imprensa se nega em publicar – em condições fora de qualquer jurisdição internacional?
Noticiam que, como disse Raul Castro, sim, se tortura naquela ilha, se prende, se julga e se condena da forma mais arbitrária possível, detidos em masmorras, como animais, mas isso se passa sob responsabilidade norteamericana, desse mesmo governo que protesta por uma greve de fome de uma pessoa que – apesar da ignorância de cronistas da família Frias – não é um preso, mas está livre, na sua casa?
Perguntam-se por que a maior potência imperial do mundo, derrotada por essa pequena ilha, ainda hoje tem um pedaco do seu territorio? Escandalizam-se, dizendo que se “passou dos limites”, quando constatam que isso se dá há mais de um século, sob os olhos complacentes da “comunidade internacional”, modelo de “civilização”, agentes do colonialismo, da escravidão, da pirataria, do imperialismo, das duas grandes guerras mundiais, do fascismo?
Comparam a “indignação” atual dos jornais dos seus patrões com o que disseram ou calaram sobre Abu-Graieb? Sobre os “falsos positivos” (sabem do que se trata?) na Colômbia? Sobre a invasao e os massacres no Panamá, por tropas norteamericanas, que sequestraram e levaram para ser julgado em Miami seu ex-aliado e então presidente eleito do país, Noriega, cujos 30 anos foram completamente desconhecidos pela imprensa? Falam do muro que os EUA construíram na fronteira com o México, onde morre todos os anos mais gente do que em todo tempo de existência do muro de Berlim? A ocupação brutal da Palestina, o cerco que ainda segue a Gaza, é tema de seus espacos jornalisticos ou melhor calar para que os cada vez menos leitores, telespectadores e ouvintes possam se recordar do que realmente é barbarie, mas que cometida pela “civilizada” Israel – que ademais conta com empresas que anunciam regularmente nos orgãos dessas empresas – deve ser escondida? Que protestos fizeram os empregados da empresa que emprestou seus carros para que atuassem os servicos repressivos da ditadura, disfarçaados de jornalistas, para sequestrar, torturar, fuzilar e fazer opositores desaparecerem? Disseram que isso “passou de todos os limites” ou ficaram calados, para não perder seus empregos?
Mas morreu um preso em Cuba. Que horror! Que oportunidade para bajular os seus patrões, mostrando indignação contra um país de esquerda! Que bom poder reafirmar diante deles que se se foi algum dia de esquerda, foi um resfriado, pego por más convivências, em lugares que não frequentam mais; já estão curados, vacinados, nunca mais pegarão esse vírus. (Um empregado da família Frias, casado com uma tucana, orgulha-se de ter ido a todos os Foruns Econômicos de Davos e a nenhum Fórum Social Mundial.
Ali pôde conhecer ricaços e entrevistá-los, antes que estivessem envoldidos em escândalos, quebrassem ou fossem para a prisão. Cada um tem seu gosto, mas não dá para posar como “progressista”, escolhendo Davos a Porto Alegre.)
Não conhecem Cuba, promovem a mentira do silêncio, para poder difamar Cuba. Não dizem o que era na época da ditadura de Batista e em que se transformou hoje. Não dizem que os problemas que têm a ilha é porque não quer fazer o que fez o darling dessa midia, FHC, impondo duro ajuste fiscal para equilibrar as finanças públicas, privatizando, favorecendo o grande capital, financeirizando a economia e o Estado. Cuba busca manter os direitos universais a toda sua população, para o que trata de desenvolver um modelo econômico que não faça com que o povo pague as dificuldades da economia. Mentem silenciando sobre o fato de que, em Cuba, não há ninguem abandonado nas ruas, de que todos podem contar com o apoio do Estado cubano, um Estado que nunca se rendeu ao FMI.
Cuba é a sociedade mais igualitária do mundo, a mais solidária, um país soberano, assediado pelo mais longo bloqueio que a história conheceu, de quase 50 anos, pela maior potência econômica e militar da história. Cuba é vítima privilegiada da imprensa saudosa do Bush, porque se é possivel uma sociedade igualitária, solidária, mesmo que pobre, que maior acusação pode haver contra a sociedade do egoísmo, do consumismo, da mercantilizacao, em que tudo tem preço, tudo se vende, tudo se compra?
Como disse Celso Amorim, o Ministro de Relações Exteriores do Brasil: os que querem contribuir a resolver a situação de Cuba tem uma fórmula muito simples – terminem com o bloqueio contra a ilha. Terminem com Guantanamo como base de terrorismo internacional, terminem com o bloqueio informativo, dêem aos cubanos o mesmo direito que dão diariamente aos opositores ao regime – o do expor o que pensam. Relatem as verdades de Cuba no lugar das mentiras, do silêncio e da covardia.
Diante de situações como essa, a razão e a atualidade de José Martí:
“Há de haver no mundo certa quantidade de decoro,
como há de haver certa quantidade de luz.
Quando há muitos homens sem decoro, há sempre outros
que têm em si o decoro de muitos homens.
Estes são os que se rebelam com força terrível
contra os que roubam aos povos sua liberdade,
que é roubar-lhes seu decoro.
Nesses homens vão milhares de homens,
vai um povo inteiro,
vai a dignidade humana…

Postado por Emir Sader às 05:03

sexta-feira, 12 de março de 2010

A diferença entre um vencedor e um perdedor… Ou a razão mais básica para a escolha de clássicos em uma “Lista de Leituras”… ou “Meditações sobre a leitura dos clássicos I” ou qualquer coisa que não agrida o bom senso…

Sou estudante do último semestre de Letras da ESPAM, faculdade recém instalada na cidade satélite de Sobradinho, e convivo com opiniões diversas a cerca de um assunto que me preocupa muito: a escolha do que abordar em sala de aula no item “Literatura”.

