quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Feliz 2009

 

image

De coração, desejo a todos que 2009 traga paz, alegria, saúde, felicidade, enfim, tudo que almejamos e que com certeza merecemos.

Ângela

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Postado por Luciano Trigo em 10 de Novembro de 2008 às 21:11

Entrevista: Martha Medeiros

Em Doidas e santas, a escritora gaúcha faz a crônica da nova desordem amorosa

clip_image001

clip_image002

Há várias semanas nas listas de livros mais vendidos de todo o país, Doidas e santas (L&PM, 232 pgs. R$31) reúne cem crônicas da gaúcha Martha Medeiros, cronista, poeta e romancista que vem conquistando uma legião cada vez maior de leitores (e sobretudo leitoras) com textos que abordam diferentes questões da vida contemporânea. Amor, maternidade, sexo, família, casamento e as neuroses da vida urbana são alguns dos temas abordados no livro, que mapeia a mutante ordem afetiva em que vivemos.

G1: Ao longo de sua vida, você foi mais doida ou santa? E no momento atual?

MARTHA MEDEIROS: São dois adjetivos fortes e muito antagônicos. Acho que sempre fui mais santa, no sentido de não ser rebelde, de seguir certas regras, de não virar muitas mesas. De algum tempo para cá, estou virando algumas, todas particulares e sem fazer muito estardalhaço. Não chego a ser uma doida graduada, mas aprendi a respeitar minhas pequenas loucuras secretas.

G1: A crônica que dá título ao seu novo livro foi inspirado num verso de Adélia Prado: “Estou no começo do meu desespero/ e só vejo dois caminhos:/ ou viro doida ou santa”. Você acha que a mulher brasileira contemporânea realmente vive esse dilema?

MARTHA: Não tive a pretensão de retratar a mulher brasileira contemporânea. Essa crônica fala genericamente das escolhas que uma mulher madura faz: ou ela segue tentando satisfazer seus desejos ou interrompe as buscas. Costuma-se dizer que uma mulher de certa idade que ainda almeja paixões é uma doida, as santas serenizam. Na minha opinião, essas santas é que são loucas.

G1: Lá pelas tantas você escreve: “Toda mulher é doida. Eu só conheço mulher louca”. Se um homem escrevesse isso, talvez fosse apedrejado… Seus leitores às vezes reagem mal ao que você escreve? Em que medida o retorno que eles dão afeta a sua escrita?

MARTHA: Nenhum homem seria apedrejado se escrevesse isso, a não ser por mulheres muito mal humoradas, porque está na cara que ser “louca”, no sentido em que uso, é um elogio a todas nós. É a loucura do eterno questionamento, de não se contentar com o que parece definitivo, de possuir inúmeras vontades, mesmo contraditórias: casar e não casar, ter filhos e não ter filhos… É a loucura sadia de querer se conhecer profundamente, já que não muito tempo atrás nosso papel era muito definido e inquestionável. Antes éramos mulheres privadas, agora somos públicas. Ainda estamos em estado de excitação: falamos demais, gesticulamos demais, queremos demais, amamos demais. Somos ainda bastante superlativas. Quanto ao retorno dos leitores, é estimulante, mas não muda o caráter da minha escrita. Aceito críticas bem argumentadas e que são feitas com educação, e deleto as grosserias, mas na maior parte do tempo recebo elogios, pAra minha sorte. De qualquer forma, não há como alterar o
jeito de escrever em função de uma reação ou outra: eu faço o que sei fazer, não conheço outro jeito.

G1: Você está entre os escritores mais reproduzidos Na Internet. Como enxerga a crescente “virtualização” da vida, dos relacionamentos, da comunicação entre as pessoas?

MARTHA: Duas coisas: a reprodução dos meus textos pela Internet, apesar de me
divulgar, me incomoda barbaramente. Eu me daria por satisfeita em ser lida nos jornais e nos livros – o que já é bom demais. Na Internet, perco o controle do meu trabalho. Meus textos ganham enxertos, ganham cortes, ganham novas autorias, vêm acompanhados de músicas que não são do meu gosto, de ilustrações que não acrescentam nada, enfim, me sinto violada, apesar de entender que nada posso fazer quanto a isso, e que há uma generosidade do leitor por trás dessa propagação do meu trabalho. Me rendo. Quanto à virtualização da vida, ninguém nos obriga a isso, é uma opção nossa. A comunicação por e-mail é facilitadora, dinamiza as relações. Já expor a vida no Orkut me parece pura vaidade. Mas ela é explicável neste mundo onde você só “existe” se tiver uma vasta platéia. Ninguém mais está interessado em existir apenas para si mesmo.

G1: E como analisa esse impulso à exposição da intimidade, que fica explícita nas redes sociais, mas também em programas de televisão e mesmo no dia-a-dia, nas conversas cotidianas? A que atribui isso?

MARTHA: Acho que é isso: vaidade e solidão. Estamos vivendo uma época em que
todos sentem necessidade de “aparecer” para comprovar sua existência. Claro que isso não acontece com todo mundo, mas me parece que esse universo espetaculoso que a gente vê nas revistas e na televisão está gerando muitos complexos de inferioridade por aí, e a gente sabe que quanto mais inferior a pessoa se sente, mas necessidade tem de se exibir, de se expor, de ser arrogante.

G1: Várias crônicas suas falam sobre o casamento e a relação a dois. Você acha que o casamento e a família estão em crise? Que futuro você enxerga para essas duas instituições numa sociedade em que todos os laços parecem cada vez mais instáveis e frágeis?

MARTHA: Eu creio que todo mundo segue almejando uma relação estável, uma
relação de amor. Falta aceitar que o “pra sempre” não existe mais, porque temos mais oportunidades e mais longevidade, e isso dinamiza a vida. Se aceitarmos que não é nenhum fiasco vivenciar, ao longo da vida, duas ou três relações estáveis – sem contar as provisórias, contingentes, como dizia Simone de Beauvoir – ninguém mais falará em fracasso ou crise. Se observarmos bem, já estamos vivendo essa realidade. Falta aceitá-la como padrão de normalidade.

G1: Encontrar a felicidade amorosa virou quase uma obrigação muito pesada, especialmente para as mulheres. Vivemos uma fase de desespero afetivo, em que as pessoas buscam o amor a qualquer preço?

MARTHA: A qualquer preço, nem todos. Buscar a felicidade amorosa sempre foi
um objetivo do ser humano. Algumas pessoas realmente se desesperam e se jogam em qualquer oportunidade de contato, mas quem somos nós para julgar? E se esse preço não for caro pra elas? Outras aceitam a idéia de viverem sozinhas, até que surja alguém em quem valha a pena investir. Acho que a patrulha era até pior antes: se você não fosse casado, era uma solteirona recalcada (nós) ou playboys indignos de confiança (vocês). Uma enorme pressão. Hoje as pessoas já não cobram tanto se você é solteiro ou casado, ainda que a sociedade sempre receba com mais alegria os “pares” do que os “ímpares”.

G1: Lutas de décadas passadas, especialmente das mulheres, são hoje conquistas
consolidadas. Mas existe um clima de insatisfação permanente no ar, ou não? Você acha que as pessoas estão mais felizes na nova ordem em que vivemos, de “fast relationships”?

MARTHA: Acho que a insatisfação feminina está mais relacionada à quantidade
de responsabilidades que ela tem assumido. Parece que é preciso ser super-mulher para provar que a revolução feminista vingou. Vejo certas capas de revistas, e parecemos todas biônicas, infladas, poderosas. Creio que é o momento de buscar um equilíbrio nas tarefas e não se importar muito com o que a sociedade espera de nós. Quanto às fast relationships, eu sei que é isso que rola, mas fica difícil eu comentar sobre algo que não tenho testemunhado in loco. Ao menos nos circuitos que eu freqüento – bastante  caseiros, reconheço – ninguém está se sentindo condenado a essa brevidade: tem muita gente aí a fim de investir numa relação, de não ficar trocando de par a cada semana. O que as revistas mostram, a vida das celebridades, não pode ser analisada como padrão de comportamento.

G1: O fato de ser gaúcha ajuda você a ter uma percepção diferente das coisas? A sociedade gaúcha é mais machista e conservadora que a do eixo Rio-São Paulo? Ou isso é um preconceito?

MARTHA: Não sei se o meu trabalho seria diferente no caso de eu ter nascido no
Rio de Janeiro ou em São Paulo. Se eu tivesse nascido de outro pai e outra mãe, aí sim: seria uma pessoa diferente. Mas minha influência cultural não vem apenas de costumes regionais: vem dos livros, do cinema, das viagens, de idéias que extrapolam fronteiras. O Rio Grande do Sul tem uma tradição machista, mas ao mesmo tempo foi o primeiro estado a apoiar a união entre homossexuais. É um estado conservador e, ao mesmo tempo, foi o primeiro a dar suporte ao PT, quando este ainda era um partido totalmente alinhado com uma esquerda dita revolucionária. Então prefiro não me amparar em estereótipos. Acho que temos uma queda por rótulos, o que reduz a visão do todo.

