domingo, 23 de janeiro de 2011

Encontrei estas duas perguntas no blog do Washington Dourado. Respondi-as e resolvi colocá-las em meu blog. Como estou afastada de sala de aula (sou professora aposentada) desde 2003, não acho que deva remetê-las para o blog do WD. Mas também não consigo deixar de raciocinar sobre este assunto. Se alguém concordar ou discordar, avise-me!

 

1 – O trabalho do professor da Rede Pública de Ensino do DF deve ser avaliado? Como? Por quem?

Uma aula é como uma linda noite de amor, quando “as sombras de tudo que fomos nós, as marcas do amor nos nossos lençóis, as nossas melhores lembranças”, “trocando em miúdos” (e citando Chico Buarque de Holanda)... ficam evidentes e são decifradas por qualquer um que se interesse em buscar o que não pode ser escondido...

Sou favorável à avaliação, pois ela já é uma realidade em toda escola. Ela acontece dos professores aos alunos, passando por serventes, diretores, merendeiras, enfim, por todos que de alguma forma interagem no ambiente escolar...

O que se deve discutir é o porquê da avaliação e o que fazer com estes resultados.

Como sistema punitivo (cruel e hipócrita) como acontece hoje em dia, de nada adianta, não melhora nada, não avança nenhuma questão!

Mas se os resultados forem usados por pessoas com sensibilidade e humanidade, como ponto de partida não para acumular pontos e alguns trocados em contracheques de apadrinhados, mas como uma forma de avançar a educação, como uma forma de mostrar aos professores estratégias para que os alunos melhorem seus rendimentos, então temos em mãos uma carta valiosíssima que pode nos possibilitar virar o jogo da educação.

Por isso, para a avaliação cumprir seu papel, precisamos avançar na questão do salário do professor, POIS UM MESTRE BEM PAGO NÃO TEME PERDER ALGUNS CENTAVOS DE SEU SALÁRIO, e indubitavelmente TERÁ MUITO MAIS CAPACIDADE PARA LIDAR COM SUAS PRÓPRIAS DEFICIÊNCIAS sabendo que terá condição de as sanar sem que seja penalizado por isso.

2 – Você concorda com a criação de gratificação por desempenho para os professores?

Um mestre nunca deveria precisar receber gratificação de desempenho para fazer bem sua obrigação! O PROBLEMA É QUE NÃO SE PAGA AO MESTRE O QUE O MESTRE VALE, então, ao invés de melhorar as condições de trabalho de todos AUMENTANDO SEUS SALÁRIOS DE FORMA QUE TODOS POSSAM SE ATUALIZAR, CRESCER PROFISSIONALMENTE FAZENDO MESTRADOS, DOUTORADOS OU COISA QUE O VALHA, prefere-se inventar estas fórmulas capengas que privilegiam alguns mais bem aquinhoados, talvez com maridos, ou esposas, ou mesmo famílias em melhor condição de prover financeiramente o núcleo familiar e assim permitir que estes elementos deslanchem profissionalmente, enquanto a outros, que às vezes são arrimo de família, só resta a acomodação por falta de total condição de se envolver em projetos paralelos ao trabalho na escola e às responsabilidades do lar.

Mais uma do Mineirinho…

 

O Mineirim saiu lá de São Francisco e veio para capital vender umas cabeças de gado.

Chegando aqui, foi direto para um barzinho da moda.

Sentou numa mesa discreta no fundo e passou a observar calmamente as meninas que chegavam.

Eis que, de repente, uma loira maravilhosa senta a cinco mesas de
distância.

Maravilhado, sem titubear, escreveu um bilhete num pedaço de papel, pediu uma garrafa do vinho mais caro da casa e pediu para o garçom entregar para a loira junto com o bilhete.

A loira recebeu o bilhete com os seguintes dizeres:

“Moça,
Sô homi bão, trabaiadô e queria levá ocê pra passeá cumigo.
Vô ti dá muitos presente.
Sô da roça, mas tenhu bom gosto.
Aceita esta garrafa de vinho. É du bão. O mió da casa.”