Vários colegas meus até hoje se ressentem ao ler alguns livros indicados pelos professores, e confesso que até eu, diante da Odisséia, senti-me tentada a procurar uma adaptação, a leitura do texto original, em versos, exigiu-me um esforço inacreditável, e se não fosse minha admiração pela nossa professora e a ajuda que ela nos proporcionou lendo conosco várias partes deste texto, acho que não o teria conseguido.

Outros textos também me exigiram ao extremo, vale citar, por exemplo, “Os Lusíadas”, ou então as poesias belíssimas, porém difíceis de Fernando Pessoa, mas fui exigida, e compreendi uma coisa: ao escolher estes textos, nossos mestres estavam nos propiciando uma vivência fantástica, pois quando eu for fazer qualquer concurso ou participar de qualquer tipo de avaliação, terei conhecimento destes itens e então estarei mais apta a alcançar algum objetivo do que aquele aluno que, por preguiça ou por incapacidade, não os leu.

Então fica muito claro para mim que “conhecimento é poder”! Imagino-me em qualquer situação em que me seja exigido um conhecimento amplo neste item, “Literatura”, e verifico que eu detenho um conhecimento que me possibilitará distinguir-me da média de formandos em Letras, pois meus mestres dividiram comigo um conhecimento que eles arrecadaram após muitas leituras em bancos escolares e na vida em geral, houve a socialização do conhecimento em sala de aula, e com isto eu (e meus outros colegas) fui beneficiada.

E então me imagino diante de uma sala de aula, quando eu tiver a responsabilidade de preparar jovens para a vida. Quais serão minhas escolhas?! Que livros comporão a vivência literária destes alunos que serão confiados à minha influência?

Alguns colegas já me informaram que dificilmente trabalharão textos clássicos, nada de Machado de Assis, de Homero, de Jane Austen, pois estes escritores são considerados pela grande maioria como indecifráveis e mesmo extremamente... chatos!!!

Mas neste momento lembro-me de um fator importante neste meu raciocínio: eu não serei a única professora a realizar estas escolhas, um grande contingente de alunos de outras escolas também será encaminhado em suas leituras por outros professores. E é neste momento que fica muito claro para mim um dado elementar: Para quem eu estarei lecionando? Qual o objetivo deste aluno? Qual a necessidade deste aluno? Quais os caminhos que serão trilhados por estes alunos? Quem serão seus concorrentes? A quem, estes meus alunos terão que superar?

Imagino-me diante de uma escola que coloque em sua lista de leituras “Madame Bovary”, “Odisséia”, “O Morro dos Ventos Uivantes”, “Dom Quixote de La Mancha”, “Macbeth”, “O Cântico dos Cânticos”, “Grande Sertão – Veredas”, e então imagino uma lista com apenas cultura de massa: “Harry Potter”, “Crepúsculo”, “Percy Jackson e os Olimpianos”, muitas “Sabrinas”, muitos Paulo Coelho...

Por um certo tempo, até acredito que os alunos que forem premiados com os livros mais fáceis, serão os mais felizes, mas depois imagino os dois grupos em uma sala prestando vestibular para a UnB...

quarta-feira, 10 de março de 2010

Depois de toda a agitação, as coisas se acomodam e você percebe que o que sobrou foi apenas uma sensação de nada, de muito nada, só de nada e só…

De repente me deu uma tristeza…

Sabe quando você para de repente, para e fica sem saber bem tanta coisa. De repente você percebe que muito que de muito era importante não sobrou nada, e você se vê vazia, lisa, realmente sem nada.

E então vem aquela nostalgia de tanto tempo, de tanta coisa, e você percebe que tudo realmente ficou prá trás e que só você chegou neste ponto, que outros caminharam e em algum ponto tomaram outro rumo e você percebe que o normal é o agora, que o de antes foi só uma ilusão, que realmente você agora reassumiu todo um destino que de alguma forma te esperava, que o de antes foi apenas uma coisa muito boa, mas que agora é que é verdade...

Agora eu choro, lágrimas calmas descem pelo meu rosto, mas por dentro, aquele pranto verdadeiro, que não se mostra, que só acontece de fora prá dentro, e quando você sorri e todos te dizem como você está feliz e você está chorando, chorando de uma forma só sua, como só pode ser o choro definitivo, o choro realmente triste, sem platéia, sem lenço, sem água com açúcar, sem nada.

Realmente de repente agora me deu uma tristeza, só...

segunda-feira, 8 de março de 2010

Lí uma crítica do filme “Bastardos Inglorios” por Romildo Santana e gostei muito, resolvi publicar aqui no meu blog. Achei no site www.triplov.com, em 08 de março de 2010.