G1: A sua experiência na publicidade afetou de alguma maneira a sua escrita, no sentido de ter ensinado a “seduzir” o leitor?

MARTHA: Sem dúvida. O texto publicitário quer persuadir, antes de tudo. Trabalhei cerca de 14 anos nessa área e certamente trouxe alguns cacoetes para a crônica, só que meu universo agora não é mais o de compra e venda de produtos, e sim o da permuta de idéias, do compartilhamento de reflexões. Ainda assim, reconheço que meu texto procura  “ganhar” o leitor através de uma comunicabilidade amparada no humor e no coloquialismo, e isso tem a ver com a propaganda. Meu texto não é indiferente em relação a quem o lê.

___

LEIA TAMBÉM, da mesma autora:

clip_image003clip_image004clip_image005clip_image006

Gatos, ratos e homens - Postado por Luciano Trigo em 16 de Novembro de 2008 às 15:29

Firmin e Dewey combinam com êxito dois filões do mercado editorial: livros sobre livros e livros sobre bichos

clip_image001clip_image002

Uma tendência recente do mercado editorial são os romances que tematizam a própria paixão pela leitura e pela literatura - e assim cativam duplamente os leitores, que se reconhecem nos textos como sujeitos da mesma paixão. Basta pensar no sucesso de A menina que roubava livros, de Markus Zusak, ou nos recentemente lançados O segredo das coisas perdidas, de Sherida Hay, e As memórias do livro, de Geraldine Brooks. Outra tendência é a dos protagonistas animais – como o cachorro de Marley e eu, de John Grogan, e seus sucedâneos, como o cão-soldado de De Bagdá com muito amor. Firmin (Planeta, 248 pgs. R$37,50), de Sam Savage, junta os dois filões, fazendo de um rato um leitor inveterado - e protagonista de uma história saborosa. Vivendo aventuras alheias, ele se vê transportado para uma tarde chuvosa em Paris, num poema de Verlaine, ou para uma Londres dominada pela peste, no famoso diário de Daniel Defoe, em viagens da imaginação.

Firmin cresceu no porão de uma livraria de Boston, dos anos 60, e logo percebeu que valia mais a pena ler do que roer as páginas de Cervantes ou James Joyce – que passou a devorar de outra maneira. O estranho hábito o faz ser marginalizado pela família. Mas, apesar de ser visto por seus colegas roedores como “ridículo, mentiroso, charlatão e pervertido”, Firmin é na verdade uma alma pura, que busca na leitura dos clássicos – e também nos filmes antigos, aos quais assiste num cinema do bairro, principalmente os musicais de Fred Astaire – um consolo para a sua solidão. Seus heróis são o livreiro e um escritor fracassado que freqüenta a loja, ameaçada de demolição. Ele tenta desesperadamente se comunicar com os dois, empreendimento condenado ao fracasso.

clip_image003Firmin é o romance de estréia de Savage, que já trabalhou como mecânico, carpinteiro, gráfico e comerciante. Seu texto mantém um equilíbrio delicado e difícil entre o humor e a melancolia, entre o tom fabular e a digressão filosófica, que se reflete nas ilustrações de Fernando Krahn. Meio vagabundo, meio pensador, o solitário e sensível rato-narrador intercala, com o relato de seus pequenos dramas pessoais (ou “ratuais”), reflexões sobre a mortalidade e o sentido da vida – uma questão ainda mais urgente e aflitiva para os ratos, pois suas vidas costumam ser mais breves e mais atribuladas que as nossas.

Dewey, um gato entre livros, de Vicki Myron (Globo, 272 pgs. R$24,90), que está há várias semanas nas listas de mais vendidos, conta a história real de um gato que mudou a rotina de uma pacata cidade americana, ao freqüentar sua Biblioteca Pública. A autora é a bibliotecária Vicki Myron, a primeira a se deparar com o bichano. Ela mostra como Dewey levou alegria, amor e vida à população, outrora apática, de Spencer. Já deu para perceber que Dewey é bem menos profundo que Firmin, apelando mais diretamente aos leitores que amam animais, mais que os livros.

Por exemplo, Dewey, num determinado momento, olha cada pessoa nos olhos, ronronando com gratidão: “Era como se ele quisesse agradecer pessoalmente a todos que conhecia por salvar-lhe a vida”, escreve a autora. “Quando Dewey chegou, era inverno e parecia que a nossa cidade estava triste. Mas, com o passar do tempo percebemos que a cidade se encheu de alegria e que Dewey inspirou até o progresso da cidade”. Mas  Dewey logo provoca uma polêmica, que divide os 10 mil habitantes do vilarejo. Muitos afirmavam que a presença do gato era prejudicial à saúde, enquanto outros defendiam sua permanência na biblioteca. Mas todos acabam se rendendo ao charme e ao carisma do felino - até mesmo o menino alérgico que mal podia se aproximar dele.

Com estilos variados e diferentes graus de ambição, Firmin e Dewey celebram o poder dos livros e da literatura de transformar a vida das pessoas. Seus personagens são espelhos do potencial e dos limites de cada leitor. Mais do que sobre gatos e ratos, falam, portanto, sobre seres humanos - e talvez esteja aí a verdadeira razão de seu sucesso

Crepúsculo - um bom programa de cinema para o domingo com a família.

image

O filme Crepúsculo consegue prender a atenção do espectador do começo até o fim. Inegavelmente é um filme bem resolvido em vários aspectos, tem uma historinha que não desagrada, tem um elenco (muito, mas muito mesmo) bonito e que não pisa na bola nas cenas mais fáceis e nas mais difíceis,  plasticamente é muito agradável, não assusta quanto aos vampiros (que são vegetarianos), o que deve ser de propósito, pois é um filme para o público juvenil, tem o ponto certo de amor entre os protagonistas, o belo Edward e a bela Isabella, tem muita ação, quando os efeitos especiais conseguem sustentar a parte fantástica da história, e promete muito mais emoção em suas continuações, o que fica claro ao não esgotar a história de Edward e Bella.

Confesso que gostei mais do filme do que do livro, acho que os roteiristas conseguiram apresentar a história de forma mais interessante do que a escritora.

Não estou avaliando o livro como ruim, mais inegavelmente o filme se resolve melhor, talvez porque a história não tenha tanto o que chame a atenção (é apenas uma "historinha...") e então as duas horas do filme bastam para esgotar o assunto.

Mas tenho que ser sincera em um ponto, as imagens do filme são tão bem trabalhadas, os atores são tão bonitos, as paisagens tão interessantes, que se fica com pena quando o filme acaba, só para se ficar vendo por mais tempo tanta beleza plástica.

Então, um "viva" para a forma como o cinema aproveitou a história de Crepúsculo, que não é tão boa assim, mas que bem trabalhada, deixa todos com jeito de "quero mais"... 

domingo, 21 de dezembro de 2008

Resenha do livro "Crepúsculo", retirada do site UOL

 

· Um ano repleto de novidades espera Bella Swan quando ela se muda para a cidade de Forks, no estado norte-americano de Washington, para morar com seu pai, separado há anos de sua mãe. Além de uma escola nova, amigos diferentes e o tempo nublado e frio que ela particularmente abomina, a garota mal imagina que vá conhecer seu primeiro grande amor, Edward Cullen. Nada demais, certo? Exceto, talvez, pelo fato de com o tempo ela descobrir que o maravilhoso garoto de 17 anos por quem ela perde o fôlego é um vampiro há mais de um século. Essa é a trama principal de "Crepúsculo", primeiro dos quatro livros escritos pela autora Stephanie Meyer.

clip_image001

Edward e Bella no pôster do filme, que chega aos cinemas no final de 2008

· Cullen, assim como sua família - o vampiro que o criou, sua companheira e seus 'irmãos', acreditam numa dieta em que não é necessário se alimentar de sangue humano (eles costumam caçar ursos para saciarem a fome). Melhor para Bella, que além de ser desastrada e meio atrapalhada tem entre seus atributos o cheiro mais doce que já passou por Forks.
O primeiro contato do casal é tão tenso que a garota passa a ter certeza de que Edward a odeia. Com o tempo, porém, ela vai descobrir não apenas que o vampiro corresponde seus sentimentos como também que ele se controla para não perder o controle e mordê-la. Mas esse vai ser o menor dos problemas de Bella durante a trama.
Mitologia de vampiros
Meyer se preocupa em dar explicações plausíveis aos leitores sobre os hábitos dos Cullen. Até mesmo a chegada de Carlisle, o patriarca, à região, é comentada, juntamente com o pacto feito com a tribo de Billy, grande amigo do pai de Bella, muitos anos antes.
A autora também justifica a riqueza da família e procura mostrar o grande dilema da natureza dos personagens contra a dieta escolhida por eles, assim como as conseqüências da decisão.
Romance de estréia
Este é o primeiro livro de Meyer, que cria uma personagem feminina adorável e madura para a sua idade, assim como um vampiro por quem é impossível não suspirar. Com toques de suspense e de humor, as 390 páginas do livro passam num instante. A publicação traz também o primeiro capítulo de "Lua Nova", seqüência da trama, que já começa de uma forma que é impossível não torcer para que a continuação, que deve ser publicada em outubro deste ano, chegue logo.
"Eclipse" e "Breakdown" são os últimos dois livros da trama. Já é possível ler o primeiro capítulo de "Midnight Sun", uma futura continuação da série, no site da autora. A trama será contada a partir do ponto de vista de Edward.