A loira olhou para o Mineirim e respondeu o bilhete:

“Para sair com uma pessoa como você, só se você tivesse uma Ranger na garagem, 500 cabeças de gado e pelo menos 25 cm dentro da calça.”


O Mineirim recebeu o bilhete e respondeu, chateado: 
 

“Moça, 
Possu até vendê minha Mitissubish L200 e minha Haylux e ficá só
com a Ranger.
Possu tamém até vendê baratim 14.500 boi dos 15.000 que eu tenho e só ficá cum 500. 
Mas mesmo tendo gostado muito docê, devorve minha garrafa de
vinho pois num corto 5 cm du meu pinto, nem fudeno!!!”

Bel Ami

Bel Ami_01

Bel Ami é a nova aventura cinematográfica de Robert (Edward Cullen) Pattinson.

O filme é inspirado no romance “Bel Ami”, do escritor francês Guy de Maupassant, publicado em 1885.

No filme, RP interpreta o personagem Georges Duroy, jovem de origem humilde que vive na Paris do século XIX e que procura a ascensão social através de seu charme com as mulheres.

No elenco, teremos também Uma Thurman e Cristina Ricci, além de Colm Meaney e Kristin Scott Thomas.

Mandei este pequeno texto para o blog do Washington Dourado como um comentário ao seu texto “E OS PROF. COM CONTRATO TEMPORÁRIO FICARAM SEM UMA POSIÇÃO DA SEDF”. Pois não é que o WD colocou o texto no blog dele, em um lugar de destaque! Fiquei muito honrada que ele tenha gostado a ponto de citar minhas palavras! Obrigada, WD! Você merece meus cumprimentos pelo belo trabalho que faz em prol da educação e da classe de professores do DF!

Caro WD,

Você conhece a maldição da Fundação? Bem, tendo em vista que fui eu que descobri e nomeei tal situação, é possível que você ainda não tenha tomado conhecimento de tal fato…

Mas a maldição existe, e acomete toda e qualquer pessoa que adentre o prédio da L2 Norte com pretensões de lá permanecer por mais de alguns minutos.

E esta maldição consiste na perda do contato com o mundo real. Logo que você entra no prédio uma terceira dimensão te envolve e aos poucos vai substituindo todas as referências do mundo exterior por ilusões emitidas por um organismo maléfico que habita as entranhas mais profundas daquelas fundações… E de repente você é tomado por sentimentos que antes apenas habitavam o mais escondido de seu coração, aqueles sentimentos que o sol e o vento que brinca nas escolas do Distrito Federal conseguiam manter controlados no mais fundo de nossos corações. Mas lá, no prédio da Secretaria de Educação (antiga [a]Fundação), o ambiente sombrio, com cheiro de mofo, coalhado de papéis ensangüentados que retratam a vida de sofrimento de tantos professores que deram a vida pela educação estes sentimentos são alimentados até a saciedade e transformam as pessoas tornando-as zumbis de uma categoria conhecida como “Não, professor!”…

Vai por mim! Quando você for a este terrível prédio, examine com cuidado as pessoas que o habitam! Logo você começa a reconhecer os sintomas evidenciadores desta possessão: dificuldade de articular qualquer expressão simpática, inexistência de ligação com elementos que lecionam nas escolas, rigidez muscular que impede qualquer tentativa de sorriso, incapacidade de verbalizar as expressões “sim” e “certamente”, confusão mental que impede a solução das mais simples solicitações, horror total pela verdade, impossibilidade da manutenção de lembranças do tempo em que tais elementos habitavam o resto do mundo da educação, apego extraordinário por papéis, papéis e mais papéis, dificuldade de ação em favor de qualquer elemento que seja identificado como “da categoria”, e o mais terrível, sujeição total a qualquer orientação, por mais esdrúxula que ela seja, se partida e parida pelas mentes nefastas que se encontram em simbiose perfeita com o que de mais antigo (chamam de Eurídico…) e mais perverso que existe naquela situação…

Dizem atualmente, que mais um sentimento está tomando conta daquele caos ultra organizado: uma compulsão de horror contra certo blog de um dirigente sindical muito ligado aos da educação…