ROMILDO SANT'ANNA

Bastardos inglórios

“Bastardos Inglórios” talvez não seja o melhor filme de Quentin Tarantino. Porém – e outra vez talvez – é o mais provocante.  Instiga o nosso lado vingativo, sem dramas de consciência e sobressaltos morais. O que pensamos (mais, o que faríamos) em reação aos horrores do Holocausto? O cineasta, ao tocar no mal implícito, desperta em nós o ímpeto tardio e perverso de vermos os názis sofrerem pelos crimes cometidos. E, literalmente, os escalpela. No através, empurra o espelho em nossa cara: todos são bandidos e mocinhos, depende das conveniências.

Constrói a obra (como fizera em “Kill Bill”) à base de manejos retóricos em que filmes que já vimos, em paralelo com a vida real, parecem consolidar a ideia de que somos assim mesmo: dum lado angélicos, doutro, nefastos. Assim, avultam-se protagonistas (simulacros de nós), não propriamente “bastardos inglórios”, mas bastardos de glórias, órfãos do amor.

O personagem central Aldo [o Apache] Rayne (Brad Pitt) caracteriza-se pela aparência facial de Dom Vito Corleone, entonação afetada de filmes dublados e o andar torpe de Robert Duvall em “Apocalipse Now”. Com judeu-americanos, vão à França ocupada para exibir “evidências da nossa crueldade”. Cada homem sob o meu comando – conclama o Apache – me deve 100 escalpos nazistas! Carregam metralhadoras, facas e tacos de beisebol. Numa cena, ante um inimigo ajoelhado, Aldo escarnece: “Assistir ao Donny [o Urso Judeu] golpear nazistas é quase igual ir ao cinema!”.  Olha aí, vida e cinema!

Parodia gêneros e estilos; entremeiam-se citações, caricaturas e clichês. Num fluxo contínuo de cenas conhecidas, amarram-se fitas de gângsteres, o charme retrô de filmes como “Casablanca” – o fracasso do amor numa Paris invadida –, faroestes de John Ford (“Rastros de Ódio”), Henry Hathaway (“Bravura Indômita”) e Howard Hawks (“Onde Começa o Inferno”), e o estilo rude dos “westerns spaghetti” de Sérgio Leone.

Referências às trilhas de Ennio Morricone são nítidas, nos andamentos épicos dos bangue-bangues italianos e nos bordões dramáticos de “Os Intocáveis”, de Brian de Palma. Há alusões a missões guerrilheiras como em “Os Doze Condenados” e “Os Canhões de Navarone”. E, no enfim, a ação conflui num prédio de cinema, onde o estafe nazista se junta para assistir a um filme de Joseph Goebbels (o Ministro da Propaganda de Hitler e autor da frase comum na política: “Uma mentira repetida muitas vezes torna-se verdade.”).  Ficção e realidade se mesclam.

“Bastardos” é depuração da memória cinematográfica, do humor sinistro e temas mordentes. Da costura do velho busca-se o novo, e que não se cansa de flertar com aficionados de cinema. Cinema estadunidense, diga-se, para o qual o acúmulo de meios pra se obter violência é marca registrada. E de que Tarantino sorri e vê criticamente. E dela se apropria e nos faz pensar. Outro concorrente ao Oscar foi “Guerra ao Terror”, de  Kathryn Bigelow. Violência em close.

Romildo Sant’Anna, livre-docente, membro da
Academia Rio-pretense de Letras e Cultura

Romildo Sant'Anna, escritor e jornalista, é professor do curso de pós-graduação em "Comunicação" da Unimar - Universidade de Marílía, comentarista do jornal TEM Notícias - 2" edição, da TV TEM (Rede Globo) e curador do Museu de Arte Primitivista 'José Antônio da Silva' e Pinacoteca de São José do Rio Preto. Como escritor, ensaísta e crítico de arte, diretor de cinema e teatro, recebeu mais de 40 prêmios nacionais e internacionais. Mestre e Doutor pela USP e Livre-docente pela UNESP, é assessor científico da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Foi sub-secretário regional da SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

Resultados do “Oscar 2010”, que aconteceu no dia 07 e 08 de março de 2010

Melhor Filme

Guerra ao Terror

Melhor Diretor

Kathryn Bigelow – Guerra ao Terror

Melhor Ator

Jeff Bridges – Coração Louco

Melhor Atriz

Sandra Bullock – Um Sonho Possível

Melhor Ator Coadjuvante

Christoph Waltz – Bastardos Inglórios

Melhor Atriz Coadjuvante

Mo’nique – Preciosa

Melhor Animação

Up – Altas Aventuras

Melhor Direção de Arte

Avatar

Melhor Fotografia

Avatar

Melhor Figurino

The Young Victoria

Melhor Montagem

Guerra ao Terror

Melhor Filme Estrangeiro

El Secreto de Sus Ojos – Argentina

Melhor Trilha Sonora

Up – Altas Aventuras

Melhor Música

The Weary Kind – Coração Louco

Melhor Edição e Mixagem de Som

Guerra ao Terror

Melhores Efeitos Visuais

Avatar

Melhor Roteiro Adaptado

Preciosa – Uma História de Esperança

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Guerra ao Terror

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Logorama

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The New Tenants

domingo, 7 de março de 2010

Cenário de Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton, que estréia no Brasil em 23 de maio de 2010. Filme em 3D, com cenários escuros, enfim, bem dark. Nos Estados Unidos, o filme já está nas telas dos cinemas com excelentes resultados de bilheteria, inclusive ultrapassando Avatar em primeiras bilheterias. Promete!!!