clip_image004

CREPÚSCULO
Autor: Stephenie Meyer
Editora Intrínseca
390 páginas
R$ 39,90

Mais notícias sobre "Crepúsculo", retiradas do site da UOL

18/12/2008 – 11h40

Sabia que Edward de "Crepúsculo" também é músico? Veja 21 curiosidades sobre o filme

HELOÍSA DALL´ANTONIA
Da Redação

A saga da humana Bella e de seu amor pelo vampiro Edward Cullen já conquistou milhões de fãs pelo mundo. Isso pode ser traduzido nas mais de 350 páginas de fãs dedicadas a saga de Stephenie Meyer na Internet.
Conheça abaixo algumas curiosidades da trama, dos livros e do filme que estréia esta sexta-feira (19) no Brasil.

clip_image002

Capa de "Lua Nova", 2º livro que compõe série "Twilight"

Quatro são os livros que compõem a série "Twilight", protagonizada por Bella Swanson. O primeiro é "Crepúsculo", o segundo, "Lua Nova", o terceiro "Eclipse" e o quarto "Breaking Down" (ambos ainda sem tradução em português).

Os quatro livros juntos já venderam mais de 17 milhões de cópias mundo a fora. Os direitos de tradução da obra já estão em 37 países, incluindo o Brasil. 

Nas primeiras 24 horas em que "Breaking Down" ficou à venda, mais de 1,3 milhões de livros foram vendidos.

"Midnight Sun" é o novo livro da autora Stephanie Meyer. A trama é basicamente a mesma de "Crepúsculo", porém, sob o ponto de vista do vampiro Edward Cullen.

Alguns aspectos da vida de Bella foram inspirados na vida da própria autora. Meyer também teve de mudar de escola na época do colegial.

O orçamento do filme "Crepúsculo" foi de aproximadamente 35 milhões de dólares. Só em sua estréia, a produção arrecadou o dobro deste valor.

Stephenie Meyer faz uma ponta em "Crepúsculo". A autora dos livros aparece quando Bella chega a um restaurante para almoçar com seu pai. Meyer aparece pedindo um sanduíche, digitando em um laptop.

clip_image003

Robert Pattinson, o vampiro Edward, também é músico

Robert Pattinson (Edward Cullen), Jackson Rathbone (Jasper Hale) e Michael Welch (Mike Newton) também são músicos.

Robert Pattinson já participou de outro grande sucesso baseado em livros. O ator foi Cedric Diggory em "Harry Potter e o Cálice de Fogo".

Além de tocar piano em uma das cenas de "Crepúsculo", Robert Pattinson gravou uma música para a trama: "Never Think".

Stephenie Meyer foi eleita pela revista "Entertainment Week" uma das Entertainers of the Year (uma das animadoras do ano, em tradução livre).

Na segunda semana de novembro, a trilha sonora do filme foi o disco mais vendido segundo a "Billboard". O feito é notável porque o filme ainda não havia sido lançado nos cinemas na época. Ouça aqui a trilha do filme.

clip_image004

Trilha sonora de "Crepúsculo" entrou em lista de "Billboard" antes da estréia do filme

Centenas de fãs esperaram desde a noite do dia anterior para entrarem no auditório que abrigaria a conferência de "Twilight", com membros do elenco, a diretora do filme e a autora da obra.

Para Meyer, a maçã na capa do primeiro livro da série, mais do que "fruto proibido" representa "escolha".

O primeiro nome pensado por Meyer para dar título ao livro inicial da série foi "Forks", a cidade em que se passa a trama.

A diretora Catherine Hardwicke não estará na adaptação para o cinema do segundo livro da série, "Lua Nova". Em seu lugar, a Summit Entertainment, responsável pela adaptação, chamou Chris Weitz, diretor de "Um Grande Garoto".

Na lista de livros preferidos de Stephenie Meyer estão "Orgulho e Preconceito", de Jane Austen, "Romeu e Julieta", de Shakespeare, "Morte no Nilo", de Agatha Christie, "O Sol é Para Todos", de Harper Lee e até "As Crônicas de Nárnia", de C.S. Lewis.

A adaptação de "Lua Nova" deve estar pronta entre o final de 2009 e o início de 2010.

clip_image005

Kristen Stewart usou lentes de contato para viver Bella

Uma das razões pelas quais os carros presentes na trama de "Crepúsculo" são tão bem detalhados é a obsessão dos irmãos de Stephenie Meyer por automóveis.

Mais de cinco mil atores fizeram teste para o papel de Edward Cullen.

Kristen Stewart, a Bella, tem olhos verdes. Ela usou lentes de contato para ficar com a cor dos olhos da personagem, castanhos.

Novo filme de Will Smith - Sete vidas

19/12/2008 - 16h03

Will Smith e o diretor italiano Gabriele Muccino tentarão repetir o sucesso que colheram em "À Procura da Felicidade" com "Sete Vidas", um drama que estréia amanhã nos EUA rodeado de absoluto segredo.
Os estúdios Sony/Columbia optaram por guardar a sete chaves o filme, da qual se passaram muito poucas informações prévias para críticos e imprensa, a fim de evitar vazamentos sobre a complexa trama que, segundo um comentarista da revista "Variety", procura impressionar o público, como ocorreu com "O Sexto Sentido".

"Acho que não é um filme fácil para as pessoas, mas é o estilo do diretor, que faz filmes que exigem do espectador que se esforce um pouco".
"Trata-se de descobrir que é o que está passando, a recompensa que se obtém do filme não se parece em nada a qualquer coisa que eu tenha feito antes", disse Will Smith.
O filme é um longo "flashback" que se remonta até a primeira cena, uma ligação telefônica no qual o personagem de Smith anuncia à polícia seu suicídio.
"O roteiro foi diferente de tudo o que tinha feito e foi a maior experiência emocional que tive lendo um roteiro. Há muitas idéias, conceitos e é o tipo de cinema que pensei que tinha que fazer agora", explicou o protagonista de "Hancock".
Ben Thomas (Smith) é um homem perseguido por um segredo, que procura conseguir sua redenção ao trocar a vida com sete estranhos que precisam de ajuda, um plano que termina por superá-lo quando se apaixona pela personagem interpretado pela atriz Rosario Dawson.
"As pessoas vão se sentir muito impressionadas pelas emoções que transmite o filme, a perda, a redenção, o sacrifício, há muitas coisas bonitas. O que sustenta tudo é a humanidade dos personagens. Espero que os espectadores pensem em ser pessoas melhores e mais compassivas ao terminar de ver o filme", afirmou Dawson.
"Espero que experimentem algo que tenha repercussão em suas vidas", acrescentou Smith.

A dupla Muccino-Smith, que rendeu ao ator sua segunda nomeação a um Oscar por "À Procura da Felicidade" (2006) - a primeira foi "Ali" (2002) - apostou em reeditar a fórmula da fábula existencial em vista do sucesso alcançado pela anterior.
No entanto, "Sete Vidas" teve uma fria recepção prévia e ficou até o momento fora de todas as cndidaturas de prêmios que concede anualmente Hollywood, incluindo o Globo de Ouro.

Boa piada...

FAZENDO PROVA
Dia de prova na faculdade, 100 alunos na sala, professor chato, impaciente e louco pra ir embora.
- Às dez horas em ponto a prova termina... e quem não entregar até esta hora não entrega mais! - diz o professor.
Às 10:10h, um aluno corre com a prova na mão até a mesa do professor que arrumava as coisas para ir embora...
- Eu avisei que não aceitaria provas fora do horário!! Esqueça!!
O aluno, com ar de autoritarismo, perguntou :
- Você sabe com quem está falando ???
A resposta do professor tinha um certo sarcasmo:
- Não, não faço a menor idéia.
Empinando mais o nariz, o aluno insistiu:
- Tem certeza disso?
- Absolutíssima!!!
O aluno levantou a imensa pilha de provas, enfiou a dele no meio, deu uma embaralhada e desafiou:
- Então descobre!
E saiu da sala correndo.

