sábado, 17 de outubro de 2009

Jane Austen…

Romancista britânica…

Jane Austen House

* Jane Austen House (England)

Uma amiga anda lendo Jane Austen – confesso que já fui leitora mais que assídua de seus escritos e uma fã incondicional do personagem Mr. Darcy.

Jane Austen é sem dúvida nenhuma a grande responsável pela literatura inglesa dar dado um passo rumo a modernidade. Posso dizer que a literatura inglesa se divide entre o antes e o depois de Jane Austen.

Seu primeiro romance foi escrito aos 17 anos – Lady Susan – mas nunca tornou-se tão conhecido quanto “Orgulho e Preconceito” – escrito por ela em 1797 – o livro, num primeiro momento causou desconforto nos editores, o que causou mal estar no cenário literário que observava Jane Austen com desconfiança. Mas o romance alcançaria um sucesso curioso.

Jane Austen portraitOrgulho e Preconceito” (Pride & Prejudice) conta a história de mulheres no século XIX – uma história de um amor impossível que possui a pompa das produções sobre a vida das altas classes na Inglaterra vitoriana. Há por trás das questões sociais um bom humor, um charme e uma vitalidade cativante.

O livro acabou sendo adaptado para o cinema – mas como de costume, deixou a desejar. A produção acabou sendo classificada como sendo uma espécie de “Bridget Jones” no século XIX.

A protagonista do românce, Elizabeth “Lizzie” Bennet foi interpretada por Keira Knightley – “Lizzie” é uma de cinco irmãs de uma família pobre, mas com conexões dentro da burguesia. O sonho da vida da matriarca dos Bennet é arrumar bons casamentos para as cinco jovens – todas risonhas e bonitas.

Elizabeth é a segunda mais velha das cinco. Trata-se de uma moça romântica, mas de opiniões firmes, com um identidade marcante. Ela gosta da idéia de casar, mas acha que isso só deve acontecer com um rapaz que ela ame e não se importa com as mesmas convicções que a mãe.

A história começa quando um jovem burguês se muda para a casa vizinha dos Bennet – que imediatamente armam um baile a fim de apresentar Charles Bingley à primogênita da família, Jane. Tudo que acontece até esse baile ao meu ver é bem mais interessante que o próprio baile em si, muito embora seja lá que Mrs. Darcy conhece “Lizzie” – mas há de observar atentamente as análises, os dizeres e as buscas feitas pela matriarca da família Bennet no sentido de aproximar as filhas do homem que chegou ao bairro. Um estranho, mas que desperta seu interesse, como se fosse ela a pretendente.

No dia do tão comentado baile, um certo Mr. Darcy comparece à festa. O rapaz é duas vezes mais rico do que o amigo, mas também é um sujeito taciturno e mau-humorado que logo se revela um pernóstico de primeira. Ele não mede palavras e não procura agradar as pessoas a sua volta e dispara ao amigo em conversa que deveria ser privada, não fosse os ouvidos atentos de de Lizzie que ouve tais dizeres: “Elizabeth é tolerável, mas não bonita o bastante para mim”. Esta por sua vez, jura odiar Darcy para o resto da vida.

Esses acontecimentos tomam conta das primeiras páginas do livro e a partir de então você tenta adivinhar quais são as ações e reações seguintes. A história fantasia-se então de um amor impossível entre duas pessoas de classes sociais diferentes, que acham que se odeiam.

E se você conseguiu assistir “Bridget Jones” vai descobrir que o personagem Mark Darcy não possui esse sobrenome por acaso. Sem contar que no livro escrito por Helen Fielding, a autora descreve o personagem como alguém muito parecido com o ator Colin Firth, que interpretou Mr Darcy numa verão televisiva do romance de Austen feita em 1995.

Fica claro, que a autora Helen Fielding, assim como muitos de nós era leitora assídua de Jane Austen e fã do romance “Orgulho e Preconceito e a sua maneira prestou uma sólida homenagem a escritora inglesa ao dar ao vizinho arrogante da desbocada Bridget o mesmo nome do sombrio desafeto de Elizabeth Bennet.

Jane AustenO fato é que Jane Austen criou um épico – que independente do século em que foi escrito, segue sendo atual. Mencionado em diversos livros, como por exemplo em “Cé posta per te” com Ton Hanks e Meg Ryan – o livro é o favorito da personagem Kate (interpretado por Meg Ryan) que mostra-se encantada pelo personagens Lizzie e Mr.Darcy e parece desejar o mesmo para si.

Bem, não é o meu caso, mas adoro a leveza do personagem e a forma como ele se mostra. Embora seja um romance, é real. Gentil e sutil como poucos homens o sabem ser.

Jane Austen ainda publicou vários escritos com pseudônimos devido o preconceito atribuído a ela após a publicação de Orgulho e Preconceito. Depois, vieram outros grandes sucessos como Mansfield Park (1814) e Emma (1816) em um estilo menos ágil e humorístico, porém ganhando em serenidade e sabedoria, sem perda de sua típica ironia.

Jane morreu em Winchester, um ano antes de ser publicado Persuasion, no qual foi baseado o romance estrelado por Sandra Bullock e Keanu Reaves – A Casa do Lago. O Romance conta a história de duas pessoas que se conhecem e quase se apaixonam, só que não é o momento certo e elas se separam. Alguns anos depois elas se reencontram e tem a oportunidade de viver o quase amor novamente, mas elas se indagam sobre a espera e chegam a conclusão de que o tempo passou para ambos e já não há mais sinais daquele grande amor.

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