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Tambei morei na Marques de Abrantes, e agora vejam como ela ficou com as chuvas de sábado, 06 de março. “São as águas de março, fechando o verão…”

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Rua Marquês de Abrantes alagada (Foto: Cristiano Costa / VC no G1)

Morei durante um bom tempo nesta rua, e apesar de ter presenciado fortes chuvas neste local, nunca vi este tipo de enchente. O clima está mudando...

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Alagamento na esquina da Nossa Senhora de Copacabana com Santa Clara (Foto: Leonardo Abrão Pacheco / VC no G1)

Adorei estes sete ítens de uma apaixonada por livros, retirado do blog “quero morar em uma livraria” que o retirou do blog “nas entre linhas”.

E este recebi da querida Maíra, do blog  Nas Entre.Linhas :

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Regras: dizer 7 coisas sobre você e repassar para 7 pessoas. Resolvi escrever 7 coisas sobre minha paixão pelos  livros e sobre o vício da leitura:
1 - Tenho muito ciúmes dos meus livros. Meu marido diz que tenho mais ciúmes dos livros do que dele;
2 - Tenho síndrome de abstinência quando não tenho o que ler. Leio bula de remédios, manuais de eletrodomésticos, rótulo de shampoo...o que tiver à mão;
3 - Tenho o péssimo hábito de ler quando estou comendo. E minha filha já aprendeu a fazer isso também;
4 - Adoro ler durante as madrugadas;
5 - Tenho mania de colecionar marcadores de páginas;
6 - Um dos meus sonhos é  ter uma biblioteca com estantes do chão até o teto. E cheia de livros;
7 - E o outro, é um dia ter uma livraria.

sábado, 6 de março de 2010

Coitada da mãe…

Os dois amigos já estavam de cara cheia quando um teve
uma idéia:
- Vamos ao puteiro?
O outro responde:
- Vamos, embora então!
No caminho, o que estava dirigindo o carro olhou e viu
que o outro estava dormindo, então pensou:
- "Meu amigo já bebeu muito. Vou desistir de ir ao
puteiro e vou leva-lo para minha casa, amanhã ele
acorda melhor."
Chegando na casa dele, desceu do carro, tocou a
campainha e voltou até o carro onde estava o amigo
no maior sono:
- Hei, cara, acorda, chegamos...
Neste momento a mãe do primeiro amigo estava saindo
para atender a campainha, e o cara, acordando, olhou em
direção da casa e falou:
- Porra meu, você me tráz nesse puteiro com uma puta
feia dessa?
- Pega leve, cara essa é minha mãe!
O bebado olha, olha e diz:
- Ta bom, mas vou comer só por consideração!

El Necio

Silvio Rodriguez

Para no hacer de mi ícono pedazos,
para salvarme entre únicos e impares,
para cederme un lugar en su Parnaso,
para darme un rinconcito en sus altares.
me vienen a convidar a arrepentirme,
me vienen a convidar a que no pierda,
mi vienen a convidar a indefinirme,
me vienen a convidar a tanta mierda.

Yo no se lo que es el destino,
caminando fui lo que fui.
Allá Dios, que será divino.
Yo me muero como viví.

Yo quiero seguir jugando a lo perdido,
yo quiero ser a la zurda más que diestro,
yo quiero hacer un congreso del unido,
yo quiero rezar a fondo un hijonuestro.
Dirán que pasó de moda la locura,
dirán que la gente es mala y no merece,
más yo seguiré soñando travesuras
(acaso multiplicar panes y peces).

Yo no se lo que es el destino,
caminando fui lo que fui.
Allá Dios, que será divino.
Yo me muero como viví.

Dicen que me arrastrarán po sobre rocas
cuando la Revolución se venga abajo,
que machacarán mis manos y mi boca,
que me arrancarán los ojos y el badajo.
Será que la necedad parió conmigo,
la necedad de lo que hoy result anecio:
la necedad de asumir al enemigo,
la necedad de vivir sin tener precio.

Yo no se lo que es el destino,
caminando fui lo que fui.
Allá Dios, que será divino.
Yo me muero como viví.

Algumas palavras sobre inconstância de idéias e ideais… (Texto retirado do site da Carta Maior, de autoria de Emir Sader, no dia 05.03.10)

Gostei muito deste texto de autoria do Emir Sader. Atualmente, assistimos a alguns senhores que se diziam de esquerda adotarem posturas de um radicalismo de direita que até assusta. Como não pretendo fazer mistério, refiro-me ao senhor Arnaldo Jabor, mas se vocês identificarem outros, é só proceder a uma análise de sua trajetória pública para ver que não se restringe apenas a este senhor tais palavras, aliás, muito bem empregadas.

Mas vivemos em uma democracia, e apesar de um leve sentimento de pena pela postura atual destes senhores (se pensarmos, identificaremos vários), reconheço seus direitos a esta nova posição, apenas me irrita tal inconstância de pensamento...