O que se comemora em Dezembro

01 - Dia Internacional da Luta Contra a AIDS

02 - Dia da Astronomia, Dia do Samba, Dia Internacional para a Abolição da Escravatura

03 - Dia Internacional das Pessoas Portadoras de Deficiência

04 - Dia do Orientador Educacional

05 - Dia Internacional do Voluntariado

07 - Dia do Pau-Brasil

08 - Dia da Família

10 - Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos, Dia do Palhaço

15 - Dia do Jardineiro

20 - Dia da Bondade

21 - Dia do Atleta

22 - Início do Verão

23 - Dia do Vizinho

25 - Natal

26 - Dia da Lembrança

28 - Dia do Salva-Vidas

29 - Dia Internacional da Biodiversidade

31 - Dia da Esperança, Réveillon

Sem comentários...

calvin-comoosbebesnascem-jb.jpg

Volta de Indiana Jones arranhou reputação da série

 

clip_image001

Harrison Ford e Shia LaBeouf tiram a poeira da série em novo “Indiana Jones”.

Se o robozinho Wall.E trouxe à memória o melhor do cinema de Spielberg, a volta de "Indiana Jones" aos cinemas arranhou gravemente a reputação da série. Mesmo que verossimilhança nunca tenha sido o forte das aventuras de Indy, misturar Cataratas do Iguaçu com Amazônia e arqueologia com teorias furadas de invasão alienígena não garante uma aposentadoria digna para o nosso herói. Spielberg e Lucas não precisavam de mais esse caça-níquel.

Seleção de filmes de 2008, de acordo com Diego Assis, do G1, em São Paulo

10. 'Gomorra'

Enfim, um filme de máfia contemporâneo e feito por quem mais entende do riscado: os próprios italianos. A prova de que o filme toca nas feridas certas é o prêmio colocado pela Camorra (a máfia napolitana) à cabeça de Roberto Saviano, autor do livro-reportagem que orientou o longa. Em certo sentido, é o "Cidade de Deus" italiano.

9. 'Leonera'

Bem mais do que o "Carandiru" argentino, o filme de Pablo Trapero não é só um retrato fiel dos presídios femininos da América do Sul. É também uma história intrigante sobre os sacrifícios que uma mulher é capaz de fazer em nome de seus princípios. Não fosse a surpresa de Sandra Corveloni, o prêmio de melhor atriz em Cannes poderia ter ido para Martina Guzman.

8. 'Linha de passe'

Jogador de futebol, motoboy, evangélico, empregada doméstica... Os fãs do Capitão Nascimento que me perdoem, mas poucas coisas representam mais o Brasil de hoje do que a família escalada para a nova parceria de Walter Salles e Daniela Thomas. A periferia não precisa de esmolas nem de balas; o que falta mesmo é oportunidade.

7. 'Vicky Cristina Barcelona'

Tudo bem, Woody Allen é gênio. Quem sou eu para ir contra o batalhão de fãs do brilhante - e neurótico - cineasta americano? Sabiamente, no entanto, Allen sai de cena e deixa espaço para Penélope Cruz e Javier Bardem brincarem de interpretar a si mesmos (dois sedutores de sangue latino) nesta gostosa comédia com final infeliz. Scarlett... quem?!

6. 'Trovão tropical'

À primeira vista, é só uma comédia de Ben Stiller tirando sarro dos filmes de guerra de Hollywood. Mas, da aparição-relâmpago de Tobey Maguire nos trailers falsos de abertura à dancinha de um quase irreconhecível Tom Cruise nos créditos finais, "Trovão tropical" traz performances memoráveis - destaque para um Robert Downey Jr. negro - num dos filmes mais engraçados lançados este ano.

5. 'Antes que o diabo saiba que você está morto'

Aqui o assunto é sério. Philip Seymour Hoffman, fácil, fácil, um dos melhores atores da geração atual, dá corpo à batida expressão "mataria a mãe para conseguir o que quer". Sobre um roteiro que vai se desenrolando às camadas, sob pontos de vista diferentes, o diretor veterano Sidney Lumet constrói um suspense claustrofóbico, digno de prêmios. Filmão.

4. 'Valsa com Bashir'

Talvez um dos mais subestimados filmes do ano, este documentário em animação sobre um ex-soldado isralense que perde a memória após experiências traumáticas na Guerra do Líbano nos ajuda a lembrar que, por baixo das fardas, estão apenas soldados que amam a vida e o rock'n'roll. Teve pouquíssimas sessões nas mostras e festivais, mas merecia entrar em cartaz.

3. 'Homem de Ferro'

Este não faz discurso contra as guerras, muito pelo contrário. Mesmo se dando mal graças aos armamentos que ele mesmo ajudou a fabricar, Tony Stark é um "heavy metal" dos quadrinhos que combate fogo com fogo ainda mais pesado. Mesmo trabalhando com um herói 'menor' do panteão da Marvel, a paixão de Jon Favreau pelas HQs e o carisma de Robert Downey Jr. fazem deste o melhor filme da editora/estúdio desde a franquia "Homem-Aranha".

2. 'Batman - O cavaleiro das trevas'

A enxurrada de críticos e prêmios que têm ajudado a consagrar este sexto "Batman" comprova que não se trata mais de um filme do gênero quadrinhos ou voltado apenas para fãs. Noves fora as máscaras, armaduras e batmóveis, "O cavaleiro das trevas" é um épico policial com P maiúsculo e atuações memoráveis. Existe um Coringa antes, e outro depois de Heath Ledger.

1. 'Wall.E'

Poucos filmes marcaram tanto a geração que foi criança nos anos 80 quanto "E.T. - O extraterrestre". Assim como o alien de Spielberg, o robozinho Wall.E não precisa pronunciar muitas palavras para cativar o coração dos que assistem a mais esta obra-prima da Pixar. Atenção, Oscar, a categoria animação ficou pequena para um candidato como este.

Comentários sobre o filme "Crepúsculo"

Falta pegada a ‘Crepúsculo’, diz ‘vampira’ brasileira

G1 convidou Liz Vamp para assistir ao filme que virou fenômeno nos EUA.
'Vampiros são o que a raça humana almeja: fortes, sedutores e imortais.'

Débora Miranda Do G1, em São Paulo

clip_image001

“Falta ousadia, volúpia, intensidade. Em se tratando de vampiro, isso não pode ser desprezado. O vampiro é animal, tem um instintivo primitivo. Falta a pegada vampírica a ‘Crepúsculo’.” A análise é de Liz Marins, mais conhecida como Liz Vamp, filha de Zé do Caixão, atriz e entendedora de tudo o que se refere aos lendários seres que vivem à base de sangue humano.
Com a chegada de “Crepúsculo” aos cinemas brasileiros, o G1 convidou Liz Vamp para assistir ao longa-metragem e opinar sobre ele. Com orçamento relativamente baixo (cerca de US$ 37 milhões) e atores pouco conhecidos, o filme se transformou em fenômeno entre os adolescentes norte-americanos, permanecendo na lista dos mais vistos e tendo faturado incríveis US$ 35 milhões apenas em seu primeiro dia de exibição.

A história que vem mexendo com os ânimos do público teen é a do tão improvável quanto problemático romance entre a jovem Bella (Kristen Stewart) e o vampiro Edward (Robert Pattinson). Mas se está pensando em monstruosidade, esqueça. Em “Crepúsculo” é diferente: Edward é carinhoso com a amada e luta contra todos os seus instintos para não sugar seu sangue. Aliás, politicamente correto, ele nem bebe sangue de humanos, apenas de animais.
Para Liz Vamp, o doce relacionamento entre os protagonistas acabou deixando o filme “infantil”. “É um pouco infantil em alguns momentos , água com açúcar. Tem cenas românticas interessantes, tem paisagens e alguns efeitos especiais bacanas. Mas falta intensidade. O romance é bonito, mas podia ter cenas mais ‘calientes’. Não falo de sexo, mas na forma de pegar mesmo. Até os beijos dos vampiros são mais quentes.”

clip_image002

Kristen Stewart e Robert Pattinson juntos em cena de ''Crepúsculo'' (Foto: Divulgação)

Por outro lado, a visão moderna e não-estereotipada dos vampiros agradou Liz Vamp. “O filme não os mostra como seres bestiais. Normalmente os vampiros são colocados como monstrinhos, mas essa tendência vem mudando. Na verdade os vampiros são tudo o que a raça humana almeja ser. São mais fortes, sedutores e imortais. E por que são vistos como monstros? Porque os humanos estão na cadeia alimentar deles.”
E mesmo assim a atriz não considera que os longas vampirescos sejam de terror. “São filmes de ficção, mistério, suspense e romance. Existem cenas de terror, mas falar de vampiros nunca é um assunto leve.” Para ela, não é surpresa ver “Crepúsculo” fazendo tanto sucesso entre o público adolescente. “Os vampiros sempre seduziram os mais jovens com os poderes que ele têm. Falar que [esse tipo de história] não tem público é mentira. A maioria dos adolescentes é mais idealista, aventureira e muito mais intensa do que os adultos.”