Ângela

05/03/2010

A miséria moral de ex-esquerdistas

Alguns sentem satisfação quando alguém que foi de esquerda salta o muro, muda de campo e se torna de direita – como se dissessem: “Eu sabia, você nunca me enganou”, etc., etc. Outros sentem tristeza, pelo triste espetáculo de quem joga fora, com os valores, sua própria dignidade – em troca de um emprego, de um reconhecimento, de um espaçozinho na televisão.
O certo é que nos acostumamos a que grande parte dos direitistas de hoje tenham sido de esquerda ontem. O caminho inverso é muito menos comum. A direita sabe recompensar os que aderem a seus ideais – e salários. A adesão à esquerda costuma ser pelo convencimento dos seus ideais.
O ex-esquerdista ataca com especial fúria a esquerda, como quem ataca a si mesmo, a seu próprio passado. Não apenas renega as idéias que nortearam – às vezes o melhor período da sua vida -, mas precisa mostrar, o tempo todo, à direita e a todos os seus poderes, que odeia de tal maneira a esquerda, que já nunca mais recairá naquele “veneno” que o tinha viciado. Que agora podem contar com ele, na primeira fila, para combater o que ele foi, com um empenho de quem “conheceu o monstro por dentro”, sabe seu efeito corrosivo e se mostra combatente extremista contra a esquerda.
Não discute as idéias que teve ou as que outros têm. Não basta. Senão seria tratar interpretações possíveis, às quais aderiu e já não adere. Não. Precisa chamar a atenção dos incautos sobre a dependência que geram a “dialética”, a “luta de classes”, a promessa de uma “sociedade de igualdade, sem classes e sem Estado”. Denunciar, denunciar qualquer indicio de que o vício pode voltar, que qualquer vacilação em relação a temas aparentemente ingênuos, banais, corriqueiros, como as políticas de cotas nas universidades, uma política habitacional, o apoio a um presidente legalmente eleito de um país, podem esconder o veneno da víbora do “socialismo”, do “totalitarismo”, do “stalinismo”.
Viraram pobres diabos, que vagam pelos espaços que os Marinhos, os Civitas, os Frias, os Mesquitas lhes emprestam, para exibir seu passado de pecado, de devassidão moral, agora superado pela conduta de vigilantes escoteiros da direita. A redação de jornais, revistas, rádios e televisões está cheia de ex-trotskistas, de ex-comunistas, de ex-socialistas, de ex-esquerdistas arrependidos, usufruindo de espaços e salários, mostrando reiteradamente seu arrependimento, em um espetáculo moral deprimente.
Aderem à direita com a fúria dos desesperados, dos que defendem teses mais que nunca superadas, derrotadas, e daí o desespero. Atacam o governo Lula, o PT, como se fossem a reencarnação do bolchevismo, descobrem em cada ação estatal o “totalitarismo”, em cada política social a “mão corruptora do Estado”, do “chavismo”, do “populismo”.
Vagam, de entrevista a artigo, de blog à mesa redonda, expiando seu passado, aderidos com o mesmo ímpeto que um dia tiveram para atacar o capitalismo, agora para defender a “democracia” contra os seus detratores. Escrevem livros de denúncia, com suposto tempero acadêmico, em editoras de direita, gritam aos quatro ventos que o “perigo comunista” – sem o qual não seriam nada – está vivo, escondido detrás do PAC, do Minha casa, minha vida, da Conferência Nacional de Comunicação, da Dilma – “uma vez terrorista, sempre terrorista”.
Merecem nosso desprezo, nem sequer nossa comiseração, porque sabem o que fazem – e os salários no fim do mês não nos deixam mentir, alimentam suas mentiras – e ganham com isso. Saíram das bibliotecas, das salas de aula, das manifestações e panfletagens, para espaços na mídia, para abraços da direita, de empresários, de próceres da ditadura.
Vagam como almas penadas em órgãos de imprensa que se esfarelam, que vivem seus últimos sopros de vida, com os quais serão enterrados, sem pena, nem glória, esquecidos como serviçais do poder, a que foram reduzidos por sua subserviência aos que crêem que ainda mandam e seguirão mandado no mundo contra o qual, um dia, se rebelaram e pelo que agora pagam rastejando junto ao que de pior possui uma elite decadente e em vésperas de ser derrotada por muito tempo. Morrerão com ela, destino que escolheram em troca de pequenas glórias efêmeras e de uns tostões furados pela sua miséria moral. O povo nem sabe que existiram, embora participe ativamente do seu enterro.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Confissões de uma compulsiva – Ou como não resisti e adquiri a coleção de clássicos da Editôra Abril depois de jurar que este ano começaria um plano de economia geral em minha vida financeira…

Meu primeiro contacto com a coleção da Editora Abril, Grandes Clássicos, foi através do blog “quero morar em uma livraria”, e foi amor à primeira vista... Imediatamente entrei em um frenesi de dúvidas e delícias onde a idéia da compra cada vez mais se infiltrava em minha mente.

Cabe aqui uma ressalva, como todo brasileiro ou brasileira aposentado, não nado em dinheiro, e confesso que muitas vezes tive que refrear meus instintos consumistas em prol de uma vida financeira mais equilibrada... E eu sou boa nisso, reajo com muita simplicidade e mesmo com um vago humor quando se me deparo com a impossibilidade de adquirir algum objeto de desejo, afinal, o que são sapatos na moda, aquela calça comprida elegantérrima ou mesmo aquele tecido que ficaria um luxo como uma bata primaveril???

Até mesmo em alguns itens mais ou menos urgentes, como aquela marca foférrima de amaciante ou mesmo aquele lanche hiper gostoso naquele restaurante “divino”, ou aqueles doces diet irresistíveis, a tudo isso sei declinar tendo em vista uma vida financeira mais saudável. É difícil? Claro que é, mas o mundo não vai parar de rodar em sua órbita loucamente fantástica ou o sol não deixará de nos brindar com seus raios aconchegantes simplesmente porque não consigo adquirir alguns destes produtos.

Mas aí entram em cena os livros... E quando eles entram em cena, todo meu bom senso, meu equilíbrio, meu senso prático, meu rigor econômico, tudo explode em nuvens de purpurina multicolorida como um caleidoscópico subitamente libertado do seu tubo metálico. Aí, pessoal, acontece aquilo que vários psicólogos e seus colegas psiquiatras procuram explicar através de infindáveis teorias científicas, quando entra em cena nossa velha arquiinimiga, a compulsão...

Admito-me compulsiva diante de livros! Fujo das livrarias como única forma possível de não transgredir os ditames do equilíbrio e do bom senso, torno-me arredia quanto a “shoppings” por saber que em cada um deles se esconde o objeto de meu desejo, com suas capas multicoloridas, com seus textos interessantíssimos, com suas figuras inebriantes...

E assim mantenho meu equilíbrio (e o de minha carteira), simplesmente repetindo como em litania esta máxima cruel: “Sou fraca para entrar em uma livraria, e após o primeiro livro, não sei mais parar...”

E assim ia levando a vida, longe das tentações, sentada diante de meu computador acessando sites com notícias do mundo todo, vivenciando de forma imediata e virtual todas as novidades de nosso bom planeta terra, quando de repente...

Não sei bem o motivo que me levou a ousar adentrar pelo site “quero morar em uma livraria”, há mistérios insondáveis na alma humana e acredito que fui guiada por meus instintos mais irreprimíveis e traidores, numa tentativa de confrontar-me com minha fraqueza com o objetivo de evidenciar o quanto sou frágil e dependente diante de situações que envolvam tais objetos...

Bem, novamente (e felizmente) vencida, sou agora portadora de uma dívida até novembro de 2010, quando serei portadora de 35 volumes de clássicos da literatura mundial, que abrilhantarão minha biblioteca e evidenciarão que realmente não estou curada desta minha deliciosa compulsão...

Imagem retirada do site “Jane Austen em Português”, do livro “Orgulho e Preconceito”, da coleção lançada pela Editora Abril

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Gente! É lindo demais!!! O duro é pensar que vamos ter que esperar até o dia 08 de julho para que ele nos seja entregue…

Pemberley – Quem curte os livros de Jane Austen e suas adaptações para o cinema, reconhece esta mansão como Pemberley, a casa do “gatíssimo” Mr. Darcy…

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quarta-feira, 3 de março de 2010

Grande mídia organiza campanha contra candidatura de Dilma Rousseff – Continuação das notícias sobre Dilma Rousseff – Artigo publicado no site da “Carta Maior” do dia 03 de março de 2010

Em seminário promovido pelo Instituto Millenium em SP, representantes dos principais veículos de comunicação do país afirmaram que o PT é um partido contrário à liberdade de expressão e à democracia. Eles acreditam que se Dilma for eleita o stalinismo será implantado no Brasil. “Então tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução dos meios de comunicação. Temos que ser ofensivos e agressivos, não adianta reclamar depois”, sentenciou Arnaldo Jabor.