Mais sobre "Marley & Eu"

Por que todos amam Marley

O sucesso dos livros e filmes sobre bichos de estimação diz muito sobre nós, humanos.

Letícia Sorg

clip_image001

NO CINEMA
John (Owen Wilson) e Jenny (Jennifer Aniston) numa cena de Marley & Eu. O novo filme promete fazer o mesmo sucesso do livro

Se todos os donos de cães do Brasil decidirem assistir a Marley & Eu, faltarão assentos nas 160 salas de cinema onde o filme será exibido a partir do dia 25. O país tem a segunda maior população mundial de cães, 31 milhões, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Alimentos para Animais de Estimação. Talvez por isso o Brasil tenha sido escolhido pelo estúdio Fox para a estréia mundial da produção ao mesmo tempo que os Estados Unidos, campeões absolutos do ranking de bichos domésticos.

Não duvide do potencial do filme de David Frankel, diretor de O Diabo Veste Prada e Sex and the City, para interessar a todas essas pessoas. As peripécias do labrador da família Grogan poderiam ser as de qualquer vira-lata ou com pedigree. Marley não é um super-herói canino, como Lassie ou Rin Tin Tin (leia no fim da reportagem). É apenas “um pé-no-saco engraçado e extraordinário, que nunca entendeu muito bem como acatar uma ordem”, nas palavras de seu dono, o jornalista americano John Grogan. Mesmo assim, ao pôr no livro Marley & Eu os momentos de indisciplina e companheirismo do “pior cão do mundo”, Grogan se tornou um dos maiores êxitos de venda do planeta. No Brasil, onde foi lançado em outubro de 2005, Marley & Eu está há 110 semanas nas principais listas de livros mais vendidos do país (600 mil exemplares). A ele seguiram-se outros livros e filmes protagonizados por animais (confira no fim da reportagem). “Falar sobre animais domésticos é um ponto a favor de qualquer livro”, afirma André Castro, diretor-executivo da Ediouro Publicações, que lançou Marley no Brasil.

Grogan teve a competência de ver, antes dos outros, que seu cotidiano tinha uma história interessante para muitos. “Os animais estão ficando cada vez mais importantes”, afirma James Serpell, zoólogo e professor da Faculdade de Veterinária da Universidade da Pensilvânia. “Nos Estados Unidos pelo menos, o apoio das redes sociais tradicionais, como família e amigos, está cada vez mais fragmentado. As pessoas buscam a companhia dos animais para preencher esse vazio.”

Autor de vários livros sobre a interação entre animais e seus donos, Serpell acredita que a urbanização contribuiu para a aproximação entre cães e humanos. Na área rural, os bichos domésticos costumam passar a maior parte do tempo fora de casa. São como amigos. Nas cidades, eles dividem o mesmo teto, o tempo todo, com os donos. São como filhos. “À medida que o cão fica fisicamente mais próximo, cresce a intimidade”, diz Alexandre Rossi, zootecnista especializado em comportamento animal. “Ele deixa de ser um animal que fica no pasto das fazendas para ser praticamente um filho dentro dos apartamentos.”

Com sua fidelidade canina ao livro, o longa – com Owen Wilson e Jennifer Aniston no papel dos donos do cão – deverá agradar aos fãs. Mas há menos Marley no filme que os apaixonados por animais podem esperar. “Senti falta das caretas dele, do olhar expressivo, de suas trapalhadas”, diz um dos que já viram Marley, o crítico Rubens Ewald Filho, ele próprio dono de um labrador e de um cocker spaniel

Árvores criativas

Casal constrói árvore de Natal em forma de pudim gigante

Árvore de cerca de 6 metros de altura fica no Reino Unido.
Aposentado disse que teve a idéia por causa de sua neta.

clip_image001

Um casal de Yeovil, no Reino Unido, construiu uma árvore de Natal em forma de pudim gigante, segundo o jornal inglês "Daily Mail". A árvore de cerca de 6 metros de altura foi idéia de Roger e Valerie Holley.

Aposentado, Roger disse que teve a idéia de transformar a árvore em um pudim gigante por causa de sua neta de 10 anos. "Ela tinha olhado para árvore e dito: 'se parece com um enorme pudim de Natal'", afirmou Roger.

Segundo a agência AP, a árvore em forma de pudim levou cinco anos para ficar pronta.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Interessante entrevista com a escritora Mírian Goldenberg sobre a mulher de 50 anos e seus problemas.

A mulher de 50 anos

(Luciano Trigo)

No livro Coroas, a antropóloga Mirian Goldenberg analisa o insustentável peso da idade entre as mulheres brasileiras

mirian-2.jpgcapa-coroas.jpgEstudiosa dos gêneros e do corpo em nossa cultura, a antropóloga e professora da UFRJ Mirian Goldenberg saiu a campo para investigar como a mulher brasileira de 50 anos está se enxergando. Autora de outros ensaios sobre a condição feminina na sociedade contemporânea, como A outra, Infiel e O corpo como capital, Mirian apresenta os resultados de sua pesquisa em Coroas – Corpo, envelhecimento, casamento e infidelidade (Record, 224 pgs. R$28). Ela mostra, basicamente, que a situação anda difícil para as mulheres maduras: numa cultura que condiciona os afetos a aparências e  valores de mercado, e onde a juventude e a beleza são fatores determinantes da realização pessoal, elas se sentem cada vez mais excluídas e pressionadas. Entre outras conclusões preocupantes, Mirian afirma que, mesmo após todas as conquistas femininas, as mulheres casadas são mais felizes; que, quando traem, elas se colocam na posição de vítimas; e que, para muitas, a idade pode representar uma libertação dos papéis de esposa e mãe. São resquícios de valores do passado ainda entranhados no imaginário feminino – mesmo numa geração que cresceu cultuando a independência e a liberdade. Como consolo, vale lembrar que já foi pior. Na época de Balzac, a crise chegava mais cedo, aos 30.

G1: O conceito de “coroa” vem mudando com o tempo? Como se define uma coroa hoje? Idade é o único critério?

MIRIAN GOLDENBERG: Vem mudando, sim. Mas a idade ainda pesa. As mulheres começam a se sentir envelhecendo aos 40. Entram em crise, começam a fazer loucuras: plásticas, lipos, botox etc. Os homens começam a envelhecer mais tarde. Eles falam dos 60, da aposentadoria, como um grande marco do envelhecimento. Também acrescentam dois outros marcos: calvície e problemas sexuais. Então, ser coroa não é apenas uma questão de idade. É uma aceitação de posições simbolicamente desvalorizadas na sociedade: a aceitação da velhice como um momento só de perdas e pesos.

G1: O amadurecimento/envelhecimento tem implicações diferentes nos homens e mulheres? Em que sentido? A “vida útil”, em termos amorosos/sexuais, é diferente para os dois? Uma mulher com mais de 40 se sente “fora do mercado”?

MIRIAN: Simbolicamente, no Brasil, as mulheres envelhecem muito mais cedo do que os homens. Quanto mais velhas, menos chances no mercado afetivo-sexual. Por sua vez, quanto mais velho, mais o homem pode escolher no mesmo mercado. Como mostro no livro Coroas, numa cultura em que ter um marido é um verdadeiro capital - o que chamo de “capital marital” – envelhecer, para a mulher, é um momento de perdas. Elas se queixam de dois problemas: falta  de homem e decadência do corpo. Já os homens se preocupam muito menos com a aparência e mais com a perda de poder e de prestígio social. Eu encontrei três tipos de discursos femininos, que classifiquei como de falta, invisibilidade e aposentadoria do mercado afetivo-sexual. Eles podem ser vistos como uma postura de vitimização das mulheres nesta faixa etária, que apontam, predominantemente, as perdas, os medos e as dificuldades associadas ao envelhecimento. Nesse sentido, numa cultura em que o corpo é outro importante capital, talvez o mais importante de todos, o processo de envelhecimento pode ser vivido como um momento de importantes perdas, especialmente de capital físico. Há muitas mulheres que estão começando a se mutilar aos 40 ou 50 anos para atender a uma cultura que impõe isso. A cobrança aqui é diferente da que acontece na Alemanha, por exemplo. Lá, a questão é por que fazer isso com o próprio corpo. Aqui, há uma obrigação de fazer. As escolhas das mulheres brasileiras são muito mais limitadas do que as escolhas de uma mulher alemã. Ninguém diz que uma alemã é uma fracassada porque ela não se casou ou não teve filhos. É  isso que eu chamo de miséria subjetiva: aceitar a invisibilidade que é imposta à mulher que envelhece.