Bia Barbosa

Se algum estudante ou profissional de comunicação desavisado pagou os R$ 500,00 que custavam a inscrição do 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, organizado pelo Instituto Millenium, acreditando que os debates no evento girariam em torno das reais ameaças a esses direitos fundamentais, pode ter se surpreendido com a verdadeira aula sobre como organizar uma campanha política que foi dada pelos representantes dos grandes veículos de comunicação nesta segunda-feira, em São Paulo.
Promovido por um instituto defensor de valores como a economia de mercado e o direito à propriedade, e que tem entre seus conselheiros nomes como João Roberto Marinho, Roberto Civita, Eurípedes Alcântara e Pedro Bial, o fórum contou com o apoio de entidades como a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), ANER (Associação Nacional de Editores de Revista), ANJ (Associação Nacional de Jornais) e Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade). E dedicou boa parte das suas discussões ao que os palestrantes consideram um risco para a democracia brasileira: a eleição de Dilma Rousseff.
A explicação foi inicialmente dada pelo sociólogo Demétrio Magnoli, que passou os últimos anos combatendo, nos noticiários e páginas dos grandes veículos, políticas de ação afirmativa como as cotas para negros nas universidades. Segundo ele, no início de sua história, o PT abrangia em sua composição uma diversidade maior de correntes, incluindo a presença de lideranças social-democratas. Hoje, para Magnoli, o partido é um aparato controlado por sindicalistas e castristas, que têm respondido a suas bases pela retomada e restauração de um programa político reminiscente dos antigos partidos comunistas.
“Ao longo das quatro candidaturas de Lula, o PT realizou uma mudança muito importante em relação à economia. Mas ao mesmo tempo em que o governo adota um programa econômico ortodoxo e princípios da economia de mercado, o PT dá marcha ré em todos os assuntos que se referem à democracia. Como contraponto à adesão à economia de mercado, retoma as antigas idéias de partido dirigente e de democracia burguesa, cruciais num ideário anti-democrático, e consolida um aparato partidário muito forte que reduz brutalmente a diversidade política no PT. E este movimento é reforçado hoje pelo cenário de emergência do chavismo e pela aliança entre Venezuela e Cuba”, acredita. “O PT se tornou o maior partido do Brasil como fruto da democracia, mas é ambivalente em relação a esta democracia. Ele celebra a Venezuela de Chávez, aplaude o regime castrista em seus documentos oficiais e congressos, e solta uma nota oficial em apoio ao fechamento da RCTV”, diz.
A RCTV é a emissora de TV venezuelana que não teve sua concessão em canal aberto renovada por descumprir as leis do país e articular o golpe de 2000 contra o presidente Hugo Chávez, cujo presidente foi convidado de honra do evento do Instituto Millenium. Hoje, a RCTV opera apenas no cabo e segue enfrentando o governo por se recusar a cumprir a legislação nacional. Por esta atitude, Marcel Granier é considerado pelos organizadores do Fórum um símbolo mundial da luta pela liberdade de expressão – um direito a que, acreditam, o PT também é contra.
“O PT é um partido contra a liberdade de expressão. Não há dúvidas em relação a isso. Mas no Brasil vivemos um debate democrático e o PT, por intermédio do cerceamento da liberdade de imprensa, propõe subverter a democracia pelos processos democráticos”, declarou o filósofo Denis Rosenfield. “A idéia de controle social da mídia é oficial nos programas do PT. O partido poderia ter se tornado social-democrata, mas decidiu que seu caminho seria de restauração stalinista. E não por acaso o centro desta restauração stalinista é o ataque verbal à liberdade de imprensa e expressão”, completou Magnoli.
O tal ataque
Para os pensadores da mídia de direita, o cerco à liberdade de expressão não é novidade no Brasil. E tal cerceamento não nasce da brutal concentração da propriedade dos meios de comunicação característica do Brasil, mas vem se manifestando há anos em iniciativas do governo Lula, em projetos com o da Ancinav, que pretendia criar uma agência de regulação do setor audiovisual, considerado “autoritário, burocratizante, concentracionista e estatizante” pelos palestrantes do Fórum, e do Conselho Federal de Jornalistas, que tinha como prerrogativa fiscalizar o exercício da profissão no país.
“Se o CFJ tivesse vingado, o governo deteria o controle absoluto de uma atividade cuja liberdade está garantida na Constituição Federal. O veneno antidemocrático era forte demais. Mas o governo não desiste. Tanto que em novembro, o Diretório Nacional do PT aprovou propostas para a Conferência Nacional de Comunicação defendendo mecanismos de controle público e sanções à imprensa”, avalia o articulista do Estadão e conhecido membro da Opus Dei, Carlos Alberto Di Franco.
“Tínhamos um partido que passou 20 anos fazendo guerra de valores, sabotando tentativas, atrapalhadas ou não, de estabilização, e que chegou em 2002 com chances de vencer as eleições. E todos os setores acreditaram que eles não queriam fazer o socialismo. Eles nos ofereceram estabilidade e por isso aceitamos tudo”, lamenta Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja, que faz questão de assumir que Fernando Henrique Cardoso está à sua esquerda e para quem o DEM não defende os verdadeiros valores de direita. “A guerra da democracia do lado de cá esta sendo perdida”, disse, num momento de desespero.
O deputado petista Antonio Palocci, convidado do evento, até tentou tranqüilizar os participantes, dizendo que não vê no horizonte nenhum risco à liberdade de expressão no Brasil e que o Presidente Lula respeita e defende a liberdade de imprensa. O ministro Hélio Costa, velho amigo e conhecido dos donos da mídia, também. “Durante os procedimentos que levaram à Conferência de Comunicação, o governo foi unânime ao dizer que em hipótese alguma aceitaria uma discussão sobre o controle social da mídia. Isso não será permitido discutir, do ponto de vista governamental, porque consideramos absolutamente intocável”, garantiu.
Mas não adiantou. Nesta análise criteriosa sobre o Partido dos Trabalhadores, houve quem teorizasse até sobre os malefícios da militância partidária. Roberto Romano, convidado para falar em uma mesa sobre Estado Democrático de Direito, foi categórico ao atacar a prática política e apresentar elementos para a teoria da conspiração que ali se construía, defendendo a necessidade de surgimento de um partido de direita no país para quebrar o monopólio progressivo da esquerda.
“O partido de militantes é um partido de corrosão de caráter. Você não tem mais, por exemplo, juiz ou jornalista; tem um militante que responde ao seu dirigente partidário (...) Há uma cultura da militância por baixo, que faz com que essas pessoas militem nos órgãos públicos. E a escolha do militante vai até a morte. (...) Você tem grupos políticos nas redações que se dão ao direito de fazer censura. Não é por acaso que o PT tem uma massa de pessoas que considera toda a imprensa burguesa como criminosa e mentirosa”, explica.
O “risco Dilma”
Convictos da imposição pelo presente governo de uma visão de mundo hegemônica e de um único conjunto de valores, que estaria lentamente sedimentando-se no país pelas ações do Presidente Lula, os debatedores do Fórum Democracia e Liberdade de Expressão apresentaram aos cerca de 180 presentes e aos internautas que acompanharam o evento pela rede mundial de computadores os riscos de uma eventual eleição de Dilma Rousseff. A análise é simples: ao contrário de Lula, que possui uma “autonomia bonapartista” em relação ao PT, a sustentação de Dilma depende fundamentalmente do Partido dos Trabalhadores. E isso, por si só, já representa um perigo para a democracia e a liberdade de expressão no Brasil.
“O que está na cabeça de quem pode assumir em definitivo o poder no país é um patrimonialismo de Estado. Lula, com seu temperamento conciliador, teve o mérito real de manter os bolcheviques e jacobinos fora do poder. Mas conheço a cabeça de comunistas, fui do PC, e isso não muda, é feito pedra. O perigo é que a cabeça deste novo patrimonialismo de estado acha que a sociedade não merece confiança. Se sentem realmente superiores a nós, donos de uma linha justa, com direito de dominar e corrigir a sociedade segundo seus direitos ideológicos”, afirma o cineasta e comentarista da Rede Globo, Arnaldo Jabor. “Minha preocupação é que se o próximo governo for da Dilma, será uma infiltração infinitas de formigas neste país. Quem vai mandar no país é o Zé Dirceu e o Vaccarezza. A questão é como impedir politicamente o pensamento de uma velha esquerda que não deveria mais existir no mundo”, alerta Jabor.
Para Denis Rosenfield, ao contrário de Lula, que ganhou as eleições fazendo um movimento para o centro do espectro político, Dilma e o PT radicalizaram o discurso por intermédio do debate de idéias em torno do Programa Nacional de Direitos Humanos 3, lançado pelo governo no final do ano passado. “Observamos no Brasil tendências cada vez maiores de cerceamento da liberdade de expressão. Além do CFJ e da Ancinav, tem a Conferência Nacional de Comunicação, o PNDH-3 e a Conferência de Cultura. Então o projeto é claro. Só não vê coerência quem não quer”, afirma. “Se muitas das intenções do PT não foram realizadas não foi por ausência de vontades, mas por ausência de condições, sobretudo porque a mídia é atuante”, admite.
Hora de reagir
E foi essa atuação consistente que o Instituto Millenium cobrou da imprensa brasileira. Sair da abstração literária e partir para o ataque.
“Se o Serra ganhasse, faríamos uma festa em termos das liberdades. Seria ruim para os fumantes, mas mudaria muito em relação à liberdade de expressão. Mas a perspectiva é que a Dilma vença”, alertou Demétrio Magnoli.
“Então o perigo maior que nos ronda é ficar abstratos enquanto os outros são objetivos e obstinados, furando nossa resistência. A classe, o grupo e as pessoas ligadas à imprensa têm que ter uma atitude ofensiva e não defensiva. Temos que combater os indícios, que estão todos aí. O mundo hoje é de muita liberdade de expressão, inclusive tecnológica, e isso provoca revolta nos velhos esquerdistas. Por isso tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução. Senão isso se esvai. Nossa atitude tem que ser agressiva”, disse Jabor, convocando os presentes para a guerra ideológica.
“Na hora em que a imprensa decidir e passar a defender os valores que são da democracia, da economia de mercado e do individualismo, e que não se vai dar trela para quem quer a solapar, começaremos a mudar uma certa cultura”, prevê Reinaldo Azevedo.
Um último conselho foi dado aos veículos de imprensa: assumam publicamente a candidatura que vão apoiar. Espera-se que ao menos esta recomendação seja seguida, para que a posição da grande mídia não seja conhecida apenas por aqueles que puderam pagar R$ 500,00 pela oficina de campanha eleitoral dada nesta segunda-feira.