G1: Qual é o impacto das pressões pela realização sexual, profissional, familiar sobre as mulheres maduras?

MIRIAN: Aqui no Brasil as pressões são enormes, porque a nossa cultura cultua um determinado comportamento que combina três elementos extremamente valorizados: juventude, sexualidade e boa forma. É óbvio que, ao envelhecer, a mulher perde esses capitais tão importantes em nossa cultura. Já na cultura alemã, onde também estou pesquisando como as mulheres estão envelhecendo, os capitais mais valorizados são outros: personalidade, cultura, charme, inteligência, poder, confiança. Com a idade, as mulheres acumulam capital, em vez de perdê-lo. Por isso, envelhecer parece ser um momento de extrema satisfação para as alemãs. Aqui é um momento de extremo sofrimento para muitas mulheres, que investem no corpo e na sexualidade. As brasileiras que pesquisei trabalham ou são aposentadas. Todas são ou foram casadas, todas têm filhos, todas já cumpriram (ou ainda cumprem) o papel de esposa e mãe. Os 50 anos, para algumas mulheres, representam um momento de libertação do papel de esposa e mãe, para “ser eu mesma pela primeira vez”, uma frase recorrente no discurso delas. Enquanto emancipação foi a idéia enfatizada pelas alemãs (nenhuma me disse “sou uma mulher livre”; elas dizem: “Sou uma mulher emancipada”), liberdade foi a idéia que as brasileiras enfatizaram. Há ainda outra diferença: a emancipação das alemãs parece ser uma conquista de toda a vida, desde jovens. A liberdade das brasileiras parece ser uma conquista tardia, após elas cumprirem os papéis obrigatórios de esposa e mãe. Mesmo as que são casadas, sentem-se mais livres após os 50 para “serem elas mesmas”. Algumas redescobrem prazeres e vocações deixados de lado em função do casamento e da maternidade, retomados após os filhos estarem mais velhos.

G1: Segundo um ditado popular, só existem dois tipos de pessoas felizes: mulheres casadas e homens solteiros. As mulheres casadas são mesmo mais felizes que as solteiras? Por quê?

MIRIAN: Na minha pesquisa, aqui no Brasil, parece que sim. As casadas são aquelas que disseram ser as mais felizes. Daí eu ter criado a idéia de “capital marital”. Elas se sentem duplamente poderosas, pois, além de terem um marido, acreditam que são mais fortes, independentes e interessantes do que ele - mesmo quando ele ganha muito mais e é mais bem sucedido profissionalmente do que elas. Num mercado em que os homens são escassos, principalmente na faixa etária pesquisada, as casadas se sentem poderosas por terem um produto raro e extremamente valorizado pelas mulheres brasileiras - e, também, por se sentirem superiores e imprescindíveis para os seus maridos. É possível constatar que, além de o corpo ser um capital importantíssimo no Brasil, o marido também é um capital, talvez até mais fundamental do que o corpo, nessa faixa etária. O que as brasileiras mais valorizaram, em seus depoimentos, é o fato de terem um casamento sólido e satisfatório, de muitos anos. A existência desse tipo de casamento foi apontada como o principal motivo de felicidade. Já a sua ausência foi motivo de infindáveis queixas e lamúrias. Num dos grupos realizados, uma mulher magra, bonita e com a aparência muito jovem disse que sentia inveja de outra pesquisada, por ela ter um casamento estável e feliz. O interessante é que a invejada era gorda e com uma aparência muito mais velha do que a invejosa. A magra disse: “Eu tive e tenho muitos namorados, mas não consigo ter um companheiro, um marido. Senti inveja quando você falou do seu casamento de 30 anos, porque eu nunca consegui ter isso. E nunca mais vou conseguir ter”.

G1: A infidelidade feminina está aumentando? E a masculina? Por quê? Isso é bom ou ruim?

MIRIAN: Um dado interessante da minha pesquisa é o diferente posicionamento de homens e mulheres no que diz respeito à traição. Os homens se justificam por terem uma “natureza”, uma “essência” propensa à infidelidade. Já as mulheres responsabilizam seus maridos ou namorados por elas serem infiéis. Homens dizem trair por “atração física”, “vontade”, “tesão”, “oportunidade”, “aconteceu”, “galinhagem”, “é um hobby”, “testicocefalia”, “é da natureza masculina”, “instinto”. Já nas respostas femininas encontrei “insatisfação com o parceiro”, “falta de amor”, “para levantar a auto-estima”, “vingança”, além de um número significativo de mulheres que traem porque não se sentem mais desejadas pelos parceiros. Apesar de muitos comportamentos masculinos e femininos não estarem mais tão distantes, inclusive no que diz respeito à traição - como mostram os dados da minha pesquisa, em que 60% dos homens e 47% das mulheres afirmam já terem sido infiéis – os discursos femininos e masculinos são extremamente diferentes. Pode-se notar, ao analisar esses dados, que os homens justificam suas traições por meio de uma suposta essência ou instinto masculino. Já as mulheres infiéis dizem que seus parceiros, com suas faltas e galinhagens, são os verdadeiros responsáveis por suas relações extraconjugais. Ou seja, no discurso dos pesquisados, a culpa da traição é sempre do homem: seja por sua natureza incontrolável, seja por seus inúmeros defeitos (e faltas) no que diz respeito ao relacionamento. Se é inquestionável que, nas últimas décadas, houve uma revolução nas relações conjugais, na questão da infidelidade ainda parece existir um “privilégio” masculino, isto é, ele é o único que se percebe como sujeito da traição. Enquanto a mulher, mesmo quando trai, continua se percebendo como uma vítima, que no máximo reage à dominação masculina. Os comportamentos sexuais podem ter mudado, tendendo a uma maior igualdade, mas o discurso sobre o sexo ainda resiste às mudanças. Os discursos estabelecem e reafirmam as diferenças de gênero, até mesmo quando o comportamento parece recusar essas diferenças. Não estou afirmando que não existem diferenças no comportamento sexual feminino e masculino, mas, como sugerem os dados da minha pesquisa, elas não são tão grandes assim. O que quero propor é que a linguagem da diferença não só reforça as diferenças existentes, como parece ampliar significativamente o sentido de diferenças que não são tão grandes como parecem.

G1: Apesar de todos os avanços nas conquistas femininas, a cada geração fica mais explícito o uso da sedução e do corpo feminino como moeda, e muitas mulheres viram a seu favor a condição de objetos e mercadorias. Como você analisa isso?

MIRIAN: Os valores mudaram muito nas últimas décadas, mas, com certeza, ainda não tanto a ponto de a brasileira deixar de investir no corpo e na sexualidade como verdadeiros capitais em diferentes mercados - afetivo, profissional, sexual etc. Ainda é enorme essa dependência do homem que as brasileiras têm. Sem dúvida, a mudança de valores pode ajudar a conquistar uma velhice melhor. Primeiro, a mulher vai investir em outros capitais que vão transformar a velhice, como capital cultural, capital científico, ou em outros relacionamentos que não sejam só com o homem. Tudo isso pode alimentar um projeto de uma velhice melhor. Quando a mulher investe só em corpo e em sexualidade, todos os projetos passam pelo homem e pelas cirurgias plásticas. Aqui não encontro mulheres que não tenham feito cirurgias plásticas, que é o principal investimento no corpo. As alemãs investem em viagens, em leituras, investem até nos momentos de solidão, em casas gostosas de viver, ou seja, elas têm muitos outros prazeres. E foram acostumadas a contar com elas mesmas. Aqui as mulheres de 50 anos me dizem que agora pela primeira vez são mais livres. As alemãs me dizem: mas elas precisam esperar até os 50 para serem livres?

Livros

kafka.jpg

Kafka e a boneca viajante, de Jordi Sierra. Martins, 128 pgs. R$26,30

Um ano antes de sua morte, Franz Kafka viveu uma experiência singular. Passeando pelo parque de Steglitz, em Berlim, encontrou uma menina chorando porque tinha perdido sua boneca. Para acalmar a garotinha, inventou uma história: a boneca não estava perdida, mas viajara, e ele, um “carteiro de bonecas”, tinha uma carta em seu poder, que lhe entregaria no dia seguinte. Naquela noite, ele escreveu a primeira de muitas cartas que, durante três semanas, entregou pontualmente à menina, narrando as peripécias da boneca em todos os cantos do mundo. Inspirado por esta história pouco conhecida de Kafka, contada por Dora Diamant, companheira do escritor na época, Jordi Sierra i Fabra recria as cartas nunca encontradas e que constituem um dos mistérios mais belos da narrativa do século XX.

angelaca.jpg

 

Angela e o menino Jesus, de Frank McCourt. Intrínseca, 40 pgs. R$19,90

Uma fábula natalina que traz uma lição de ternura. Ângela é uma garotinha de 6 anos que fica com pena do Menino Jesus ao vê-lo no altar da igreja de São José, na cidade de Limerick, na Irlanda, onde mora. As noites de dezembro são úmidas e frias, e a igreja é escura. A mãe do Menino Jesus não tem nem um cobertor para cobri-lo. O bebê precisa da ajuda de Ângela, mesmo que ela não tenha autorização para chegar perto do altar, muito menos sozinha. Repleto do espírito e das aventuras do romance As cinzas de Ângela, em que o autor narrou suas memórias de menino, Ângela e o Menino Jesus é uma história de família com uma mensagem universal.

 

animaisc.jpg

Animais sem zoológico, de Gianni Rodari. Martins Fontes, 31 pgs. R$29,80

Um gato malabarista quis puxar o tapete de seus colegas elefantes e se deu mal; as tartarugas organizaram uma corrida de bicicleta mas, decididamente, correr não era seu forte; um cavalo que sabia escrever acabou dando com a língua nos dentes… Estes e outros personagens mostram que às vezes bicho até parece gente… Gianni Rodari é conhecido por suas fábulas saborosas e cheias de ironia. Sem nenhuma mensagem de tom moralista, ele faz uma crítica inteligente das frivolidades, da lei da vantagem, da exploração do trabalho e de outras práticas e valores característicos da sociedade atual. O livro tem ilustrações de Anna Laura Cantone, artista italiana contemporânea.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Lembrando tempos sombrios...

Outro texto sobre nossso Brasil e seus políticos... Agora do Gilson Caroni Filho.

DEBATE ABERTO

Faltou um divã para FHC?

Deve ter sido muito doloroso para o “príncipe uspiano” descobrir que a sociedade nova não só estava com Lula como, após seis anos de governo, continua a apoiá-lo. Como nunca antes na história desse país.

Gilson Caroni Filho

No dia em que saem mais duas pesquisas dando conta da aprovação recorde do governo e do aumento da popularidade do presidente, o que deve calar mais fundo na oposição é a lembrança do passado recente. E o quanto os seis anos de governo petista representaram de ruptura com ele. Das prioridades internas, com ênfase no mercado interno e nas políticas redestributivas, à inserção externa soberana e bem orientada, as mudanças foram por demais substantivas para serem ignoradas. Assim, é hora de, no final de 2008, relembrarmos o ocaso de um governo que levou o país à bancarrota.
Vivíamos o ano de 1999. Num quadro de crise de ideologias, de fim de utopias, de aumento de desemprego, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deitava falação sobre as mudanças ocorridas no Brasil. Detectava o surgimento de uma nova sociedade e acreditava que a parte moderna dela iria aderir ao projeto neoliberal. Aquele em que a arquitetura política era vista como defeituosa e as virtudes deveriam ser creditadas aos agentes do mercado, os empreendedores, “heróis” do capitalismo de massa, que deixariam perplexos tanto a esquerda quanto a direita conservadora. Seriam eles "os heróis de nossa gente", filhos do "silêncio" e do "medo da noite".
Correto ao diagnosticar as transformações em curso no país, FHC se equivocava em acreditar que os novos e emergentes setores da sociedade, quando se organizassem efetivamente, apoiariam seu projeto de reformas. Como bem destacou, na época, a cientista política Maria Vitória Benevides, as afirmações de que a crise de representação era algo novo no país e a de que os movimentos sociais, em especial o MST, estavam
enfraquecidos eram falácias tão gritantes que deixavam no ar uma impressão de bonapartismo sugerido. O que o ex-presidente insinuava era que o velho não estava com ele, mas o novo só não o apoiava por falta de organicidade. A incapacidade de pensar o país foi a marca do governo tucano.
O cenário era desolador. O ambiente pós-desvalorização ficou confuso. Sem crescimento, não se recuperava o nível de emprego. O desemprego que explodiu em janeiro de 1998 por causa da crise asiática, não dava sinais de reversão. A combinação de queda na renda e desemprego atingia o setor produtivo. O comércio registrava perdas expressivas durante 18 meses. Com vendas fracas, indústria e comércio tendiam a segurar os preços, deixando claro que só com ambiente recessivo o governo tucano conseguia reduzir a taxa de inflação. Diante disso, é possível falar em continuidade de modelo?
Nesse quadro, os partidos de apoio ao Governo-PSDB, PFL (DEM) e parte expressiva do PMDB - atribuíam à falta de comando do então presidente as disputas e brigas na base aliada. O distanciamento de Fernando Henrique do dia-a-dia da política e a crise econômica minaram sua autoridade, e resultado foi um verdadeiro tiroteio entre os principais políticos desses partidos. Aécio Neves, lembram disso?, se dizia inconformado com o processo de privatização de Furnas. No PFL, a comoção se dava por conta da não nomeação do ex-ministro Luiz Carlos Santos para nenhum cargo, depois de lhe terem prometido a presidência da BR Distribuidora. No PMDB, o desconforto foi causado por uma promessa não cumprida de FHC a Michel Temer de nomear um amigo do ex-presidente da Câmara para a direção da Petrobrás. O acúmulo de ressentimentos sinalizava para uma conclusão melancólica de governo.
As digressões de Fernando Henrique soavam a alheamento da realidade. Pior, uma fuga dela pelo discurso diletante. A situação se apresentava como nunca antes navegada: a impopularidade do presidente era maior que a do seu Governo, o real se contaminava com tudo isso e a bloco de poder contemplava a rota de afastamento. E nenhum jornal pensou em chamar um psicanalista para analisar um presidente em seu ocaso. Ou ouvir a população que, ao reprová-lo, mostrava não fugir da realidade. Um Jacob Pinheiro Goldberg para falar em “mecanismos de negação freqüente quando se enfrenta uma situação de impotência".
Afinal, deve ter sido muito doloroso para o “príncipe uspiano” descobrir que a sociedade nova não só estava com Lula como, após seis anos de governo, continua a apoiá-lo. Como nunca antes na história desse país.
Aos leitores de Carta Maior, um Feliz Natal e um próspero 2009.

Não desisto do meu Brasil

minha-esperanca-verde-bkg.jpg

Depois de tudo, ainda acordo e me sinto feliz por viver em terras brasileiras.

Texto retirado do blog do Emir: "Crise faz despencar popularidade de Lula"

Pessoal,

Gostei de ler o texto abaixo, retirado do "Blog do Emir".

Acredito que muito do que dizem que acontece, realmente, não acontece!!!!!!

Todos os dias assistimos através de nossas televisões a uma infinidade de notícias, e nem mais discutimos a veracidade das mesmas.

Acredite, está acontecendo comigo, quase entrei em parafuso e parei meu natal, apavorada com a crise que se avizinha, e na realidade, ainda posso comprar alguns presentes, ainda consigo fazer uma ceia.

Então, resolvi pegar o "caminho do meio", não vou descrer que teremos alguns problemas, mas tembém não deixo de acreditar que vamos vencer mais esta.

Resolvi colar o artigo em meu blog, talvez assim possamos chegar a alguma verdade...

 

 