terça-feira, 2 de março de 2010

Só rindo para aguentar II (retirado do site www.humortadela.com.br)

Alarme Falso

Um trabalhador da limpeza pública estava limpando a entrada de uma enorme fossa quando de repente escorregou e caiu lá dentro. Quase morrendo afogado ele grita:
— Socorro! Fogo! FOGO!
Os vizinhos
rapidamente chamam os bombeiros que chegam em poucos minutos e salvam o rapaz. O comandante da equipe de bombeiros, confuso com a situação, pergunta:
— Ué, rapaz... Cadê o fogo que você falou?
E o sujeito responde, ainda
sem fôlego:
— Ué, se eu gritasse "Merda! Merda!" vocês viriam me salvar?

Só rindo para aguentar… (retirado do site www.humortadela.com.br)

E-mail Maldoso

Um casal decide passar férias numa praia do Caribe, no mesmo hotel onde passaram a lua de mel há 20 anos atrás.
Por problemas de trabalho, a
mulher não pode viajar com seu marido, deixando para ir uns dias depois.
Quando o homem chegou e foi para seu
quarto do hotel, viu que havia um computador com acesso a internet. Então decidiu enviar um e-mail a sua mulher, mas errou uma letra sem se dar conta e o enviou a outro endereço...
O e-mail foi recebido por uma viúva que acabara de chegar do
enterro do seu marido e que ao conferir seus e-mails desmaiou instantaneamente.
O
filho, ao entrar na casa, encontrou sua mãe desmaiada, perto do computador, onde na tela poderia se ler:
— Querida
esposa: Cheguei bem. Provavelmente se surpreenda em receber noticias minhas por e-mail, mas agora tem computador aqui e pode enviar mensagens às pessoas queridas. Acabo de chegar e já me certifiquei que já está tudo preparado para você chegar na sexta que vem. Tenho muita vontade de te ver e espero que sua viagem seja tão tranquila como a minha.
Obs: Não traga muita roupa, porque
aqui faz um calor infernal!