Crise faz despencar popularidade de Lula

A manchete do Diário Oficial Tucano (DOT), a FSP (Força Serra Presidente) estava pronta. O editor chefe encomendou nova pesquisa de opinião, menos de 2 meses antes da anterior, para constatar os evidentes desgastes na imagem do presidente, com a crise e, principalmente, com o clima de pânico e de pessimismo que a mídia privada – e em especial, o DOT – tinham disseminado. Como toda pesquisa fabricada, não se pesquisava a popularidade de Lula, mas a eficácia da campanha de desgaste que a mídia oligárquica tinha desatado. Propagandeia-se todo o tempo OMO LAVA MAIS BRANCO e se contrata pesquisa para conferir a efetividade da lavagem de cérebro.
Tudo pronto, convocados os zelosos funcionários tucanos da página 2, os chamados “especialistas” – disfarce da tucana fernandohenriquista - para comentar, tudo pronto para explorar a queda irreversível do apoio a Lula. CRISE FAZ DESPENCAR POPULARIDADE DE LULA. Ou: LUA DE MEL DE LULA TERMINA DEFINITIVAMENTE. Sub-título: Serra se diz pronto para enfrentar a crise. Economistas tucanos: Só volta das privatizações pode salvar o Brasil.
Faltava combinar com o povo brasileiro. Mais uma vez “o povo derrotou a opinião pública” fabricada pela mídia privada. 70% de apoio, 6% a mais que na ultima pesquisa, depois da intensa campanha propagandística contra o governo. Crescimento em todos os setores – nível de renda, nível de escolaridade, região do país, tudo, tudo, pior não poderia ser para a FSP e a direita brasileira.Conseguiram apoio de apenas 7% de rejeição a Lula, com tudo o que gastaram na campanha. Contra eles, 93%. O resultado os surpreendeu tanto, que no dia mesmo da publicação da pesquisa, ninguém tinha nada a dizer, nenhum comentário, luto fechado.
Foram necessárias 48 horas para encontrar palavras que dessem conta do incompreensível para mentes tucanas dos jardins paulistanos. Depois da ressaca, das doses de uísque para consolar, o jornal sai todo sem graça, buscando razões que a própria razão desconhece, esfarrapadas, para consolar o inconsolável, depressivo e sorumbático chefe que os havia convocado para mais uma batalha serrista.
Pensaram em títulos como:
POVO AINDA NÃO PERCEBE A CRISE.
Ou: DEMAGOGIA LULISTA ESCONDE A CRISE.
Ou ainda POVO BRASILEIRO, IGNORANTE, MERECE LULA E A CRISE.
Ou, como teria sugerido um funcionário casado com uma tucana ou outro, casado com um tucano: FHC: LULA ENGANA OS BRASILEIROS. Subtítulo: Ex-presidente sugere que FSP publique Max Weber em fascículos, embora creia que é biscoito muito fino para a plebe.
Pensaram em declarações da sua galera, como:
Gilmar Mendes: Supremo vai questionar resultado da pesquisa.
Fiesp: Pessimismo empresarial ainda vai vingar.
Gianotti: Leitura de Wittgenstein permite perceber que Lula está condenado pela Lógica.
Assim age um jornal com o rabo preso com os tucanos e, através deles, com a elite branca, milionária, um intelectual orgânico das elites dominantes brasileiras internacionalizadas. Editorial para xingar Lula, carta de leitor indignado com a realidade, um colunista diz que o desgaste de Lula ainda está por vir, não custa esperar, um “intelectual” tucano repete a mesma coisa, um psicanalista diz que o povo gosta de fugir da realidade.
Agora é fazer logo outra pesquisa, quem sabe alguma oscilação no apoio a Lula, quem sabe aumentar a dose do pânico, talvez mandar embora essa equipe de funcionários incompetentes, talvez outra dose de uísque.

Panetone, "I love you"...

Panetones diferentes enriquecem a ceia de Natal

Panetone é um item essencial no meu carrinho de compras natalino. Adoro, devoro mesmo.  

Empolgada com a variedade das opções disponíveis no mercado, fiz uma pesquisa de panetones  diferentes, com recheios criativos e sofisticados. São sugestões para incrementar a ceia ou para dar de presente.

As lojas da Ofner oferecem uma versão trufada – nada light mas com cara suuuper boa!

1 Kg / R$ 48,60

www.ofner.com.br

(artigo retirado do blog http://inblogs.com.br/boadegarfo)

Pessoal,

Sou diabética, mas amo panetone.

Durante algum tempo, transgredi no natal e comi panetone com açucar, é claro que depois pagava o preço, com a minha taxa de glicose entrando em uma de "loucura-desvairada"...

Mas agora temos, eu e todos os diabéticos do Brasil, opções, e uma delas, a deste ano, vai ser  o panetone da Ofner.

A Ofner é uma loja paulista, mas entrei no site e constatei que eles entregam para todo o Brasil.

Então, diabéticos do meu país, comam panetone sem culpa, relembrem natais passados, rememorem sua infância quando seu pai /sua família abriam aquela lata maravilhosa e todo o ambiente ficava perfumado com aquele perfume tão característico e tão maravilhoso. E Feliz Natal.

Wolverine, o filme

image

X-Men Origins: Wolverine

Gosto do herói “Wolverine” desde o primeiro filme “X-Man”, e as duas continuações apenas me deixaram ansiosa para ver a explicação sobre a história do Wolverine contada separadamente.

Agora, em maio de 2009 poderemos nos deliciar com mais um filme sobre o herói...

Marley & Eu

image 

Comprei o livro "Marley & Eu" em 2006.

Ao adquiri-lo, não esperava lá grande coisa, acho que meu gesto foi apenas o gesto de uma "cãomaníaca" assumida, e fui para casa.

Quando comecei a ler, percebi que tinha em mãos uma boa diversão, pois a história era bem amarrada e havia humor e emoção em cada página do livro.

Em três dias terminei de ler, e confesso que em nenhum momento me desagradou a forma como o escritor contou a história de "Marley, o pior cão do mundo".

Realmente não podemos inseri-lo na "lista dos clássicos da literatura", mas acreditem, cumpre bem seu papel de divertir e emocionar, não é mal escrito e segura o leitor todo o tempo.

Resumindo, vou ficar de olho em próximos lançamentos de "John Grogan"...

O amor e a amizade

image

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Palíndromos da língua portuguesa

image

Um palíndromo, como devem saber, é uma palavra ou um número que se lê da mesma maneira nos dois sentidos - normalmente, da esquerda para a direita ou ao contrário, da direita para a esquerda. Exemplos: OVO, OSSO, RADAR. O mesmo se aplica às frases, embora a coincidência seja tanto mais difícil de conseguir quanto maior a frase; é o caso do conhecido SOCORRAM-ME, SUBI NO ÓNIBUS EM MARROCOS, que foi o que sucedeu à nossa amiga Tajana. Perante o vosso interesse pelo assunto (confessem que foram todos ler a frase de trás para a frente, vá lá) tomámos a liberdade de seleccionar alguns dos melhores palíndromos da língua de Camões...

ANOTARAM A DATA DA MARATONA

ASSIM A AIA IA A MISSA

A DIVA EM ARGEL ALEGRA-ME A VIDA

A DROGA DA GORDA

A MALA NADA NA LAMA

A TORRE DA DERROTA

LUZA ROCELINA, A NAMORADA DO MANUEL, LEU NA MODA DA ROMANA: ANIL É COR AZUL

O CÉU SUECO

O GALO AMA O LAGO

O LOBO AMA O BOLO

O ROMANO ACATA AMORES A DAMAS AMADAS E ROMA ATACA O NAMORO

RIR, O BREVE VERBO RIR

SAIRAM O TIO E OITO MARIAS

ZÉ DE LIMA RUA LAURA MIL E DEZ

(artigo retirado do blog "blog.uncovering.org")

Um hotel com igloos

image

Entre dezenas de opções de entretenimento, são justamente os igloos com tetos de vidro, que parecem pipocar no meio da neve, que chamam mais atenção. Pudera, imagine dormir em um ambiente bem quentinho, numa cama de luxo, sob a luz das estrelas, de uma Aurora Boreal, com flocos de neve caindo sobre um teto transparente?

São vinte destes incríveis "quartos" com visão panorâmica de quase 360º para o exterior (de fora para dentro não se enxerga), equipados com moderno sistema de aquecimento, casa de banhos e telefone. Além disso, o Kakslauttanen possui galeria de arte, capela onde são realizados diversos casamentos, o maior restaurante "submerso" em neve (com capacidade para 150 pessoas), uma tenda típica para festas (Kota) com 8 metros de altura, entre outras opções.

Além dos igloos, existem outras acomodações, igualmente luxuosas. Se você gostou da idéia, comece treinando o seu finlandês e aprenda a dizer: "Hyvää päivää", que tanto pode significar "Olá", como "Tenha um bom dia!".

 

image

image

image

image

image

(Artigo retirado do blog  "blog.uncovering.org)

Poema de um dia

image

Tipografia experimental foi o nome que Jiyeon Song deu ao seu trabalho, e na verdade podemos vê-lo assim, como uma exploração poética de mensagens escritas que interagem com o ambiente. O sistema concebido por Song é engenhoso. Ao serem atravessados pelos raios de sol, os painéis perfurados projectam pontos luminosos que formam palavras na sombra do chão. A variação da incidência solar consoante a hora do dia e a estação do ano dá origem a combinações poéticas inesperadas e transitórias. A Arte une o Homem e a Natureza.

 image

Se há uma virtude nesta obra é a de nos obrigar a tomar consciência da passagem do tempo. E fá-lo de uma maneira poética. Não é possível olhar para ela como para um quadro num museu, com o catálogo na mão. É necessário perder tempo, esperar. Então poderemos ver as palavras a surgirem, a percorrer o chão, a juntarem-se e a formar frases que logo mudam e adquirem novos sentidos conforme o sol roda.

Escondidos nos furos da madeira, pequenas frases de um poema sijo aguardam que a luz solar as revele. Os sijo são poemas tradicionais coreanos versando a Natureza e a vida humana. O escolhido e traduzido para inglês foi escrito por Kim Ch'on-taek no século XVIII. Fala sobre o carácter finito da vida humana: no solstício do Verão uma frase sobre a vida nova que surge; no do Inverno sobre o tempo que passa.

A lentidão das mensagens oferece-nos um momento de meditação nas nossas vidas agitadas, um momento de meditação sobre os valores da Vida.

image

image

image

image

image

image

Pessoal,

isto é sacação

de que a vida é nada,

que o tempo é tudo

e que o tempo é vida...

Beijos

Ângela

(Artigo retirado do blog  "blog.uncovering.org"